Ser saudável significa, elementarmente, ser capaz de comer, beber, dormir, amar, trabalhar, falar, pensar e jogar, enquanto a doença indica desajustes maiores e manifesta intolerância a frustrações inevitáveis; o esforço terapêutico, seja farmacodinâmico, psicoterápico ou social, visa a conservação da vida e a acomodação do organismo, mas confronta-se com o fato de que cada doença abre uma brecha por onde fluxos necessários entram e saem, e que a unidade psicossomática diferenciada parece necessitar estar doente em algum lugar, pois a doença não é apenas falta, mas abertura.