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Faivre Theosophia
Antoine Faivre — Acesso ao Esoterismo Ocidental II A corrente teosófica (final do século XVI até século XX): tentativa de periodização Resumo
- Definição de theosophia (vide Theosophia)Porfírio (234-305) — primeiro a introduzir o termo “theosophia”: thesosophus seria um “ser ideal unindo em si mesmo a qualidade de um filósofo, de um artista e de um sacerdote do mais alto nível”.
- Jamblico (Iamblichus) fala de “Musa divinamente inspirada” (theosophus Mouse).
- Proclus emprega “theosophia” no sentido de “doutrina”.
- Primeiros cristãos:Clemente de Alexandria usa “theosophus” como “movido por uma ciência divina”.
- Dionisio Areopagita não faz diferença entre “theologia”, “theosophia” e “divina filosofia”.
- Idade Média cristã torna-se sinônimo de “theologia”, os “theosophoi” designando as vezes, como na Summa Philosophiae de Roberto Grosseteste, os autores da Escritura sagrada.
- Dois grandes maciços se destacam de todo o resto do panorama do esoterismo ocidental desde o século XVI:Uma corrente esotérica como outras que não se constituiu em sociedade; uma galaxia informal que começou a se constituir no clima espiritual germânico do final do século XVI, para se expandir durante o século XVII, permeando a cultura ocidental.
- A Sociedade Teosófica, criada oficialmente em 1875, por iniciativa de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), que se determinou segundo certo número de diretivas, metas precisas, a ponto de ser vista como um novo movimento religioso.
- Os dois têm um lugar importante no esoterismo ocidental; os dois pretendem se ocupar de “sabedoria” ou de “conhecimento”, segundo uma perspectiva não teológica mas gnóstica — a gnose, relativa as relações e mediações unindo o homem ao mundo divino, como via privilegiada de transformação e de salvação.
- Não dispõem de um mesmo corpo referencial e seus estilos são distintos:O corpo referencial da primeira, que chamaremos de “Theosophia”, é essencialmente judeu-cristão, com textos fundadores do final do século XVI e início do século XVII;
- O corpo referencial da segunda corrente, que chamaremos de “Teosofismo” (como René Guénon), reveste um aspecto universalista e está penetrado por elementos de origem oriental, particularmente hindu e budista.
- Nascimento e primeira idade de ouro da corrente teosófica (final do século XVI ao século XVII):Gênesis e aparecimentoNo final do século XV esboça-se uma paisagem esotérica ocidental moderna: correntes novas; reatualização ou adaptação de tradições mais antigas; vontade se religar este diversos campos de pesquisa e saber:Hermetismo neo-alexandrino;
- Qabbalah cristã;
- “magia”, no sentido de Giovanni_Pico_della_Mirandola;
- alquimia;
- astrologia.
- Corrente paracelsica se soma no século XVI, e com sua disseminação surge ao final do século XVI uma nova corrente que se pode denominar de “theosophia”.Nascida na Alemanha e tributária da paracelsica
- Paracelso introduziu um modo de reflexão sobre a Natureza, uma cosmologia feita de magia, medicina, alquimia, química, ciência experimental, especulações complexas sobre redes de correspondências reunindo diferentes níveis de realidade do universo.Dada sua acentuação do que chamava “luz da natureza” Paracelso permanece no interior das causas segundas, buscando subir aos “princípios”.
- Três espirituais alemãs Valentin Weigel, Heinrich Khunrath, Johann_Arndt seriam os proto-teósofos que em seguida alimentam à corrente da “Theosophia”
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