[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 110-112]
64. Para o daimon de Empédocles, o mundo é uma caverna: já acenamos para a novidade da cifra, na codificação filosófica do mistério do horizonte. Mas a Caverna passa por ser o mais notável e a mais notada «ilustração» da gnosiologia platônica. Já lemos copiosas páginas (por exemplo, Zepf; cf. A. J. Festugière, La révélation d’Hermes Trismégiste, vol. II, «Le Dieu Cosmique», Paris, 1949, com (...)
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MITOLOGIA - IMAGINAÇÃO
mythe / mito / myth / mythos / mythologie / mitologia / mythology / mitología
Matérias
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Eudoro de Sousa (HCSM:110-112) – mundo é uma caverna
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Matgioi (VM:38-47) – o dragão
23 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroMATGIOI. La Voie métaphysique. Paris: Éditions traditionnelles, 1980, p. 38-47
RESUMO DO CAPÍTULO IV - OS SÍMBOLOS DO VERBO Os "Grafismos de Deus" estabelecidos com uma preocupação de síntese universal no pensamento e com um rigor matemático na execução são considerados pelos comentadores dos Livros Tradicionais, como a chave de todas as ideias e de todas as situações humanas, como o exórdio e o fim de todas as ciências, e como o arcano onde se deve buscar ao mesmo tempo a explicação de tudo que é (...) -
Octavio Paz – TODOS SANTOS, DÍA DE MUERTOS
2 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroPAZ, Octavio. Laberinto de la soledad.
LA MUERTE es un espejo que refleja las vanas gesticulaciones de la vida. Toda esa abigarrada confusión de actos, omisiones, arrepentimientos y tentativas —obras y sobras— que es cada vida, encuentra en la muerte, ya que no sentido o explicación, fin. Frente a ella nuestra vida se dibuja e inmoviliza. Antes de desmoronarse y hundirse en la nada, se esculpe y vuelve forma inmutable: ya no cambiaremos sino para desaparecer. Nuestra muerte ilumina nuestra (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:214-219) – mitologia, mito, mítico
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 214-219]
Não que faltem manuais, tratados, dicionários ou enciclopédias especializadas, expondo de maneira mais ou menos resumida ou de modo excessivamente minucioso, o que se deva entender por tal palavra [mitologia]. Mas não há leitor que não perca o pé nesse oceano de erudição (nós o perdemos, lendo o artigo «Zagreus» que W. Fauth escreveu para a REI), ao bem atentar em «histórias» que, no (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:118-123) – interpretação da República VI e VII (504d-517c)
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 118-123]
REPÚBLICA VI e REPÚBLICA VII
68. Só para desentranhar todas as implicações destas poucas páginas da República, necessário seria escrever um livro inteiro. Supondo que não nos tenhamos omitido de ler com a devida atenção nenhum dos mais importantes comentários que constam da bibliografia especializada, digamos, para começar, que só nos ocorre uma excepção (Fergusson) ao quase unânime (...) -
Plotino - Tratado 50,8 (III, 5, 8) — O jardim de Zeus: sequência da interpretação alegórica do Banquete
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 8: O jardim de Zeus: sequência da interpretação alegórica do Banquete. — Afrodite é a alma unida a Zeus linhas 1-11: Agora, que representa Zeus? — Para Platão, é um grande soberano e uma causa, a terceira; nele se encontram uma Alma e um Intelecto reais linhas 11-17: Zeus representa portanto o Intelecto e Afrodite a alma; a etimologia do nome de Afrodite a associa à graça (habron) linhas 17-23: Os deuses masculinos correspondem ao Intelecto, as divindades femininas à alma
Míguez
8- Pero, (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:257-258) – mito da separação
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 257-258]
4. CONCLUSÕES, RESUMIDAS, DE STAUDACHER, DIE TRENNUNG VON HIMMEL UND ERDE, TÜBINGEN, 1942 (HC, § 21)
O mito da separação das duas grandes regiões cósmicas é universal: Staudacher (1942) descreveu as variantes disseminadas pelo mundo inteiro — tribos africanas, Egipto Antigo, Grécia Moderna, literatura babilónica e judaica, Hurritas e Fenícios, na índia, Sibéria, Ásia Oriental, (...) -
Platão - A República - Livro X (608c-614a) – nova prova da imortalidade da alma
5 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro1 A imortalidade da alma (608c-612a) Demonstração da imortalidade da alma: toda coisa que possui em si um mal tende a ser destruída; inversamente sua excelência própria a preserva. Se uma coisa não é destruída por seu vício de constituição interna, nada o pode. Assim a doença acaba por destruir o corpo. Mas posto que a injustiça – mal interno – não pode vencer a alma, nada – de externo – não o pode. É preciso considerar que a verdadeira natureza da alma aparece quando ela está destacada do corpo e se associa (...)
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Rahner: LE MYSTÈRE CHRÉTIEN ET LES MYSTÈRES PAÏENS (I)
9 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de Hugo Rahner, Mythes grecs et mystère chrétien. Payot, 1954
PREMIÈRE PARTIE MYSTERION
CHAPITRE PREMIER
LE MYSTÈRE CHRÉTIEN ET LES MYSTÈRES PAÏENS
« Viens, je vais te montrer le Logos et les mystères du Logos, et je vais te les expliquer en images qui te sont familières (Protreptique XII, 119, 1.) ».
Dans ces mots, extraits du Protreptique de Clément d’Alexandrie, que nous plaçons comme un leit-motiv en tête de nos exposés, s’exprime l’ensemble du problème qui va maintenant nous occuper et (...) -
Plotino - Tratado 27,30 (IV, 3, 30) — A memória depende da faculdade representativa (3)
14 de janeiro, por Cardoso de CastroMíguez
30. Pero, ¿y qué decir del recuerdo de nuestros pensamientos? ¿Hay también una imagen de ellos? Si es verdad que una pequeña imagen acompaña todo pensamiento, su misma persistencia, que vendrá a ser como un reflejo del pensamiento, explicará el recuerdo del objeto conocido; en otro caso, tendríamos que buscar una nueva explicación.
Tal vez sea precisamente la expresión verbal del pensamiento la que deba ser recibida en la imaginación. Porque el pensamiento es algo indivisible y si no se (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:166-167) – teoria dramática do conhecimento
7 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroEudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 166-167
5.a V. fala da necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Que o levou a senti-la? 7.a Haverá espaço para a filosofia fora do círculo definido pelo mito seu conatural, o «mito do Homem», como V. o chama?
5.a e 7.a Eu não falo na necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Ou, se falo, mais uma vez me apressei demasiadamente; só digo que se (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:196-203) – A Religião Grega
9 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroNada nos constrange a desistir, por tão óbvia que é, de pensar na extrema complexidade da religião grega. Nem é de estranhar que o seja, onde não existe teologia salvaguardada por uma tradição expressa em documentos escritos, expurgados de toda e qualquer excessividade agressiva, de encontro a um só «Corpo Místico». Na Grécia, nunca houve uma fé, porque esta pressupõe a liberdade de crer ou não crer, liberdade responsável perante um pensar coerente, do sacerdócio de um Deus único, com atributos (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:181-184) – falácia da fórmula "do mito ao logos"
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 181-184]
Não obstante a fortuna que ganhou o pensamento implícito na fórmula «Do Mito ao Logos» (como se sabe, este é o título de um célebre trabalho de Wilhelm Nestle, que o mais sucintamente designava os primórdios do processo evolutivo do pensamento europeu) [181], da mitologia para a filosofia, ainda ninguém conseguiu ver distintamente o caminho recto ou sinuoso e, portanto, traçá-lo em (...) -
Warrain : La notion de Dieu.
17 de junho de 2013, por Cardoso de CastroExtrait de "Théodicée de la kabbale" de Francis Warrain.
Affirmer Dieu, c’est en même temps affirmer qu’il n’est rien de ce que nous pouvons concevoir; en lui assignant une nature, nous détruisons le caractère absolu que comporte notre affirmation. La notion de Dieu entraîne donc une antinomie fondamentale. Kant l’a exposé dans toute son acuité ; mais elle a été reconnue implicitement par toutes les doctrines ésotériques, par Platon et par saint Thomas. Tous les maîtres ont reconnu que nous avons de (...) -
Saint-Martin: la mythologie - son objet véritable
30 de março de 2018, por Cardoso de Castro... Le vulgaire ne voit dans les récits mythologiques que le jeu de l’imagination des écrivains, ou la corruption des traditions historiques, ou peut-être les effets de l’idolâtrie, de la crainte, ou du penchant des peuples pour les faits merveilleux. Ainsi, en exceptant quelques allégories ingénieuses, tout dans la Fable lui paraît bizarre, ridicule, extravagant.
Des hommes estimables, et placés dans la classe des savants, ont employé la plus vaste érudition à établir à cet égard des systèmes plus (...) -
Plotino - Tratado 45,11 (III, 7, 11) — O tempo resulta da descida da alma
21 de maio, por Cardoso de CastroCap 11: O tempo resulta da descida da alma linhas 1-11: Introdução: é necessário examinar como o tempo apareceu em seguida da eternidade linhas 12-27: A aparição do tempo resulta da descida da alma que abandonou a eternidade linhas 27-35: Descendo, a alma produz o mundo que está também no tempo linhas 35-45: Como a extensão temporal e a sucessão resultam desta descida linhas 45-59: Em qual sentido o tempo é uma imagem da eternidade (Timeu 37d5) linhas 59-62: A relação da alma e do tempo é análogo à (...)
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anjos
28 de março, por Cardoso de CastroEsta noção provém do grego aggelos - angélos que é a tradução do hebraico mal’ak. Comumente o anjo é uma "criatura espiritual" cujo nome dá ênfase a sua função de comunicação. É antes de mais nada um "mensageiro" encarregado de estabelecer uma ligação entre a esfera humana e a esfera divina, entre o natural e o sobrenatural — encarregado de transmitir a palavra divina junto aos homens, ele apresenta suas demandas junto a Deus. Nas religiões monoteístas, o anjo tem um estatuto paradoxal. A eles se nega a (...)
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Arcanjos
28 de março, por Cardoso de CastroSimbolismo - Bernard Teyssèdre: Excertos de Bernard Teyssèdre, “Anges, astres et cieux : Figures de la destinée et du salut”
Embora o termo “arcanjo” (gr. arkaggelos) não seja atestado antes da era cristã, o conceito está em lugar desde quando Daniel opôs “o selo do nome próprio” sobre eminentes personagens celestes, Mikhael e Gabriel, nitidamente destacados de uma coletividade anônima, “miríades de miríades” (Dn 7,10). Pouco antes a história de Tobias fez surgir em cena Raphael. Estas três figuras (...) -
Plotino - Tratado 28,9 (IV, 4, 9) — Zeus como demiurgo
21 de abril, por Cardoso de CastroMíguez
9. Pero Zeus, que ordena el mundo, lo gobierna y lo dirige, Zeus, que posee eternamente un alma real y una inteligencia real, además de un poder de previsión que le permite conocer los acontecimientos, organizarlos y dominarlos, así como hacer girar los astros, cosa que ha hecho ya tantas veces, ¿cómo no va a conservar la memoria de todos los períodos, de cuántos y cuáles han tenido ya lugar? Si para que estos vuelvan a realizarse tiene que activar su imaginación, comparar y reflexionar, (...) -
Plotino - Tratado 28,10 (IV, 4, 10) — Zeus enquanto alma do mundo (1)
21 de abril, por Cardoso de CastroCap 10 a 14: Zeus enquanto alma do mundo Cap 10: A atividade ordenadora da alma do mundo é imutável Cap 11 e 12: Sua obra eleva-se da natureza e não da técnica, ela é um saber e não uma lembrança Cap 13 e 14: A questão da natureza, reflexo da alma do mundo, e de sua ação sobre os corpos
Míguez
10. Mas como el principio que ordena el mundo es doble, y le llamamos demiurgo en un sentido y en otro alma del universo, parecerá que el nombre de Zeus se refiere unas veces al demiurgo y otras al alma que (...)
Seções
Notas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Apuleio Eros e Psique
- Borne: Vraies et fausses confidences du Mythe
- Coomaraswamy: le mythe
- Eudoro de Sousa (MHM:181-182) – horizontes da objetividade e da trans-objetividade
- Eudoro de Sousa (MHM:182-183) – símbolo
- Gilis – Le Livre des Chatons des Sagesses (Ibn Arabi - Fusus)
- Hani: L’interprétation allégorique
- Ibn Arabi (SP) – Adão
- Ibn Arabi (SP) – Fusus Adão
- Ibn Arabi (SP) – Fusus Seth
- Ibn Arabi: Fusus
- Kingsley (R) – Aphrodite
- Platão: República X
- Szlezák (Plotino:53-54) – Urano, Cronos e Zeus
- Thomas Taylor – as musas
- Thomas Taylor – Venus - Afrodite