Sobre a temperança (sophrosyne). Sócrates foi um bom educador e não um corruptor da juventude. Toma distância do ensinamento socrático impugnando o gnothi seauton e a redução da virtude à ciência. Tenta definir cientificamente a temperança, mas chega a uma conclusão negativa.
Resumo de Luc Brisson
O objeto da discussão de Cármides é sophrosyne, uma das quatro grandes virtudes platônicas, junto com o saber (sophia), a justiça e a coragem. Na ética tradicional grega, sophrosyne se refere à disposição (...)
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Homero / Ilíada / Odisseia
HOMERO. Ilíada. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2019
HOMERO. Odisseia. Tr. Frederico Lourenço. Lisboa: Quetzal Editores, 2018
Porphyry informs us, in his excellent treatise, De Antro Nymph. [TTS vol. 13] that it was the opinion of Numenius, the Pythagorean, (to which he also assents) that the person of Ulysses , in the Odyssey, represents to us a man, who passes in a regular manner, over the dark and stormy sea of generation; and thus, at length, arrives at that region where tempests and seas are unknown, and finds a nation, who
Ne’er knew salt, or heard the billows roar.
Indeed, he who is conscious of the delusions of the present life, and the enchantments of this material house, in which his soul is detained, like Ulysses in the irriguous cavern of Calypso, will, like him continually bewail his captivity, and inly pine for a return to his native country. Of such a one it may be said as of Ulysses (in the excellent and pathetic translation of Mr Pope,)
But sad Ulysses by himself apart.Pour’d the big sorrows of his swelling heart;All on the lonely shore he sate to weep,And roll’d his eyes around the restless deep:Tow’rd the lov’d coast, he roll’d his eyes in vain,Till, dimm’d with rising grief, they stream’d again.Odyssey book v. 103.
Such a one, too, like Ulysses, will not always wish in vain for a passage over the dark ocean of a corporeal life, but by the assistance of Mercury, who may be considered as the emblem of reason, he will at length be enabled to quit the magic embraces of Calypso, the goddess of Sense , and to return again into the arms of Penelope, or Philosophy, the long lost and proper object of his love. [Thomas Taylor ]
Matérias
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Cármides
24 de março de 2022 -
noesis
24 de março de 2022nóêsis: a operação do noûs, pensar (como oposto à sensação), intuição (como oposto ao raciocínio discursivo)
1. Diferenças sutis entre a mera percepção de um objeto ou objetos, i. e., a sensação (aisthesis) e outra espécie de consciência psíquica que vai além dos dados dos sentidos e percebe coisas menos tangíveis, como semelhanças e diferenças entre os objetos, está já presente em Homero e é identificada com o órgão chamado noûs. Com os filósofos a diferença torna-se um problema. Heráclito suspeita da (...) -
noesis
28 de março de 2022VIDE: NOUS; LOGOS; NOEMA; DIANOIA Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento — Coenen & Brown
O verbo noeo de Homero em diante originalmente significava "perceber com entendimento", e incluía as impressões dos sentidos e da mente. Na filosofia de Parmênides, o pensamento e o ser ficam sendo quase idênticos. Um tema que tem significância para o pensamento grego é "homoion homoio noeitai", "o semelhante é conhecido pelo seu igual". A divindade é conhecida a si mesma.
No AT (LXX) (...) -
Lewis Dama Natura
28 de março de 2022ESTACIO, CLAUDIANO Y LA DAMA «NATURA» A Estacio, cuya Tebaida apareció en los años noventa del siglo primero, se lo equiparaba en la Edad Media (como ya hemos visto) con Virgilio, Homero y Lucano. Como Lucano, se esforzaba por hacer frases altisonantes, con menos éxito, y también con menos continuidad. Tenía un ingenio de más altos vuelos que el de Lucano, una seriedad más auténtica, más piedad y una imaginación más versátil; la Tebaida es un poema menos tedioso y más extenso que la Farsalia. Los (...)
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Eliade Mistérios Dionisíacos
28 de março de 2022Excertos da versão espanhola, "História das Crenças e das Ideias Religiosas T. I" (OBRAS DE ELIADE)
Parece seguro que las Tiasas privadas tenían carácter de iniciación y secreto, aunque una parte de las ceremonias (por ejemplo, las procesiones) se celebraran en público. Es difícil precisar cuándo y en qué circunstancias asumieron los ritos secretos e iniciáticos dionisíacos la función específica de las religiones mistéricas. Investigadores muy importantes (Nilsson, Festugière) ponen en duda la existencia (...) -
Eudoro de Sousa (MHM:344-347) – Grécia
2 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroDE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 344-347
Da Grécia, que é o privilegiado «lugar» em que historicamente se defrontam, pela primeira vez, a presença do presente e a presença do passado, há uma história tão densa e extensa, que o acontecido, então, houve que reparti-lo pelas suas projeções num sistema de coordenadas, cujos planos funcionais são constituídos por todas as disciplinas em que se repartem as nossas ciências humanas e por algumas daquelas que (...) -
Calcídio — Resumo de C. S. Lewis
24 de março de 2022Excertos de C. S. Lewis — La Imagen del Mundo
La obra de Calcidio es una traducción incompleta del Timeo de Platón, que se detiene al final del apartado 53b (es decir, a la mitad aproximadamente) y un commentarius mucho más extenso. Apenas se trata de lo que nosotros llamaríamos un comentario, pues pasa por alto muchas dificultades y se extiende exageradamente a propósito de cuestiones sobre las que Platón tenía poco o nada que decir.
Está dedicado a un Osio u Hosio, que se ha identificado, no con (...) -
hagiasmos
28 de março de 2022VIDE: AMIZADE; SANO; SAGRADO, THEOSIS, PAI NOSSO EVANGELHO DE JESUS: SANTIFICADO SEJA VOSSO NOME; Rom 6:19-22; 1Co 1:30; 1Tess 4:3-7; 2Tess 2:13; 1Tim 2:15; Heb 12:14; 1Pe 1:2 Segundo Pierre Chantraine, para o entendimento desta noção é preciso tomar um grupo de palavras: azomai, hagios, agnos, etc. Começando pelo verbo azomai, temos aí uma arcaica noção, ainda presente nas Tragédias Gregas, de "experienciar um temor respeitoso". Hagios, por sua vez, não é atestado nem em Homero, nem em Hesíodo, (...)
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Giuseppe Lumia: a filosofia da existência
4 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção «Doutrina». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964.
Quem se iniciar no estudo da «filosofia da existência» depara com duas novidades: a primeira, é a linguagem especial adotada, pelos seus escritores, e a segunda o facto de as suas obras, mesmo as mais importantes, não revestirem a forma tradicional de ensaio ou de tratado, e pertencerem antes à literatura de (...) -
Platão - A República - Livro II (376d-383c) — Educação dos Guardiões
9 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroB) Condições requeridas para ser guardião do Estado (II, 374e-III, 412c) 1. Qualidades naturais dos Guardiões: Aliança de duas qualidades opostas: a ferocidade (para com o inimigo) e a doçura (para com o amigo) 2. Primeira educação dos Guardiões a) A educação artística O conteúdo das fábulas: Deve-se banir da educação todas as histórias falsas concernente os deuses (notadamente a ideia que a divindade é causa do mal, ou que ela é modificante ou enganosa. – FIM DO LIVRO II
Gredos
Y el hermano de Glaucón (...) -
Platão (Fedro:259e-266c) — Condições gerais de uma obra de arte
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroA. A arte de falar (259d-274b) a) Princípios (259d-266c) Toda arte implica no conhecimento do verdadeiro a retórica só se interessa pelo verossímil o verossímil implica no verdadeiro O conhecimento do verdadeiro depende de um método exigências definição organização procedimentos dialéticos exemplo de loucura descrição dos procedimentos
Nunes
SÓCRATES: - Pensemos pois sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o seu contrário, fazê-lo mal. (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:79-84) – Xenófanes
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 79-84]
42. Não nos move, nem de leve, o intuito de escrever uma história, ainda que parcelar, da filosofia grega. Mas, a fim de [79] restabelecer o paralelismo (ou, talvez, a convergência) da codificação mítica e da codificação lógica do mistério do horizonte, que, vê-lo-emos em breve, Parménides revelou o quanto pôde, há pelo menos dois nomes que não devem ser omitidos, se quisermos evitar o maior (...) -
Plotino - Tratado 1,5 (I,6,5) - Afetos ligados ao encontro do belo
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
5. Devemos, portanto, inquirir os amantes a respeito do que não está na sensação: Que sentis ante às chamadas belas ocupações, aos belos modos, aos comportamentos temperantes e, de modo geral, às ações da virtude, às disposições e à beleza das almas? Vós, vendo-vos belos em vossos interiores, que [310] experimentais? Como vos dionisais (...) -
Platão (República:L7:514a-518b) – Alegoria da Caverna
7 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017.
Maria Helena da Rocha Pereira
514a — Depois disto — prossegui eu — imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:51-55) – Teogonia, a gênese dos deuses
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 51-55]
20. A Teogonia, gênese dos deuses, põe o começo da linhagem de Zeus nas núpcias do Céu e da Terra; mas a preposição do acto genesíaco dos dois grandes componentes cósmicos nada apresenta de original. No poema de Hesíodo, o traço mais surpreendente e, que o saibamos, inédito e inaudito, consta dos vv. 126-127: [51] «Primeiro, a Terra gerou, igual a si mesma, / O Céu estrelado, para que a (...) -
Gusdorf (OH): As Origens da Hermenêutica
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroA hermenêutica, o trabalho de interpretação é a arte e a técnica da leitura. Textos e documentos não oferecem um acesso direto ao sentido. Não se lê em transparência como se vê uma pedra na água do riacho. Um texto deve ser interpretado. O texto antigo é obscurecido pelas sedimentações dos séculos e o distanciamento das mentalidades. para manter viva a memória d a humanidade, é preciso regenerar o espírito da letra, despertar o sentido dentre os mortos.
Na tradição do Ocidente, a obra de compreensão nasceu (...) -
Arendt (VE:196-201) – a vontade
21 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito. Tr. Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p. 196-201]
Abranches, Almeida & Martins
Estas considerações preliminares — e de modo algum satisfatórias — sobre o conceito de tempo parecem-me necessárias em nossa discussão sobre o ego volitivo, porque a Vontade, se é que ela existe — e uma quantidade desconfortável [197] de grandes filósofos que nunca duvidaram da razão ou do pensamento sustentaram (...) -
Satz Lulio
28 de março de 2022Excertos do ensaio de Mario Satz do livro "O Tesouro Interior"
Félix, do Livro das Maravilhas, é um herói do amor angelical, possuído pela semelhança, pela correspondência e pela inter-relação. Todos os seus episódios e aventuras o remetem ao Único, ao Criador, não separado de sua Criação, mas refletido nesta como num espelho, seguindo a pauta dupla dos liber Dei / liber mundi.
Poder-se-ia pensar que o maravilhoso é infantil e que o século XIII, de certa forma, também o era em relação ao nosso. Mas (...) -
Platão (Fedro:242b-259d) — Segundo discurso de Sócrates
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroIntermezzo: necessidade de uma palinodia (241d-243e) Sócrates para de falar, quer partir o sinal divino o impede disto necessidade de uma expiação a falta de Sócrates impiedade estupidez a palinodia aquela de Stesichore aquela de Sócrates O segundo discurso de Sócrates (243e-257b) Introdução Desenvolvimento: elogio da loucura mantikos telestikos poietikos eros 1. o que é a alma imortalidade forma estrutura da alma viagens da alma antes da encarnação no céu além do céu a queda encarnação 2. o que é o (...)
Notas
- A Alegoria Filoniana
- A Alma e a Morte
- Ação Educadora
- adelphos
- anabasis
- aphesis
- Apologia 34b-35d: Conclusão da defesa
- askesis
- Benedito Schleiermacher
- BQT 174a-178a: Prólogo
- BQT 189d-190c: A humanidade primitiva
- BQT 195a-196b: A natureza do Amor
- BQT 198a-212c: A palavra passa à Filosofia. Sócrates e Diotima
- Brun: Visão do mundo de Tales
- Canteins Agitadores
- Coomaraswamy Catarse
- COTIDIANO
- dei
- demiourgos
- Do Mito à Razão (I): O Mito Grego