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Borella (Signo) – símbolo como operador semântico

Excertos de Jean Borella, “Le mystère du signe” (JBMS)

Se tentarmos agora definir o aparato simbólico tal como acabamos de delineá-lo nas páginas anteriores, a fim de expressar a ideia geral que emerge de uma análise tão longa, diremos que ele é, essencialmente, um operador semântico.

Entendemos com isso que um símbolo funciona como um aparato que produz sentido, ou, mais precisamente, como um aparato capaz de transformar a ontologia em semântica, porque primeiro transformou o semântico em ontologia, ou, se preferirmos, porque, semelhante à clorofila das plantas, soube fixar a luz do inteligível em sua própria matéria e restituí-la sob a forma de uma significância ilimitada.

Sem dúvida, esse operador semântico só funciona diante de uma inteligência. Mas é ele que “produz” o sentido e não o hermeneuta. É ele que desperta a consciência humana para a realidade da Transcendência invisível, revelando-lhe, ao mesmo tempo, tanto sua interioridade espiritual quanto a exterioridade inumerável do mundo criado, arrancando definitivamente nossa existência de sua contingência e absurdidade para fazê-la entrar no universo infinito do Espírito. Verdadeiro “conversor” cósmico, sua presença alquímica transforma em ouro da glória a poeira das coisas. Fertilizando a inteligência atenta para se unir à ordem de sua natureza, ele desenvolve inexaurivelmente sob sua luz as maravilhas de sua energia semântica e ensina o canto da Beleza suprema.

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