Categoria: Caeiro, António
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Não se consegue antecipar que o tempo que segue ao prazer (ἡδονή) traga consigo a sua cessação e a sua metamorfose em sofrimento, um sofrimento resultante da qualidade do prazer (ἡδονή) sentido. Aquelas coisas são más (e trazem, assim, impossibilidade e perversão à potência da vida), porque terminam em sofrimentos e destroem os restantes prazeres…
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O Humano está assim lançado para a felicidade. Motivado por ela. Para Aristóteles estar lançado para a felicidade caracteriza essencialmente a existência humana. É por termos um conhecimento deste projeto que nos está dado em mãos que percebemos também estarmos afastados dele ou termos já desistido de ir no seu encalço. Se «ser feliz» é…
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O sentido da palavra «perícia» é equívoco. «Perícia» pode ser um ofício ou uma profissão. Mas tem também o sentido de produção artística, arte. Em ambos os casos a língua grega faz pensar, de fato, numa fabricação, numa produção. O operador fundamental da perícia é o domínio de uma competência (artístico-técnica), a qual pode ser…
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Do corpus aristotelicum a Ética a Nicómaco [EN]1 é o mais importante dos textos sobre o problema ético na produção de Aristóteles, conjuntamente com a Ética a Eudemo, os Magna Moralia 2 e um pequeno tratado chamado Sobre Virtudes e Vícios 3. A análise do problema ético em Aristóteles depende de uma caracterização nos seus…
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Mas de todos os problemas postos [pela tradução da Ética a Nicômaco], o maior resulta de há já muito termos perdido o contato com o sentido essencial do prático tal como os Gregos o experimentavam espontaneamente. É desse sentido que dependem a possibilidade da sua caracterização, enquadramento e compreensão. Caracterizar o horizonte prático é caracterizar…
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Esta dissertação tem como objectivo a exposição do horizonte da situação humana (πρᾶξις) por forma a nele se poder encontrar e realizar a sua possibilidade extrema, a excelência (άρετή). É nessa conformidade que pretendemos promover a identificação e o isolamento do sentido da excelência (άρετή), em geral, e da excelência (άρετή) da situação humana (πρᾶξις),…
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As acções têm, assim, o seu princípio de ser no Humano enquanto tal. Sem o elemento Humano não há acção. É o próprio Humano que é causa eficiente enquanto motivação da acção. E é também o Humano a causa final da acção, o terminus ad quem de todo e qualquer encaminhamento prático. O modelo aristotélico…
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