(Blumenberg1971)
O que o homem é tem sido formulado como tese em inúmeras definições, mais ou menos formais, em tentativas variadas. As vertentes do que agora chamamos de antropologia filosófica podem ser reduzidas a um par de alternativas: o homem pode ser visto ou como uma criatura pobre ou como uma criatura rica. O fato de o homem não estar biologicamente fixado a um ambiente específico pode ser compreendido tanto como uma falta fundamental de equipamentos próprios para a autopreservação quanto como uma abertura para a plenitude de um mundo que não é mais acentuado apenas em termos de necessidades vitais. O homem torna-se criativo ou pela urgência de suas necessidades ou pelo lúdico manejo de seus talentos excedentes.