Hans-Georg Gadamer — Verdade e Método Tradução de Flávio Paulo Meurer A posição-limite da literatura Há que se colocar isso em prova agora, igualmente, no exemplo de se saber, se o aspecto ontológico que temos elaborado até aqui se estende também ao modo de ser da literatura. Aqui já não parece haver nenhuma representação que pudesse reivindicar uma valência ôntica própria. A leitura é um processo da pura interioridade. Nela parece consumada a liberação com respeito a toda ocasião e contingência, como se (...)
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Homero / Ilíada / Odisseia
HOMERO. Ilíada. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2019
HOMERO. Odisseia. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2018
Porphyry informs us, in his excellent treatise, De Antro Nymph. [TTS vol. 13] that it was the opinion of Numenius, the Pythagorean, (to which he also assents) that the person of Ulysses, in the Odyssey, represents to us a man, who passes in a regular manner, over the dark and stormy sea of generation; and thus, at length, arrives at that region where tempests and seas are unknown, and finds a nation, who
Ne’er knew salt, or heard the billows roar.
Indeed, he who is conscious of the delusions of the present life, and the enchantments of this material house, in which his soul is detained, like Ulysses in the irriguous cavern of Calypso, will, like him continually bewail his captivity, and inly pine for a return to his native country. Of such a one it may be said as of Ulysses (in the excellent and pathetic translation of Mr Pope,)
But sad Ulysses by himself apart.Pour’d the big sorrows of his swelling heart;All on the lonely shore he sate to weep,And roll’d his eyes around the restless deep:Tow’rd the lov’d coast, he roll’d his eyes in vain,Till, dimm’d with rising grief, they stream’d again.Odyssey book v. 103.
Such a one, too, like Ulysses, will not always wish in vain for a passage over the dark ocean of a corporeal life, but by the assistance of Mercury, who may be considered as the emblem of reason, he will at length be enabled to quit the magic embraces of Calypso, the goddess of Sense, and to return again into the arms of Penelope, or Philosophy, the long lost and proper object of his love. [Thomas Taylor ]
Matérias
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Gadamer Literatura
22 de março -
pneuma
24 de marçopneuma: ar, respiração, espírito, spiritus, sopro, alento
1. Pneuma, que significa ar ou respiração (o verbo grego cognato é usado em ambos os sentidos em Homero), é usado no primeiro sentido quando aparece pela primeira vez em Anaxímenes. Pneuma ou aer, diz ele, unifica o kosmos tal como a nossa psyche, que é também aer unifica o nosso corpo (frg. 2; a linguagem do fragmento impressionou muitos por ser um pouco «moderna» de mais para os sentimentos genuínos de Anaxímenes). A identificação do ar e da (...) -
Coomaraswamy Simbolismo Literario
28 de marçoCAPÍTULO VII - EL SIMBOLISMO LITERARIO
«¡Cierto! Allah no desdeña acuñar ni siquiera la similitud de un cínife». Corán II.26
Las palabras nunca son insignificantes por naturaleza, aunque pueden usarse irracionalmente para propósitos meramente estéticos y no artísticos: de primera intención, todas las palabras son signos o símbolos de referentes específicos. Sin embargo, en un análisis del significado, debemos distinguir entre la significación literal y categórica o histórica de las palabras y el (...) -
Mitos Platônicos
24 de marçoO uso do mito em Platão é ainda objeto de controvérsia. As explicações baseadas na suposição de Platão se situar no limiar de uma passagem do mito à razão (v. Do Mito à Razão) são muito comuns, como explica Geneviève Droz (Les mythes platoniciens), inclusive reforçando seu argumento pelas próprias críticas encontradas em Platão aos poetas, ilusionistas mentirosos, rejeitando a ficção poética enquanto opinião incerta e suspeita. No entanto, surpreende a todos os estudiosos da Obra de Platão como esta se nutre de (...)
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Yates Kircher
28 de marçoExcertos da tradução de Yolanda Steidel de Toledo Hermetistas reacionários: Atanásio Kircher Deixando de lado o impenetrável tema das "confraternite ed associazioni variamente caratterizzate", como designou E. Garin os canais esotéricos nos quais o hermetismo perdurou depois de fixada a data de "Hermes Trismegisto", consideremos agora uma massa considerável de obras publicadas nas quais, como em Fludd, a data de Trismegisto é tranquilamente desconsiderada, e a síntese hermético-cabalística da (...)
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Platão: Mitos do Cosmo
24 de março(Excertos de Jean Brun, "Platão")
1. A construção do mundo. — É a este tema que é dedicado o Timeu, que Brunschvigc chama um «romance físico». Neste diálogo surgem muitos temas pitagóricos, a ponto de, desde a Antiguidade, correr uma lenda, relatada por Diógenes Laércio, segundo a qual Platão teria aproveitado uma viagem ao Egito para comprar a preço de ouro escritos secretos de Pitágoras e do seu discípulo Filolau, que teria depois plagiado no Timeu.
O mundo foi feito a partir de um «modelo» pelo (...) -
EPÍTOME AO ION DE PLATÃO, ou "DO FUROR POÉTICO"
24 de marçoMarcílio Ficino - Sobre el furor divino y otros textos Antropos Editorial del Hombre, Barcelona, España, 1993, 105 p. Textos y Documentos - Clásico del Pensamiento y de las Ciencias Colección dirigida por Antonio Alegre Gorri - número 17 Título original: De divino furore Edición bilingüe Selección de textos, introducción y notas de Pedro Azara. Traducción de Juan Maluquer y Jaime Sainz ISBN 84-7658-382-6 Tradução para o português das páginas 30 até 47, gentilmente feita por nosso amigo Antonio Carneiro (...)
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Do Mito à Razão (II): O Sábio
24 de marçoNos alvores da história intelectual da Grécia, entrevê-se toda uma linhagem de personalidades estranhas para as quais Rohde chamou a atenção. Estas figuras, semilendárias, que pertencem à classe dos videntes estáticos e dos magos purificadores, encarnam o modelo mais antigo do "Sábio". Alguns acham-se estreitamente associados à lenda de Pitágoras, fundador da primeira seita filosófica. O seu gênero de vida, a sua investigação, a sua superioridade espiritual, colocam-nos à margem da humanidade vulgar. Em (...)
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Lewis Lucano
28 de marçoLUCANO Lucano vivió desde el año 34 d. de C. hasta el 65. Séneca y Gallio (el que «no se preocupaba de ninguna de esas cosas») fueron tíos suyos. Su poema épico sobre la guerra civil, la Farsalia, quedó interrumpido por la muerte más miserable que se pueda imaginar para un hombre: conspiró contra Nerón, lo prendieron, confesó a cambio de una promesa de perdón, denunció (entre otros muchos) a su propia madre y, a pesar de todo, lo ejecutaron. Creo que actualmente su poema está infravalorado; (...)
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Lewis Dama Natura
28 de marçoESTACIO, CLAUDIANO Y LA DAMA «NATURA» A Estacio, cuya Tebaida apareció en los años noventa del siglo primero, se lo equiparaba en la Edad Media (como ya hemos visto) con Virgilio, Homero y Lucano. Como Lucano, se esforzaba por hacer frases altisonantes, con menos éxito, y también con menos continuidad. Tenía un ingenio de más altos vuelos que el de Lucano, una seriedad más auténtica, más piedad y una imaginación más versátil; la Tebaida es un poema menos tedioso y más extenso que la Farsalia. Los (...)
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Ortega y Gasset: ENSIMESMAMENTO E ALTERAÇÃO
23 de marçoO texto desta lição, na sua maior parte, corresponde à primeira das ministradas em Buenos Aires, em 1939, que foi publicada no livro ENSIMESMAMENTO E ALTERAÇÃO. MEDITAÇÃO DA TÉCNICA. Espasa-Calpe Argentino, Buenos Aires, 1939.
1. ENSIMESMAMENTO E ALTERAÇÃO
[O texto desta lição, na sua maior parte, corresponde à primeira das ministradas em Buenos Aires, em 1939, que foi publicada no livro ENSIMESMAMENTO E ALTERAÇÃO. MEDITAÇÃO DA TÉCNICA. Espasa-Calpe Argentino, Buenos Aires, 1939.]
Trata-se do (...) -
Teologia e Teólogos
24 de marçoLa palabra "teología" es mucho más vieja que el concepto de teología natural y la tricotomía varroniana. Pero la teología es también una creación específica del espíritu griego. Este hecho no se ha entendido siempre exactamente y merece especial atención, pues afecta no sólo a la palabra, sino más aún a la cosa que la palabra expresa. La teología es una actitud del espíritu que es característicamente griega y que tiene alguna relación con la gran importancia que atribuyen los pensadores griegos al logos, (...)
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Fedro 277a-279b — Resumo e epílogo
24 de marçoSÓCRATES: - Já que nós concordamos nisto, caro Fedro, podemos agora decidir sobre o nosso assunto.
FEDRO: - Sobre o quê?
SÓCRATES: - Sobre o assunto que nos levou até a censura dirigida a Lísias em virtude de seus discursos escritos, o que por sua vez nos conduziu a classificar os discursos, distinguindo o que é artístico do que não o é. Pelo menos, parece, evidenciou-se suficientemente o que é artístico e o que não é.
FEDRO: - Com efeito. Mas não queres repetir tudo isso, em resumo?
SÓCRATES: - A (...) -
Bestiário Pombo
28 de marçoO pombo O POMBO NOS CULTOS PRÉ-CRISTÃOS Tomado desde a mais alta antiguidade como símbolo da paz, da fidelidade conjugal, da pureza dos costumes, da simplicidade e da dor resignada.
Em Creta e no antigo império dos Hititas da Ásia Menor que se encontraram os mais antigos documentos religiosos cultuando o pombo.
No mundo cretense na época micênica, o pombo como a flor de lis estão representados por toda parte: altares, colunas sagradas, árvore de vida, pinturas de palácios, decoração dos templos. (...) -
Satz Lulio
28 de marçoExcertos do ensaio de Mario Satz do livro "O Tesouro Interior"
Félix, do Livro das Maravilhas, é um herói do amor angelical, possuído pela semelhança, pela correspondência e pela inter-relação. Todos os seus episódios e aventuras o remetem ao Único, ao Criador, não separado de sua Criação, mas refletido nesta como num espelho, seguindo a pauta dupla dos liber Dei / liber mundi.
Poder-se-ia pensar que o maravilhoso é infantil e que o século XIII, de certa forma, também o era em relação ao nosso. Mas (...) -
Detienne: Aletheia
24 de marçoEm uma civilização científica, a ideia de Verdade introduz imediatamente as de objetividade, comunicabilidade e unidade. Para nós, a verdade se define em dois níveis: por um lado, conformidade com alguns princípios lógicos, e, por outro, conformidade com o real, sendo, desse modo, inseparável das ideias de demonstração, verificação e experimentação. Dentre as noções que o senso comum veicula, a verdade é, sem dúvida, uma das que parece ter sempre existido, sem ter sofrido nenhuma transformação; uma das que (...)
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Needleman Lenda de Asmodeus
28 de marçoPara construir o templo, para criar o lugar dentro do qual a mais elevada santidade poderia ser contatada — óbvio que esse grande templo era interno, e não um simples edifício externo —, ele precisava da ajuda do shamir — alguma coisa pequena e oculta, alguma coisa tão ativa que, simbolicamente, conseguia cortar qualquer coisa. Penetrar qualquer coisa. Sem esse poder sutil, o templo do homem não poderia conter aquele a quem os hebreus deram o nome de YHWH — ou seja, o Eu sou.
Essa coisa sutil, (...) -
República: Parte III (L4. L8-10) — A injustiça no Estado e no indivíduo
24 de marçoParte III (L4. L8-10): A injustiça no Estado e no indivíduo A) A corrupção do Estado ideal e suas formas 1 A queda do Estado ideal
Relembrar os traços principais da constituição ideal (monárquica ou aristocrática segundo se tenha um ou mais filósofos na sua cabeça)
Causas da corrupção
Tudo que vem a ser é corruptível
Por decorrência de casamentos a contratempo organizados pelos chefes, não há mais "filósofos naturais"
Relembras as quatro formas defeituosas
Princípio da correspondência entre formas de (...) -
Vernant: corpo
24 de marçoExcertos de VERNANT, Jean-Pierre. "Cuerpo oscuro, cuerpo resplandeciente", in Michel Feher, Fragmentos para un historia del cuerpo humano. Madrid: Taurus, 1990, p. 21-23
[...] en la época arcaica, la «corporeidad» griega ignora todavía la distinción alma-cuerpo; tampoco establece un corte radical entre naturaleza y sobrena-turaleza. Lo corporal en el hombre comprende tanto realidades orgánicas como fuerzas vitales, actividades psíquicas e inspiraciones o influjos divinos. La misma palabra puede (...) -
Ortega y Gasset: A VIDA PESSOAL
23 de marçoExtrato do livro "O Homem e a Gente". Trad. J. Carlos Lisboa. Livro Ibero-Americano, 1960.
A VIDA PESSOAL
Trata-se de que, mais uma vez, o homem se perdeu. Porque não é coisa nova nem acidental. O homem se perdeu muitas vezes ao longo da história, — ainda mais: é constitutivo do homem, diferentemente de todos os demais seres, o ser capaz de perder-se, de se perder na selva da existência, dentro de si mesmo, e, graças a essa outra sensação de perda, re-operar energicamente para voltar a (...)
Notas
- A Alegoria Filoniana
- A Alma e a Morte
- Ação Educadora
- adelphos
- akrita
- anabasis
- aphesis
- Apologia 34b-35d: Conclusão da defesa
- askesis
- Benedito Schleiermacher
- BQT 174a-178a: Prólogo
- BQT 189d-190c: A humanidade primitiva
- BQT 195a-196b: A natureza do Amor
- BQT 198a-212c: A palavra passa à Filosofia. Sócrates e Diotima
- Branco Sagrado
- Brun: Visão do mundo de Tales
- Burckhardt Simbolos
- Canteins Agitadores
- Coomaraswamy Catarse
- Coomaraswamy Paz