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Schopenhauer (SQRPRS:§16) – objeto = representação

terça-feira 14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro

  

Nossa consciência cognoscente, surgindo como sensibilidade externa e interna (receptividade), entendimento e razão, divide-se em sujeito e objeto, e não contém nada além disso. Ser objeto para o sujeito e ser nossa representação são a mesma coisa. Todas as nossas representações são objetos do sujeito, e todos os objetos do sujeito são nossas representações. Ocorre, então, porém, que nossas representações se encontram numa ligação regular e a priori determinável segundo sua forma, graças à qual nada épor si subsistente e independente, também nada de singular e destacado pode se tornar objeto para nós. O princípio de razão suficiente, em sua universalidade, expressa essa ligação. Ora, como já pudemos depreender do exposto até aqui, ainda que essa universalidade, de acordo com a diversidade da espécie de objetos, admita diferentes figuras, para a designação das quais, então, o princípio de razão suficiente também novamente modifica sua expressão, todavia permanece sempre aquilo que é comum a todas aquelas figuras, enunciado por nosso princípio em sua forma universal e abstrata. As relações que estão no fundamento deste último, e que a seguir serão demonstradas mais de perto, são, portanto, o que denominei a raiz do princípio de razão suficiente. Estas, por sua vez, após uma consideração mais aproximada, em conformidade com as leis de homogeneidade e especificação, distinguem-se em determinadas espécies, muito diferentes umas das outras, cujo número se deixa reduzir a quatro, instituindo-se segundo as quatro classes nas quais se divide tudo o que pode tornar-se objeto para nós, logo, todas as nossas representações.


Ver online : On the Fourfold Root of the Principle of Sufficient Reason and Other Writings