Página inicial > Rosenzweig, Franz > Rosenzweig (Cahiers:47) – o paganismo
Rosenzweig (Cahiers:47) – o paganismo
domingo 12 de maio de 2024, por
O paganismo não é, de forma alguma, um espantalho vulgar que, em termos de filosofia da religião, levaria os adultos de volta aos seus medos infantis; no entanto, é assim que ele tem sido usado pela ortodoxia nos séculos passados e, curiosamente, como também é usado por Max Brod em sua recente e conhecida obra. O paganismo, por outro lado, é nada mais e nada menos do que a verdade em sua forma elementar, invisível e não revelada, é claro. Assim, onde quer que não seja elementar, mas inteiro, onde quer que não seja invisível, mas constitua uma figura, onde quer que não seja invisível, mas afirme ser revelação, o paganismo se torna uma mentira. Entretanto, na medida em que permanece elementar e secreto dentro da totalidade, do visível e da revelação, o paganismo é permanente, da mesma forma que os grandes objetos do pensamento, as "substâncias", são permanentes dentro da experiência real, não-concreta e não-substancial.
Ver online : Franz Rosenzweig
ROSENZWEIG, Franz. "La pensée nouvelle", in Olivier Mongin et alii, Les Cahiers de La nuit surveillée. Paris: 1982