Categoria: Comte-Sponville, André

  • ACS2020 O que ela é, ela não sabe (II, 12, 561), nem mesmo se ela é algo (Crátese e Dicearco pensavam “que não havia nenhuma”, p. 542). A alma não conhece sua própria natureza, nem sua localização, nem sua relação com o corpo, nem sua eventual mortalidade ou imortalidade (p. 517-519 e 542-561). Portanto, não…

  • (ACS2020) […] “Ser consiste em movimento e ação” (II, 8, 386), e nós amamos isso (“nós temos gosto de ser”, ibid.). Não é surpreendente, replicaria Montaigne a Pascal (cf. Pensées, ed. Lafuma, 136-1391), que tenhamos dificuldade em “permanecer em repouso em um quarto” sem logo entrar em depressão! Isso condena menos “a desgraça natural de…

  • Este é o título de um famoso livro de Bernard Mandeville (1670-1733), que começa, de fato, com uma fábula. Abelhas, que se assemelham surpreendentemente aos humanos (têm as mesmas paixões e profissões que nós), vivem em uma colmeia tão próspera quanto depravada. Por isso, lamentam-se dos vícios que ali reinam. Júpiter, irritado com suas queixas…

  • Não é nada, pois é a ausência de algo, como um vazio determinado, delimitado, definido. Por quê? Por uma presença, ou várias: o que está ausente aqui está presente ali (abesse, em latim, significa estar distante de), ou esteve, ou estará, ou poderia estar, assim como outra coisa, agora, ocupa o seu lugar. A consciência…

  • (ACS2013) “Agonia”, em grego, é angústia. Mas “agôn” é o combate. A agonia, para cada um de nós, é o último combate — muitas vezes longo, duro e doloroso: a última batalha perdida pela vida. Daí a angústia, em quase todos. E a aceitação, nos mais sábios ou nos mais afortunados. A única vitória aqui…