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anabasis

quinta-feira 24 de março de 2022

      

anabasis = ascensão; analepsis = ascensão de Cristo  

No final do século XII aparece o termo latino ascensio (de ascendere), enquanto ação de subir  . Refere-se ao ensinamento cristão da subida ao céu, junto ao Pai  , de Jesus crucificado, morto e ressuscitado.

Primeiro existe a noção de ascensão da alma   durante a vida e após a morte. No Banquete  , a noção é tratada enquanto ascensão desde a vida corporal até à beleza inteligível, ascensão da mente   a Deus   (retomada por São Boaventura  ). No Fédon trata-se da ascensão após a morte, dentro de uma análise sobre a imortalidade   da alma.

Em segundo lugar existe a noção de ascensão, na acepção de êxtase, psychanodia  , tão bem tratado por Ioan Couliano   em seu livro "Experiências do Êxtase". O verbo grego existano (existao, existemi), donde o nome ek-stasis  , indica a ação de deslocar, levar para fora, mudar   alguma coisa ou um estado de coisas, e em seguida de sair , deixar, se afastar, abandonar. O vasto campo   semântico, neste caso, se refere à ideia de disjunção, com a implicação psico-sociológica de "sair dos quadros da normalidade".


The last part of Diotima  ’s speech in the Banquet (210-212a), about the ascent from bodily to intelligible beauty is one of the great Platonic texts which Plotinus   frequently refers to the ascent of the mind   to God. (Armstrong  )
anabasis = ascensão; analepsis = ascensão de Cristo. Nesta ascensão, trata-se propriamente, como o sugerem certas imagens, do “retorno” à pátria (até mesmo “fuga  ” ao porto de origem como o sugere o Tratado I das Enéadas, onde a alusão é provavelmente à Ilíada   I,27, sobre a nostalgia de Agamenão) depois desta dissipação no múltiplo que simboliza tradicionalmente a errância de Ulisses? A subida das almas singulares para a Alma-do-Mundo e além para sua constante indizível Fonte — caminho   variado segundo sua qualidade   própria e sua atitude a vencer o durável, um crônico pesadume   — não está ligada a nenhuma promessa revelada, a nenhuma “parusia” salvadora. Mais nitidamente em Plotino que em seus sucessores, inflados de teurgia  , trata-se essencialmente de um processo interior que cada um deve viver   em seu modo próprio e à medida de suas forças. (Maurice de Gandillac  ).