Ernesto Grassi. Poder da Imagem - Impotência da Palavra Racional. Tr. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi. Livraria Duas Cidades, 1978
A "formação" obriga-nos a examinar nosso ser e, ao mesmo tempo, a decidir sobre ele. As múltiplas camadas de significado do ser, que se manifestam no curso da nossa experiência, permitem-nos elucidar, através da análise e da realização desse processo, e assim formar nosso "estar-aí" (= Da-sein = existência).
Vimos que a diferença (...)
Apontamentos de pensadores do Ocidente e do Oriente, desde um apreço (philo) à compreensão (sophia) do "ser" humano.
[Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro]
Matérias mais recentes
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Grassi (1978:61-65) – O caráter básico da formação humana. Uma investigação arcaica
27 de novembro, por Cardoso de Castro -
Fernandes (SH:51-52) – Ser “absolutamente transparente”
16 de novembro, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 51-52
Proponho que o ser de um ente seja uma interface—justamente a interface entre Ser e Não-Ser que faz de um ente, por um lado, um ser determinado, reidentificável, e, por outro lado, um indivíduo, único, irrepetível (não “identificável” a outro), independente de espaço ou tempo, e incomparável (não meramente “diferente”). Ora, aquilo que está “deste último lado”, (...) -
Fernandes (SH:50) – a existência = o não-ser
14 de novembro, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 50
Imediatamente, duas desqualificações: a “Existência” não é o dasein; tampouco é “O Nada”. A “Existência”, ou Não-Ser, não tem, de fato, “ser” algum, nem mesmo o “ser” que os fenomenólogos atribuem àquilo que é dado ao que chamam de “intencionalidade da consciência”. Fique o leitor, por enquanto, com o que está na Introdução: o Não-Ser é o que não é o Ser, é o (...) -
Fernandes (SH:283-286) – Falácia Axiológica
14 de novembroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 283-286.
Chamo "falácia axiológica" a derivação da tese de que o "valer" e os "valores" teriam alguma espécie de "ser", seriam simulacros passíveis de compreensão, "entes", embora jamais por excelência(!), dotados de algum estatuto ontológico positivo, seja de que tipo for (em minha terminologia, a tese de que poderiam integrar a Experiência), tese comumente derivada (...) -
Novalis (PF:58) – religião cristã
11 de novembrofrancês
«La religion chrétienne est essentiellement la religion de la volupté. Le péché est un grand, est le grand stimulant de l’amour divin. Plus on se sent pécheur, plus on est chrétien. Union absolue au divin, c’est le but de l’amour comme du péché.»
Versluis
The Christian religion is the characteristic religion of ecstasy. Sin is the great impulse for the love of the Godhead.
The more wicked one perceives oneself, the more Christian one is. Unconditional union with the (...) -
Novalis (P:115-116) – diálogo entre eu e não-eu
11 de novembroTorres Filho
21 Há certas ficções em nós, que parecem ter um caráter totalmente outro, que as demais , pois são acompanhadas do sentimento de necessidade , e no entanto não se apresenta nenhum fundamento externo para elas. Parece ao ser humano, como se ele estivesse envolvido em um diálogo, e algum ser desconhecido, espiritual, o ocasionasse de um modo prodigioso ao desenvolvimento dos pensamentos mais evidentes. Esse ser tem de ser um ser superior, porque se põe em relação com ele de (...) -
Novalis (P:190-192) – Natureza
11 de novembroTorres Filho
[A.] Ouve, uma vez que é moda dizer sobre a natureza uma palavra racional — temos também de fornecer nossa contribuição. Ora — o que será — começa a responder-me.
[B.] Reflito já faz tempo em um começo bem natural para nosso diálogo — espremo meu entendimento natural54, mas ele está ressecado, e não tem mais nem um pouquinho de seiva.
[A.] Quem sabe qual douto o espremeu, sem o saberes, como um soberbo exemplar entre as folhas de seu herbário.
[B.] Estou curioso por (...) -
Novalis (S:258-259) – a vida é muito curta...
11 de novembro[A.] — La vie est très courte.
[B.] — Je la trouve très longue.
[A.] — Elle est très courte, quand elle devrait être longue, et longue, quand elle devrait être courte.
[B.] — Mais qui vit alors? N’êtes-vous pas celui qui demeure auprès du désagréable et fuit devant l’agréable?
[A.] — Le pire est qu’ici je ne peux pas plus me transformer que vous. L’agréable diffuse notre force — le désagréable la supprime —
[B.] — Et maintenant vous notez ici le défaut —
[A.] — Malheureusement (...) -
Novalis (P:74-76) – o mediador
11 de novembroTorres Filho
74 Nada é mais indispensável para a verdadeira religiosidade que um termo médio, que nos vincule com a divindade. Imediatamente o ser humano não pode em absoluto estar em relação com ela. Na escolha desse termo médio o homem tem de ser inteiramente livre. A mínima coerção nisto é nociva para sua religião. A escolha é característica, e consequentemente os homens cultos escolherão termos médios razoavelmente iguais, enquanto os incultos costumam ser determinados aqui pelo (...) -
Cassirer (ICR) – Aparência e Ideia
10 de novembro, por Cardoso de CastroA cosmovisão de Platão é caracterizada pelo rígido recorte que ele faz entre o mundo sensível e o mundo inteligível; entre o mundo dos fenômenos e o das ideias.
Azenha & Viaro
A cosmovisão de Platão é caracterizada pelo rígido recorte que ele faz entre o mundo sensível e o mundo inteligível; entre o mundo dos fenômenos e o das ideias. Ambos os mundos — o mundo do “visível” e o do “invisível”, o mundo do ορατόν [horatón] e do νοητόν [noetón] — não se encontram num mesmo plano e não (...)