Excerto traduzido das páginas 56-59
nossa tradução
[...] Seja, por exemplo, a memória. Ela parece exigir um sujeito que se lembre, que identifique e distinga ao mesmo tempo a experiência passada (a lembrança) e sua revivência atual (a rememoração). O budismo, que não admite nenhuma conservação do pensamento de um instante ao outro, admite que toda experiência deposita na série mental uma impregnação – vāsanā – de intensidade proporcional à sua própria vivacidade. O que é preservado dessa maneira não é (...)
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Xivaísmo de Caxemira
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Hulin (PEPIC:56-59) – a memória e o sujeito
2 de maio de 2020, por Cardoso de Castro -
Hulin (PEPIC:124-132) – gênese da individualidade
29 de abril de 2020, por Cardoso de CastroExcerto traduzido de HULIN, Michel. LE PRINCIPE DE L’EGO DANS LA PENSÉE INDIENNE CLASSIQUE. p. 124-132
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À pergunta: «Por que a existência individual? » Qualquer pessoa mesmo pouco informada das teses do Advaita responderia: « por causa da ignorância ». Esta por sua vez se definiria como a ignorância originária atualizada sob a forma de uma sobre-imposição – adhyāsa – recíproca dos upādhi (pseudo-pertencimentos ou «condições limitantes extrínsecas» não-pensantes) e do atman espiritual. E a (...) -
Raffaele Torella: a memória segundo Utpaladeva
19 de abril de 2020, por Cardoso de CastroExcerto do artigo RAFFAELE TORELLA
nossa tradução
O presente artigo trata do Vivṛti [comentário] no ĪPK I.4.1-2. No capítulo anterior, Utpaladeva, referindo-se a uma afirmação enigmática no Bhagavad-gītā, havia identificado três poderes (śakti) no Senhor: Cognição, Memória e Exclusão. Depois de fazer algumas observações preliminares a respeito deles como um todo, ele inicia agora uma investigação detalhada sobre cada um deles. Seu objetivo é mostrar que a cognição, a memória e a exclusão, que constituem a (...) -
Hulin (PEPIC:9-11) – noção de ahamkara desde os Upanixades
3 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroHULIN, Michel. Le principe de l’ego dans la pensée indienne classique. La notion d’ahamkara. Paris: Collège de France - Institut de civilisation indienne, 1978, p. 9-11
nossa tradução
Não poderia ser questão de estudar a noção de ahamkara ao longo da história do pensamento indiano. Tínhamos que distinguir acima de tudo entre as doutrinas em que o ahamkara é orgânico e as que o adotaram secundariamente mais ou menos tarde. É indiscutível, com efeito, que a partir do século V ou VI dC essa noção fez (...) -
Silburn: les trois absorptions
8 de junho de 2019, por Cardoso de CastroExtrait des pages 152-153 de SILBURN 1981.
Un chapitre entier du Tantrāloka, le XXXIV, est consacré à l’absorption en raison de son importance car elle fut révélée par Śiva lui-même. Ce chapitre, des plus courts, ne renferme que les stances suivantes :
« Le moment est venu d’exposer comment on pénètre dans la Quintessence. (Selon la voie individuelle) après avoir pénétré de plus en plus profondément en l’état divin, qu’on repose paisiblement à proximité de l’Essence. Puis, laissant complètement cette (...) -
Torella: les émotions
2 de agosto de 2018, por Cardoso de CastroExtrait des pages 16-20
English
[...] the first to filter through systematically in the West and to be firmly fixed in communis opinio, how often must the western traveller, landing in India in the expectancy of an ascetic and disincarnate world, have been stunned by the untiring proliferation of colours, odours and sounds of life in all its most splendid and ephemeral forms!
Consequently it seems that something is not right, or that there is at least a hiatus between the theories and (...) -
Dyczkowski: Création et Māyā
5 de julho de 2018, por Cardoso de CastroExtrait des pages 79-80
Français
Lorsque le pouvoir de la conscience engendre un sentiment de séparation entre le sujet et l’objet avec toutes les limitations qui en découlent, il est appelé «Māyā». Comme Māyā, il voile la conscience et obscurcit la conscience du sujet individuel de son unité essentielle. Alors que le Vedānta non-dualiste soutient que Māyā est un principe indéfinissable qui donne lieu à l’illusion cosmique de la multiplicité faussement superposée à l’unité indivisible de l’absolu, selon (...) -
Silburn: Le Śivaīsme du Kashmīr
18 de junho de 2018, por Cardoso de CastroLe Śivaīsme du Kashmīr est généralement connu sous les noms de Trika et de Pratyabhijñādarśana afin de le distinguer du Śivaīsme dualiste appelé Śivāgama et Siddhānta, mais Abhinavagupta préfère désigner son école par les termes Svātantryavāda ou mieux encore Bhairavaśāsana, et c’est à juste titre, car ce système met l’accent, du point de vue métaphysique, sur la libre spontanéité ou volonté (svātantrya) qui n’est autre que l’Énergie divine (śakti) tandis que, du point de vue mystique, il insiste tout (...)
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Silburn: Śiva, Acte pur et vibrant
17 de junho de 2018, por Cardoso de CastroExtrait des pages 11-13 de l’Introduction
Le sivaïsme moniste du Kaśmir se partage en trois principaux courants remontant chacun à un fondateur et possédant une lignée de maîtres initiés, sans que nous constations la moindre discorde ou dissension entre eux. D’ailleurs la plupart des grands mystiques tels Somānanda, Utpaladeva, Laksmanagupta, Abhinavagupta, Kṣemarāja appartenaient souvent à deux ou à plusieurs traditions dont ils commentaient les traités dans le même esprit que Maheśvarānanda : donnant (...) -
Jaideva Singh: VIJÑANABHAIRAVA
17 de junho de 2018, por Cardoso de CastroFrançais
Vijñānabhairava se compose de deux mots, vijñāna et bhairava. Nous devons d’abord comprendre la signification ésotérique de Bhairava. Kṣemarāja dans son commentaire Udyota donne une description de la signification ésotérique de Bhairava. La somme et la substance de cela est que Bhairava est un mot acrostiche composé des lettres, bha, ra, et va; bha indique bharaṇa ou maintien de l’univers; ra indique ravaṇa ou le retrait de l’univers; Va indique le vana ou la projection, c’est-à-dire la (...)