Lichtenberg2012

Cada pessoa tem seu próprio domínio de conhecimento no qual pode se orientar melhor do que a maioria dos filósofos em seus próprios campos. Dentro desse domínio, uma pessoa percebe de imediato o que é ridículo, sutil, tolo ou supérfluo.

Quando compreendo o propósito de algo e estou familiarizado com os métodos estabelecidos, deve ser fácil reconhecer um erro em qualquer novo método—e como poderia ser diferente? Se eu quisesse descrever para uma ajudante de cozinha um novo prato e dissesse a ela que se trata de uma refeição interessante, com um sabor excepcional, e que alguns grãos deveriam ser espalhados na borda do prato, certamente ela zombaria de mim. Muitos autores abordam seus temas dessa maneira, sem perceberem o absurdo disso.

Se queremos tornar algo compreensível para outras pessoas, devemos utilizar exemplos tirados do próprio universo delas, e dessa experiência também podemos aprender como tornar uma determinada ciência parte do nosso próprio universo de conhecimento.