Existe uma distinção metodológica fundamental entre o pensamento filosófico alemão e o francês, na qual a tradição germânica, representada por figuras como Immanuel Kant, Georg Wilhelm Friedrich Hegel e o próprio Oswald Spengler, tende a impor uma grelha de leitura esquemática, dialética e transcendental sobre o real, priorizando a Ideia, o Conceito e o Espírito com maiúsculas em detrimento da realidade tangível, enquanto a filosofia francesa da história, exemplificada por autores como Jacques Benigne Bossuet, Montesquieu e Voltaire, inclina-se a observar o real em sua sinuosidade e complexidade intrínseca sem o subjugar a sistemas pré-concebidos.