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Susini (FC:Intro) – o mal

(…) Se ela (a criatura) embarcou no caminho do mal, o processo é revertido, Baader ilustra seu raciocínio tomando como exemplo a tática de Mefisto de se colocar à disposição de sua futura presa, como um “instrumento”, e dar a Fausto todo o poder, declarando-se pronto para satisfazer qualquer desejo. Em um segundo estágio, Fausto não é mais do que o “colaborador” de Mefisto, seu companheiro, que toma a iniciativa em todos os empreendimentos, e Mefisto acaba sendo o “mestre” que tem sua vítima inteiramente a seu critério, reduzida à categoria de um mero objeto, um instrumento da vontade diabólica.

Mas, de uma perspectiva cristã, não existe o mal absoluto. Nenhuma criatura está irremediavelmente perdida. Qualquer ato errado pode ser remediado pela reintegração, se esse for o desejo da criatura caída. Nesse caso, é uma questão de voltar atrás em estágios sucessivos, de desfazer por fragmentação o trabalho realizado sob o signo do mal e, assim, recuperar a inocência perdida.

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