Ernesto Grassi. Poder da Imagem - Impotência da Palavra Racional. Tr. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi. Livraria Duas Cidades, 1978
A "formação" obriga-nos a examinar nosso ser e, ao mesmo tempo, a decidir sobre ele. As múltiplas camadas de significado do ser, que se manifestam no curso da nossa experiência, permitem-nos elucidar, através da análise e da realização desse processo, e assim formar nosso "estar-aí" (= Da-sein = existência).
Vimos que a diferença (...)
Apontamentos de pensadores do Ocidente e do Oriente, desde um apreço (philo) à compreensão (sophia) do "ser" humano.
[Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro]
Matérias mais recentes
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Grassi (1978:61-65) – O caráter básico da formação humana. Uma investigação arcaica
27 de novembro, por Cardoso de Castro -
Henry (EM:Apresentação) – monismo ontológico
23 de novembro, por Cardoso de Castrotradução parcial
A questão do fenômeno é muito anterior à fenomenologia; abre-se com a filosofia e acompanha-a ao longo da sua história. Mas este pré-requisito inelutável - pois ser significa aparecer - é sobredeterminado por um pressuposto irrefletido. Da Grécia a Heidegger, nas problemáticas clássicas da consciência e da representação, nas suas críticas, na fenomenologia da intencionalidade e nos seus prolongamentos, " fenômeno " designa o que se mostra num horizonte de visibilização, (...) -
Henry (EM:§9) – distância fenomenológica
23 de novembro, por Cardoso de Castrotradução parcial
Entendido no seu sentido ontológico como a condição para que algo como um "fenómeno" se nos ofereça, ou, mais precisamente, como a própria estrutura da fenomenalidade, o conceito de distância fenomenológica deve obviamente ser distinguido do de distância espacial ou "real". A distância que separa as coisas, ou que nos separa delas, é uma distância que podemos medir objetivamente, mas que já existe antes de qualquer medição, como uma distância imediatamente experimentada, (...) -
Henry (PV2:25-26) – subjetividade
23 de novembro, por Cardoso de Castrotradução parcial
Por "subjetividade" entendemos aquilo que se experiencia a si mesmo. Não algo que também tem a propriedade de se experienciar a si mesmo, mas o próprio facto de se experienciar a si mesmo considerado em si mesmo e como tal. Experienciar-se a si mesmo significa aparecer a si mesmo, mas de tal modo que esse aparecer tem o sentido de uma experiência e de ser uma; de tal modo também que o que aparece não é outra coisa, enquanto subjetividade, senão o próprio aparecer, é (...) -
Henry (EM:§8) – fenomenologia
23 de novembro, por Cardoso de Castrotradução parcial
A fenomenologia é a ciência dos fenómenos. Isto significa que é uma descrição, anterior a qualquer teoria e independente de qualquer pressuposto, de tudo o que se nos apresenta como existente, em qualquer ordem ou domínio. Entendida como uma descrição, a fenomenologia implica a rejeição de qualquer hipótese, de qualquer princípio com um valor unificador real ou suposto em relação a um conjunto de conhecimentos e, em última análise, de um sector da realidade que (...) -
Henry (EM:§69) – sentimento e ação
22 de novembro, por Cardoso de Castrotradução
A determinação ontológica fundamental da afetividade como constituindo o ser da vontade e da ação coloca a problemática perante esta consequência essencial: na medida em que lhes é interior como seu ser, como constituindo a sua própria essência e realidade, o sentimento não pode depender da vontade ou do seu exercício, da ação, nem ser produzido por elas. Que o sentimento não possa depender da vontade ou da ação, que não ocorra como sua consequência ou como seu efeito, que não (...) -
Fernandes (SH:51-52) – Ser “absolutamente transparente”
16 de novembro, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 51-52
Proponho que o ser de um ente seja uma interface—justamente a interface entre Ser e Não-Ser que faz de um ente, por um lado, um ser determinado, reidentificável, e, por outro lado, um indivíduo, único, irrepetível (não “identificável” a outro), independente de espaço ou tempo, e incomparável (não meramente “diferente”). Ora, aquilo que está “deste último lado”, (...) -
Fernandes (SH:50) – a existência = o não-ser
14 de novembro, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 50
Imediatamente, duas desqualificações: a “Existência” não é o dasein; tampouco é “O Nada”. A “Existência”, ou Não-Ser, não tem, de fato, “ser” algum, nem mesmo o “ser” que os fenomenólogos atribuem àquilo que é dado ao que chamam de “intencionalidade da consciência”. Fique o leitor, por enquanto, com o que está na Introdução: o Não-Ser é o que não é o Ser, é o (...) -
Fernandes (SH:283-286) – Falácia Axiológica
14 de novembroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 283-286.
Chamo "falácia axiológica" a derivação da tese de que o "valer" e os "valores" teriam alguma espécie de "ser", seriam simulacros passíveis de compreensão, "entes", embora jamais por excelência(!), dotados de algum estatuto ontológico positivo, seja de que tipo for (em minha terminologia, a tese de que poderiam integrar a Experiência), tese comumente derivada (...) -
Novalis (PF:58) – religião cristã
11 de novembrofrancês
«La religion chrétienne est essentiellement la religion de la volupté. Le péché est un grand, est le grand stimulant de l’amour divin. Plus on se sent pécheur, plus on est chrétien. Union absolue au divin, c’est le but de l’amour comme du péché.»
Versluis
The Christian religion is the characteristic religion of ecstasy. Sin is the great impulse for the love of the Godhead.
The more wicked one perceives oneself, the more Christian one is. Unconditional union with the (...)