Hottois1993
Pensar em individuação exige que não sacrifiquemos o elemento à totalidade, ou a totalidade ao elemento, que não separemos a forma da substância nem a mergulhemos muito profundamente nela. O princípio da individuação exige que pensemos nos termos a partir de seu relacionamento, seu meio, o centro onde “acontece”. Do modelo de cristalização à individuação psíquica e coletiva, passando pelo modo de existência dos objetos técnicos (cuja individuação está presa na bipolaridade do elemento e do todo, ou mesmo da rede), G. Simondon nunca deixa de enfatizar a realidade relacional e interativa da individuação. É a relação que é dinâmica: sua implementação é a própria individuação.