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brentano:por-que-e-como-algo-e-belo

Por que e como algo é belo

(Brentano1988a)

Quando Fechner demonstra indução pelo retângulo de máxima satisfação e similares, o que se reconhece é precisamente o procedimento dedutivo. Em si, o assunto é de tão pouca importância que é difícil falar aqui de ‘beleza’. Contudo, até mesmo a conexão dessas condições elementares — ao que parece — deveria incluir o efeito das mais magníficas belezas e permitir-se predizer dedutivamente.

Eu nunca poderia concordar com alguém que acredita nisso. Eu sempre teria que repreendê-los por buscar uma abordagem de cima para baixo, quando a real consiste em começar de baixo e trabalhar para cima. Por que e como algo é belo não pode ser deduzido de satisfações elementares formadas pela experiência e colocadas em certa conexão umas com as outras; isso deveria ser sentido por meio da experiência direta. E acredito que muito pouco pode ser alcançado pela redução a processos completamente elementares de agradabilidade, desprovidos de significado e imprecisamente caracterizados, como a satisfação de um triângulo. Pois nenhuma preferência permite sua conexão com outra para alcançar um efeito mais feliz. Um retângulo em si menos agradável do que outro desenhado de maneira mais alongada, devido ao comportamento correspondente das linhas (em um todo maior), pode se adaptar melhor, enquanto o correspondente à seção áurea, se mostrado isoladamente, age sem dizer nada.

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