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Diálogos de Platão

Platão - A República - Livro I (327a-354e) — Estrutura

República

sábado 18 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro

      

Estrutura  -resumo baseada no livro ANNAS, Julia. Introduction à la "République" de Platon  . Paris: PUF, 1994, p. 451-466

      

PREÂMBULO (LIVRO I): CRÍTICA DAS IDEIAS ADMITIDAS SOBRE A JUSTIÇA

  • Introdução: Sócrates e Céfalo (I, 327a-331d)
    • Sócrates na festa de Bendidios
      • Conversação com o velho Céfalo sobre os incômodos   da velhice
      • O bem supremo que busca a fortuna   é de não ser   tentado a ser desonesto
    • Mas (primeira opinião   sobre a justiça, Céfalo): a justiça consiste em "dizer a verdade e pagar suas dívidas"?
  • A) Crítica das definições correntes da justiça (331e-336a)
    • Primeira definição (Simonide, por generalização daquela de Céfalo): "dar a cada um aquilo que a ele se deve"
    • Segunda definição (aditamento à precedente): "fazer o bem a seus amigos e o mal a seus inimigos"
      • Primeira crítica (analogia   justiça/arte): todas as técnicas são mais úteis que a justiça
      • Segunda crítica (analogia justiça/arte): o homem   que sabe ser justo sabe também ser o mais injusto
      • Terceira crítica: quem são os verdadeiros amigos e os verdadeiros inimigos?
    • Terceira definição: fazer o bem ao amigo e o mal ao inimigo   mau
      • Crítica: fazer o mal aos maus os torna piores; o homem justo não deve fazer o mal a ninguém
  • B) Discussão da tese de Trasímaco: Trasímaco intervém, revoltado contra o método seguido (336b-fim)
    • 1. Exposição e crítica da tese sofística: a justiça é o interesse   do mais forte   (336b-347e)
      • Exposição da tese
      • Primeira tentativa de refutação:
        • Aquilo que os fortes instituem nem sempre é para eles vantajoso  
        • Réplica: o forte só é forte enquanto não se engana sobre sua vantagem
      • Segunda tentativa de refutação
        • Toda técnica é feita para vantagem daquilo que sobre o qual ela se exercita e que ela domina
        • Réplica
          • Toda técnica busca a vantagem daquele que a exercita e redesenvolvimento da tese
          • A injustiça   é mais forte e mais livre que a justiça
      • Terceira refutação
        • Réplica
          • Distinção da função das artes enquanto artes e das vantagens buscadas por aqueles que as exercem
          • Donde: a arte de governar se propõe para o bem dos governados
    • 2. A injustiça é mais lucrativa que a justiça? (347e-354c)
      • Trasímaco classifica a injustiça junto com a virtude e a sabedoria  
      • Primeira refutação
        • A justiça é mais bela que a injustiça. O justo a conduz sobre seu contrário apenas, ele portanto sábio e bom. Intermezzo.
      • Segunda refutação
        • A justiça é mais forte; a injustiça impede os homens de agir em concerto
      • Terceira refutação
        • O injusto não é mais feliz que o justo: cada coisa tem sua virtude própria; a função da alma   é de governar; sua virtude é a justiça; o homem justo vive portanto melhor que o injusto
  • Conclusão (aporética)
    • Buscou-se qualificar a justiça – a saber se ela é uma virtude ou se ela é vantajosa – sem conhecer sua essência. – [FIM DO LIVRO I]

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