Página inicial > Antiguidade > Neoplatonismo (245-529 dC) > Plotino - Tratado 53,5 (I, 1, 5) — O que é o vivente?

Plotino - Tratado 53,5 (I, 1, 5) — O que é o vivente?

domingo 20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro

  

traduzindo MacKenna

5. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos.

A Alma por sua vez - aparte da natureza do Animado - deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou simpatizante; e, se simpatizante, pode ter experiências idênticas com seu companheiro ou experiências meramente correspondentes: desejo por exemplo no Animado pode ser algo bastante distinto do movimento ou estado que o acompanha na faculdade de desejo.

O corpo, o corpo-vivo como o conhecemos, consideraremos mais tarde.

Vamos tomar primeiro a Parelha de corpo e Alma. Como poderia o sofrimento, por exemplo, estar assentado nesta Parelha?

Poderia ser sugerido que algum estado não bem-vindo produzisse uma angústia que alcançasse uma Faculdade-Sensitiva que por sua vez amalgamasse com a Alma. Mas este relato ainda deixa inexplicada a origem da sensação.

Outra sugestão poderia ser que tudo se deve à opinião ou juízo: algum mal parece ter caído sobre o homem ou seus pertences e esta convicção estabelece um estado de problema no corpo e no Animado por inteiro. Mas este relato ainda deixa um questão quanto à fonte e assento do juízo: pertence ele à Alma ou à Parelha? Além do mais, o juízo que o mal está presente não envolve o sentimento de pesar: o juízo poderia muito bem surgir e o pesar sem dúvida segui-lo: pode-se pensar a si mesmo com desprezo e ainda assim não estar indignado; e o apetite não é necessariamente excitado pelo pensamento de um prazer. Estamos, assim, nenhum pouco próximos do que antes de qualquer prova para prescrever estas afetividades à Parelha.

Seria uma explicação dizer que o desejo está investido em um Faculdade-de-desejo e indignação na Faculdade-Irascível e, coletivamente, que toda tendência está assentada na Faculdade-Apetitiva? Tal afirmação dos fatos não ajuda em direção às afetividades comuns à Parelha; elas ainda poderiam estar assentadas seja na só Alma ou só no corpo. Por outro lado se a o apetitivo for excitado, como na paixão carnal, deve haver um calor no sangue e na bile, um estado bem definido do corpo; por outro lado, o impulso para o Bem não pode ser uma afetividade conjunta, mas, como certas outras também, pertenceria necessariamente só a Alma.

A Razão, então, não nos permite prescrever todas as afetividades à Parelha.

No caso do desejo carnal, certamente será o homem que deseja, e no entanto, por outro lado, deve haver desejo na Faculdade-Desejante também. Como pode ser isto? Devemos supor que, quando o homem origina o desejo, a Faculdade-Desejante atende à ordem? Como poderia o Homem ter vindo a desejar a não ser através de uma atividade a priori na Faculdade-Desejante? Então é a Faculdade-Desejante que tem o comando? No entanto, como, a não ser que o corpo esteja primeiro na condição apropriada?

traduzindo Bréhier

5. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos.

A Alma por sua vez - aparte da natureza do Animado - deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou simpatizante; e, se simpatizante, pode ter experiências idênticas com seu companheiro ou experiências meramente correspondentes: desejo por exemplo no Animado pode ser algo bastante distinto do movimento ou estado que o acompanha na faculdade de desejo.

O corpo, o corpo-vivo como o conhecemos, consideraremos mais tarde.

Vamos tomar primeiro a Parelha de corpo e Alma. Como poderia o sofrimento, por exemplo, estar assentado nesta Parelha?

Poderia ser sugerido que algum estado não bem-vindo produzisse uma angústia que alcançasse uma Faculdade-Sensitiva que por sua vez amalgamasse com a Alma. Mas este relato ainda deixa inexplicada a origem da sensação.

Outra sugestão poderia ser que tudo se deve à opinião ou juízo: algum mal parece ter caído sobre o homem ou seus pertences e esta convicção estabelece um estado de problema no corpo e no Animado por inteiro. Mas este relato ainda deixa um questão quanto à fonte e assento do juízo: pertence ele à Alma ou à Parelha? Além do mais, o juízo que o mal está presente não envolve o sentimento de pesar: o juízo poderia muito bem surgir e o pesar sem dúvida segui-lo: pode-se pensar a si mesmo com desprezo e ainda assim não estar indignado; e o apetite não é necessariamente excitado pelo pensamento de um prazer. Estamos, assim, nenhum pouco próximos do que antes de qualquer prova para prescrever estas afetividades à Parelha.

Seria uma explicação dizer que o desejo está investido em um Faculdade-de-desejo e indignação na Faculdade-Irascível e, coletivamente, que toda tendência está assentada na Faculdade-Apetitiva? Tal afirmação dos fatos não ajuda em direção às afetividades comuns à Parelha; elas ainda poderiam estar assentadas seja na só Alma ou só no corpo. Por outro lado se a o apetitivo for excitado, como na paixão carnal, deve haver um calor no sangue e na bile, um estado bem definido do corpo; por outro lado, o impulso para o Bem não pode ser uma afetividade conjunta, mas, como certas outras também, pertenceria necessariamente só a Alma.

A Razão, então, não nos permite prescrever todas as afetividades à Parelha.

No caso do desejo carnal, certamente será o homem que deseja, e no entanto, por outro lado, deve haver desejo na Faculdade-Desejante também. Como pode ser isto? Devemos supor que, quando o homem origina o desejo, a Faculdade-Desejante atende à ordem? Como poderia o Homem ter vindo a desejar a não ser através de uma atividade a priori na Faculdade-Desejante? Então é a Faculdade-Desejante que tem o comando? No entanto, como, a não ser que o corpo esteja primeiro na condição apropriada?

Igal

Ahora bien, por «el animal» hay que entender o el cuerpo específico, o el compuesto de alma y cuerpo o un tercero distinto resultante de ambos [1]. Pero sea como fuere, es preciso o que el alma se mantenga impasible, siendo causa para otro de tal afección, o que también ella sea afectada junto con el cuerpo, y que sea afectada, experimentando ya sea la misma afección, ya una similar; por ejemplo, que el animal apetezca de un modo y la facultad apetitiva actúe o sea afectada de otro.

Ahora bien, el cuerpo específico habrá de ser examinado más adelante [2]. Pero que el compuesto de alma y cuerpo sea capaz de apenarse, ¿cómo es posible? ¿Acaso porque, estando el cuerpo en una disposición determinada y penetrando la afección hasta la sensación, la sensación termina en el alma? Pero todavía no está claro cómo surge la sensación. ¿O tal vez porque la pena parte de una opinión, de un juicio sobre la presencia de algún mal para uno mismo o para alguno de los familiares, y luego de ahí le sobreviene al cuerpo y, en general, a todo el animal una modificación penosa? Pero todavía no está claro cuál es el sujeto de esa opinión, si el alma o el compuesto. Además, la opinión relativa al mal de alguien no lleva consigo el sentimiento de pena. Porque bien puede ser que por la presencia de esa opinión no sobrevenga en absoluto el sentimiento de pena ni, respectivamente, el de ira por la ocurrencia de la opinión de verse despreciado, ni se suscite, a su vez, el deseo por la opinión de la presencia de un bien. ¿Cómo, pues, pueden ser comunes estos sentimientos? [3].

—Pues porque el apetito es propio de la facultad apetitiva, la ira de la irascible y la tendencia a algo, en general, de la desiderativa.

—Pero no por eso serán comunes todavía, sino del alma sola.

—No, sino que también lo serán del cuerpo, porque la sangre y la bilis han de hervir, y el cuerpo ha de estar en una disposición determinada para que suscite el deseo, como sucede en el apetito venéreo. Concedido, eso sí, que el deseo del bien no sea un sentimiento común, sino propio del alma, lo mismo que otros; no hay una teoría que admita que todos sean del compuesto. Pero cuando el hombre tenga deseo de placeres venéreos, será, sí, el hombre quien apetezca, pero en otro sentido también estará apeteciendo la facultad apetitiva.

—¿En qué sentido? ¿Porque será el hombre quien dé comienzo al apetito, pero le seguirá la facultad ape titiva? Pero ¿cómo pudo el hombre apetecer en absoluto sin haberse excitado antes la facultad apetitiva? —Será la facultad apetitiva la que dé comienzo.

—Pero si el cuerpo no está previamente dispuesto de una manera determinada, ¿de dónde tomará comienzo?

Bouillet

V. Il faut appeler animal ou le corps organisé, ou le composé de l’âme et du corps, ou une troisième chose qui procède des deux premières. De quelque manière que l’on conçoive l’existence de l’animal, il faut admettre, ou que l’âme reste impassible tout en donnant à une autre substance la faculté d’éprouver des passions, ou qu’elle partage les passions du corps, et que, dans ce dernier cas, elle éprouve soit les mêmes passions, soit des passions analogues, de telle sorte qu’à un désir de l’animal corresponde un acte ou une passion de l’appétit concupiscible.

Nous examinerons ultérieurement ce qui concerne le corps organisé. Pour le moment, voyons comment le composé de l’âme et du corps peut éprouver la souffrance. Est-ce parce que, en vertu de la disposition du corps, la modification éprouvée produit une sensation et que cette sensation elle-même aboutit à l’âme? Mais on ne voit pas encore clairement comment naît la sensation. Admettrons-nous que la souffrance a son principe dans cette opinion ou ce jugement qu’un malheur nous arrive à nous-mêmes ou à quelqu’un des nôtres, qu’alors il en résulte une émotion désagréable dans le corps et par suite dans tout l’animal? Mais on ne voit pas non plus à qui appartient l’opinion, si c’est à l’âme ou au composé de l’âme et du corps. D’ailleurs, l’opinion de la présence d’un mal n’entraîne pas toujours la souffrance : il est possible que, malgré une telle opinion, on n’éprouve aucune affliction, que par exemple on ne s’irrite pas en se croyant méprisé, de même qu’on peut n’éprouver aucun désir, même dans l’attente d’un bien.

Comment donc naissent ces affections communes à l’âme et au corps? Dira-t-on que la concupiscence dérive de l’appétit concupiscible (23), la colère de l’appétit irascible, en un mot, chaque affection de l’appétit correspondant? Mais en concevant ainsi les choses, ces affections ne seront pas encore communes: elles appartiendront soit à l’âme seule, soit au corps seul. Il en est qui, pour naître, ont besoin que le sang et la bile s’échauffent et que le corps soit dans un certain état qui excite le désir, comme dans l’amour physique. D’un autre côté, l’amour du bien n’est pas une affection commune; c’est une affection propre à l’âme, ainsi que plusieurs autres. La raison ne permet donc pas de rapporter toutes les affections au composé de l’âme et du corps.

Mais, dans l’amour physique par exemple, l’homme (24) éprouvera-t-il un désir, et l’appétit concupiscible en éprouvera-t-il autant de son côté? Mais alors, comment? Dira-t-on que l’homme commencera à éprouver le désir et que l’appétit concupiscible s’exercera à la suite? Comment alors l’homme pourra-t-il éprouver un désir sans que l’appétit concupiscible soit en jeu? Dira-t-on que c’est l’appétit concupiscible qui commencera ? Mais comment entrera-t-il en exercice si le corps ne se trouve préalablement dans les dispositions convenables?

Bréhier

5. Mais qu’est-ce que l’animal ? Le corps vivant, l’ensemble de l’âme et du corps, ou une troisième chose issue des deux premières ? Quoi qu’il en soit, ou bien l’âme doit, en restant impassible, être, pour le corps, la cause des passions, ou bien elle doit pâtir avec lui ; et si elle pâtit avec lui, elle éprouve ou bien la même passion que lui, ou bien une passion semblable (par exemple, à un désir de l’animal correspond un acte ou une passion dans la faculté de désirer).

Nous examinerons plus tard comment pâtit le corps organisé ; cherchons maintenant comment pâtit le composé de l’âme et du corps, et, par exemple, comment il souffre. Est-ce parce qu’il y a telle disposition du corps, puis que cette affection s’est transmise aux sens, enfin que la sensation aboutit à l’âme ? — Mais on ne voit pas encore bien comment naît la sensation. Ensuite, il y a des cas où la peine commence par une opinion ou un jugement énonçant qu’un malheur nous arrive à nous-mêmes ou à quelqu’un de nos proches ; de là, vient la modification pénible qui s’étend au corps et à l’animal entier. — Mais on ne sait pas si c’est à l’âme ou au composé qu’il faut attribuer cette opinion. De plus, une opinion sur le mal ne renferme point l’émotion de la peine ; cette opinion peut exister, sans que la peine s’y ajoute du tout ; on peut aussi juger qu’on est méprisé, sans ressentir de colère, ou l’on peut penser à un bien, sans être ému de désir.

En quel sens ces passions sont-elles donc communes à l’âme et au corps ? Est-ce parce que le désir vient de la faculté de désirer, la colère de l’appétit irascible, et, en général, la tendance de la faculté des inclinations ? Mais alors, les passions ne sont plus communes à l’âme et au corps ; elles appartiennent à l’âme toute seule. Non, diton, au corps aussi ; car il faut un bouillonnement du sang et de la bile et, en général, une certaine disposition du corps pour émouvoir nos désirs, par exemple le désir sexuel. D’un autre côté, la tendance au bien n’est pas une affection commune, mais une affection propre à l’âme, et il en est ainsi de plusieurs autres tendances ; et il y a certains arguments qui ne permettent pas de rapporter toutes les tendances au composé. Enfin, quand un homme ressent les désirs de l’amour, c’est bien cet homme qui désire ; mais, en un autre sens, c’est sa faculté de désirer. En quel sens ? Est-ce l’homme qui commence à désirer, et la faculté de désirer suit-elle ? Mais comment l’homme peut-il désirer, si sa faculté de désirer n’est pas en mouvement ? C’est donc elle qui commence ; mais comment commencera-t-elle, si le corps n’a point reçu, au préalable, telle ou telle disposition ?

Guthrie

THE LIVING ORGANISM.

5. The “living organism” must mean either the thus organized body, or the common mixture of soul and body, or some third thing which proceeds from the two first. In either of these three cases the soul will have to be considered impassible, while the power of experiencing passions will inhere in something else; or the soul will have to share the body’s passions, in which case the soul will have to experience passions either identical or analogous to those of the body, so that to a desire of the animal there will correspond an act or a passion of the concupiscible appetite.

REFUTATION OF THE (JAMES-LANGE) THEORY OF EMOTIONS.

We shall later on consider the organized body; here we must find how the conjunction of soul and body could experience suffering. The theory that the affection of the body modifies it so as to produce a sensation which itself would end in the soul, leaves unexplained the origin of sensation. To the theory that suffering has its principle in this opinion or judgment, that a misfortune is happening to ourselves or some one related to us, whence results disagreeable emotion first in the body, and then in the whole living organism, there is this objection, that it is yet uncertain to which opinion belongs; to the soul, or to the conjunction of soul and body. Besides, the opinion of the presence of an evil does not always entail suffering; it is possible that, in spite of such an opinion, one feels no affliction; as, for instance, one may not become irritated at believing oneself scorned; or in experiencing no desire even in the expectation of some good.

NOT ALL AFFECTIONS COMMON TO SOUL AND BODY.

How then arise these affections common to the soul and the body? Shall we then say that desire derives from the desire-appetite, anger from the anger-appetite, or in short, every emotion or affliction from the corresponding appetite? But even so, they will not be common, and they will belong exclusively to the soul, or to the body. There are some whose origin needs the excitation of blood and bile, and that the body be in some certain state which excites desire, as in physical love. On the contrary, however, the desire of goodness is no common affection; it is an affection peculiar to the soul, as are several others. Reason, therefore, does not allow us to consider all affections as common to soul and body.

DESIRE, NOT SIMULTANEOUS WITH APPETITE.

Is it possible, however, that for example, in physical love, the man may experience a desire simultaneously with the corresponding appetite? This is impossible, for two reasons. If we say that the man begins to experience the desire, while the corresponding appetite continues it, it is plain the man cannot experience a desire without the activity of the appetite. If on the other hand it be the appetite that begins, it is clear that it cannot begin being excited unless the body first find itself in suitable circumstances, which is unreasonable.

MacKenna

5. Now this Animate might be merely the body as having life: it might be the Couplement of Soul and body: it might be a third and different entity formed from both.

The Soul in turn- apart from the nature of the Animate- must be either impassive, merely causing Sense-Perception in its yoke-fellow, or sympathetic; and, if sympathetic, it may have identical experiences with its fellow or merely correspondent experiences: desire for example in the Animate may be something quite distinct from the accompanying movement or state in the desiring faculty.

The body, the live-body as we know it, we will consider later.

Let us take first the Couplement of body and Soul. How could suffering, for example, be seated in this Couplement?

It may be suggested that some unwelcome state of the body produces a distress which reaches to a Sensitive-Faculty which in turn merges into Soul. But this account still leaves the origin of the sensation unexplained.

Another suggestion might be that all is due to an opinion or judgement: some evil seems to have befallen the man or his belongings and this conviction sets up a state of trouble in the body and in the entire Animate. But this account leaves still a question as to the source and seat of the judgement: does it belong to the Soul or to the Couplement? Besides, the judgement that evil is present does not involve the feeling of grief: the judgement might very well arise and the grief by no means follow: one may think oneself slighted and yet not be angry; and the appetite is not necessarily excited by the thought of a pleasure. We are, thus, no nearer than before to any warrant for assigning these affections to the Couplement.

Is it any explanation to say that desire is vested in a Faculty-of-desire and anger in the Irascible-Faculty and, collectively, that all tendency is seated in the Appetitive-Faculty? Such a statement of the facts does not help towards making the affections common to the Couplement; they might still be seated either in the Soul alone or in the body alone. On the one hand if the appetite is to be stirred, as in the carnal passion, there must be a heating of the blood and the bile, a well-defined state of the body; on the other hand, the impulse towards The Good cannot be a joint affection, but, like certain others too, it would belong necessarily to the Soul alone.

Reason, then, does not permit us to assign all the affections to the Couplement.

In the case of carnal desire, it will certainly be the Man that desires, and yet, on the other hand, there must be desire in the Desiring-Faculty as well. How can this be? Are we to suppose that, when the man originates the desire, the Desiring-Faculty moves to the order? How could the Man have come to desire at all unless through a prior activity in the Desiring-Faculty? Then it is the Desiring-Faculty that takes the lead? Yet how, unless the body be first in the appropriate condition?


Ver online : Plotino


[1El «animal» de 5, 1 corresponde a la 3.a hipótesis de 1, 2-5 («algún tercero resultante de ambos»), pese a que hay cierta incongruencia aparente; allá la 3.a hipótesis se subdividía en dos (cf. n. 1), mientras que aquí se consideran tres sentidos posibles de «animal». Pero la incongruencia es sólo aparente. De hecho, el primer sentido de «animal» (= «el cuerpo específico») queda relegado para más adelante (cf. n. sig.). Quedan, pues, otros dos: 1) «el compuesto de alma y cuerpo», que corresponde a «la mezcla» de 1, 4 (= el animal en sentido aristotélico), tema del presente capítulo, y 2) «un tercero distinto resultante de ambos», que corresponde a «otra cosa distinta resultante de la mezcla» de 1, 4-5 (= el animal en sentido plotiniano), tema de los caps. 6-7.

[2El «cuerpo específico» es sólo uno de los dos componentes del «animal» en sentido plotiniano; por eso queda relegado para más adelante (7, 1-6).

[3La opinión mental que acompaña a los sentimientos de vergüenza, temor, ira y demás no conturba al alma misma (III 6, 3-4). Sobre la concepción de las pasiones en Plotino, cf. mi art. de Pensamiento, 337-340.