blondel:blondel-1951-distincao-objeto-e-sujeito

Blondel (1951) – distinção objeto e sujeito

«Seria um erro supor que eu aceito algum pressuposto do idealismo ou do subjetivismo. Nada é mais repugnante ao meu pensamento do que a distinção pretensamente inicial entre objeto e sujeito. Nunca parti, como de uma tese adquirida, do postulado admitido por muitos espíritos que não são idealistas, a saber, que o primeiro dado de que podemos dar conta é o fato de consciência, a realidade psicológica. Considero, ao contrário, que essa tese, que envenenou por tanto tempo um espiritualismo superficial, é totalmente nociva, porque toma como dado primitivo uma representação fabricada tardiamente e na qual se confundem elementos provenientes de profundezas que importa sondar, em vez de nos contentarmos com noções artificiais que se isolam, como as de fenômeno e ser, objeto e sujeito, dado e forma, sensação e percepção, fato primitivo do sentido íntimo ou da impressão física, nos quais alternadamente se quis ver os materiais originais de nossa vida mental, quando na verdade são resultados, anotações derivadas e construídas.» (Études blondéliennes, I, 22)

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