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Merleau-Ponty (FP) – corpo do outro

(MPFP)

Se o outro é verdadeiramente para si para além de seu ser para mim, e se nós somos um para o outro e não um e outro para Deus, é preciso que apareçamos um ao outro, é preciso que ele tenha e que eu tenha um exterior, e que exista, além da perspectiva do Para Si — minha visão sobre mim e a visão do outro sobre ele mesmo —, uma perspectiva do Para Outro — minha visão sobre o Outro e a visão do Outro sobre mim. Certamente, estas duas perspectivas, em cada um de nós, não podem estar simplesmente justapostas, pois então não seria a mim que o outro veria e não seria a ele que eu veria. É preciso que eu seja meu exterior, e que o corpo do outro seja ele mesmo. Prefácio

Correlativamente, o corpo do outro não podia aparecer-me como o invólucro de um outro Ego. Intro IV

Ora, o psicólogo podia por um momento, à maneira dos cientistas, olhar seu próprio corpo através dos olhos do outro, e ver o corpo do outro, por sua vez, como uma mecânica sem interior. Intro II

Isso não impede, acrescentaremos agora, que “viver” (leben) seja uma operação primordial a partir da qual se torna possível “viver” (erleben) tal ou tal mundo, e que devamos nos alimentar e respirar antes de perceber e de ter acesso à vida de relação, ser para as cores e para as luzes pela visão, para os sons pela audição, para o corpo do outro pela sexualidade, antes de ter acesso à vida de relações humanas. Intro V

Quer se trate do corpo do outro ou de meu próprio corpo, não tenho outro meio de conhecer o corpo humano senão vivê-lo, quer dizer, retomar por minha conta o drama que o transpassa e confundir-me com ele. Intro VI

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