Parmênides é célebre por ter dito e proclamado que o Ser é e o Não-Ser não é. O Ser, sendo o que é, não pode ser negado, mesmo parcialmente, embora Parmênides elimine todo o recurso ao movimento, à mudança e ao devir.
O Ser é, é não engendrado e imperecível, sem fim, «nunca era ou será, pois é agora todo inteiro, simultaneamente uno e contíguo a si mesmo» (VIII, 5). É indivisível (VIII, 22), imóvel nos limites de laços poderosos (VIII, 26), imutavelmente fixo ao mesmo sítio (VIII, 30); é (...)
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Sócrates (séc. V aC)
Σωκράτης, Sōkrátēs (séc. V aC)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
Estudos na Internet Xenophon - The Memorable Thoughts of Socrates Taylor, A. E. - Plato’s biography of Socrates Zeller - Socrates and the Socratic schools Depósito Internet Archive
As fontes do personagem Sócrates são Aristófanes, Xenofonte e Platão. Aristófanes retrata Sócrates como um "filósofo da natureza", que sua pseudociência conduz a negar a existência das divindades comumente reconhecidas e render um culto privado a novos deuses que põe em lugar dos antigos; ganha sia vida de maneira suspeita dispensando um ensinamento mais ou menos honesto, à demanda de seu cliente. Esta é a imagem sarcástica de Aristófanes em sua comédia "Nuvens", onde se já vislumbra o que virá a se tornar acusações em corte contra Sócrates, se pomos fé na caricatura de Aristófanes.
Xenofonte e Platão nos apresentam imagens divergentes de Sócrates; divergência clara se compararmos a Apologia de Sócrates escrita por um e por outro. O Sócrates de Platão deve ser melhor aceito segundo Vlastos, porém mesmo este se apresenta como dois Sócrates ao longo da obra de Platão. Nos primeiros 24 diálogos , cronologicamente, embora o indivíduo Sócrates continue sempre o mesmo, e seguindo sua mesma abordagem intelectual das questões que se apresentam, duas filosofias socráticas se delineiam que não poderiam coabitar na mesma mente , a não ser de um esquizofrênico.
Vlastos identifica os seguintes pontos reveladores de contrastes fundamentais entres as duas filosofias defendidas pelo mesmo Sócrates:
1. O campo da reflexão filosófica de um é a filosofia moral e de outro é também a filosofia moral, mas ainda mais de um ontologista, um metafísico, um epistemólogo, um filósofo da ciência, um filósofo da linguagem, assim como um filósofo da religião e da arte, e um filósofo político.
2. Os interesses científicos variam de nenhum até o Górgias, e de um matemático que considera a matemática como via de acesso à filosofia.
3. Sua prática de da filosofia difere de um tendo a missão de viver filosofando, fazendo o exame de si mesmo e de outros, até aquele que considera somente uma elite bem dotada e formada, como capaz de se questionar e de discutir sobre o bem e o mal, e assim conduzir uma sociedade.
4. A teoria metafísica da alma em um é inexistente e em outro é prevalecente, seja qualquer tema pensado.
5. A teoria metafísica da forma é mencionada por um, mas teorizada por outro.
6. A dimensão religiosa é rigorosamente prática em um e quase mística em outro.
7. A teoria política é inexistente em um, vide primeiros diálogos de Platão, e audaciosa em outro.
8. A psicologia moral em um considera o intelecto todo-poderoso para controlar o que move a uma ação, enquanto outro rejeita categoricamente esta posição.
9. O método de investigação filosófica em um busca a verdade moral de modo particular, o elenchos ; em outro se abandona em prol da reminiscência.