BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 87-96.
Sabe-se que as origens da filosofia se encontram na meditação sobre o mistério e a essência da Natureza. Os pré-socráticos têm sido habitualmente mal compreendidos e por vezes considerados materialistas ou cientistas embrionários que apenas anunciaram os grandes progressos da ciência que veio depois deles. Basta contudo ler os fragmentos dos pré-socráticos para que o sentido do seu pensamento apareça totalmente (...)
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MITOLOGIA - IMAGINAÇÃO
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Matérias
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Barbuy: Physis e Natureza
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 50,5 (III, 5, 5) — O Eros do Banquete não deve ser interpretado como o mundo sensível
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 5: O Eros do Banquete não deve ser interpretado como o mundo sensível linhas 1-4: O Banquete coloca a questão da natureza dos demônios em geral, e de Eros em particular linhas 5-21: Dificuldades às quais conduz a interpretação do Eros do Banquete como designando o mundo sensível: contradição interna em Platão, contradição lógica, expressões forçadas
Míguez
5- Pero, ¿cuál es la naturaleza del demonio y, en general, de los demonios de que se habla en el Banquete? ¿Y cuál es, no sólo la naturaleza de los (...) -
Platão - A República - Livro X (614a-621d) — Descida aos infernos: o mito de Er
7 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro3 Recompensas da justiça após a morte: Mito de Er o Pamphyliano (mito da escolha do destino) (614a até o fim) Er, morto em uma batalha, retorna à vida e relata o que viu no além. As almas, julgadas, e punidas ou recompensadas na proporção de sua conduta sobre a terra. Estrutura do mundo Antes de renascer à vida mortal, as almas devem, em uma ordem fortuita, escolher o gênero de vida ao qual elas serão em seguida ligadas necessariamente: "cada um é responsável de sua escolha, o deus está fora de (...)
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Richir (PM:12-15) – 4ª e 5ª transformações do pensamento mítico
30 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroSCHELLING, F.W.. Philosophie de la mythologie. Tr. Alain Pernet. Préface de Marc Richir. Postface de François Chenet. Grenoble: Jérôme Millon, 1994, p. 12-15
Cela nous amène à une quatrième transformation, qui est non moins importante. Alors que les mythes sont toujours énigmatiquement – un peu comme le sont, aujourd’hui, les « histoires drôles » qu’on se raconte – le fruit de l’élaboration collective et anonyme, de et dans la société – il n’y a pas d’auteurs repérables pour les mythes –, les récits (...) -
Brisson & Pradeau (Traités 1-6:95-96) – Sobre a imortalidade da alma
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroBRISSON, Luc Brisson et PRADEAU, Jean-François Pradeau. Plotin Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 95-96
tradução
Este segundo tratado de Plotino trata da alma. A tradição filosófica antiga sempre fez desta um objeto de predileção, lembrando-se unanimemente que a definição da alma era a condição de uma definição do homem e da vida humana, posto que o homem é uma alma antes de ser um corpo e que a alma é nele o sujeito das condutas como do conhecimento; mas os filósofos antigos adicionavam ainda (...) -
Richir (PM:15-17) – Schelling et la mythologie
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroParmi les grands philosophes de notre tradition, Schelling est, avec les néoplatoniciens, le seul qui se soit attaché avec une telle constance à l’étude de la pensée mythologique : certes, le texte dont nous disposons, sous le titre Philosophie de la mythologie, n’est pas un traité systématique, mais le texte d’un cours, édité et publié par Fritz Schelling après la mort de son père. Or ce cours, nous l’apprenons dans la Préface de Fritz Schelling, a été professé à Munich dès avant 1828, pour être prononcé (...)
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Plotino - Tratado 50,7 (III, 5, 7) — Interpretação alegórica do mito do Banquete
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 7: Interpretação alegórica do mito do Banquete linhas 1-12: No mito do nascimento de Eros, Penia representa a indeterminação da alma e Poros seu princípio racional (logos) de determinação linhas 12-15: Ambivalência de Eros, que é razão, mas razão impura e indeterminada linhas 15-26: Nascido de um princípio racional de determinação e da indeterminação da alma, Eros é por natureza insaciável linhas 26-39: Analogia entre Eros e os outros demônios linhas 39-46: Diversidade dos amores, segundo sejam conformes (...)
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Matgioi (VM:28-31) – Deus
23 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroMATGIOI. La Voie métaphysique. Paris: Éditions traditionnelles, 1980, p. 28-31
original
La différence entre les conceptions, occidentale et orientale, de Dieu et de l’origine des Dieux, et de l’idée de Dieu, est primordiale et absolue. En Occident, nos langues alphabétiques donnent, à notre sujet d’études, le nom de quatre lettres, Dieu, qui est d’un concrétisme merveilleux et si précis, qu’on en voit partout les bornes ; et, insatisfaits encore de cette désignation, les occidentaux l’illustrent par (...) -
Agamben (E:198-202) – Eros – herói – demônio
29 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroAGAMBEN, Giorgio. Estâncias - a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tr. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 198-202
Não é fácil precisar em que momento o “demônio aéreo” de Epinómis, de Calcídio e de Pselo acaba identificado com o “herói” ressuscitado pelos antigos cultos populares. Segundo uma tradição que Diogenes Laércio faz remontar a Pitágoras, certamente os [198] heróis já apresentam todos os traços da demonicidade aérea: eles habitam no ar e agem sobre os homens (...) -
Carneiro Leão (FG1:36-39) – O Caos
11 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 36-39]
Em seu Essai sur la connaissance approché (277), Gaston Bachelard afirma peremptoriamente: “La diversité absolue d’un chaos ne pourrait recevoir l’occasion d’acune action e par conséquence d’aucune pensée! [“A diversidade absoluta de um caos não poderia receber a ocasião de nenhuma ação e, por conseguinte, de nenhum pensamento”!]
Diante de uma afirmativa tão cabal, nossa tentativa de falar do sentido grego do caos (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
Schelling : Philosophie de la Mythologie (leçon 12)
25 de novembro de 2010, por Cardoso de CastroF.-W. Schelling, Introduction à la Philosophie de la Mythologie
DOUZIÈME LEÇON
Nous avons vu que le mouvement issu de Descartes en était resté à ses débuts, sans pouvoir aboutir à la science, mais que Spinoza, qui a proclamé l’immobilité du principe, ne laissa, à proprement parler, pas d’autre système que celui d’un quiétisme scientifique absolu qui peut paraître bienfaisant en comparaison des efforts aveugles d’une pensée s’épuisant en luttes stériles, mais qui n’en impose pas moins à la pensée une (...) -
Lavelle (EN:36-38) – ambiguidade do amor-próprio
2 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de LAVELLE, Louis. O erro de Narciso. Tr. Paulo Neves. São Paulo: É Realizações, 2012, p. 36-38 (versão original em francês)
português
A aventura de Narciso inspirou todos os poetas desde Ovídio.
Narciso tem dezesseis anos. É inacessível ao desejo. Mas é essa recusa do desejo que vai se transformar para ele num desejo mais sutil.
Ele tem o coração puro. Por temor de que seu próprio olhar venha a manchar essa pureza, predisseram-lhe que viveria muito tempo se aceitasse não se conhecer. Mas o (...) -
Platão (Fedro:274b-279b) — A invenção da escritura
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroB. A escritura (274b-279b) o que é a escritura modelo/imagem mito de Thot comentário defesa por Sócrates avaliação utilidade desvantagens sério/jogo os jardins de Adonis comentário Avaliação filósofo escritor Conclusão Conclusão geral
Nunes
Sócrates - Bem, já distinguimos suficientemente a arte retórica daquela atividade retórica que não merece o nome de arte.
Fedro - Sim.
Sócrates - Só resta, então, falar sobre o que convém e o que não convém escrever, e examinar quando essa arte é bem ou mal (...) -
Eros e Psique 9
28 de março, por Cardoso de CastroCAPÍTULO 9 Entrementes, pouco inclinada a usar os meios terrenos de investigação, Vênus parte para o céu. Ordena que lhe preparem a carruagem primorosamente polida e construída às pressas pelo ourives Hefestos, que sutilmente a deu de presente de casamento à deusa antes de sua primeira tentativa dentro da câmara nupcial, pressa que lhe custou um ferimento com a lima afiada, bem como certo prejuízo financeiro.
Das várias pombas presas nos aposentos da deusa, adiantaram-se quatro que, com passo (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:51-55) – Teogonia, a gênese dos deuses
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 51-55]
20. A Teogonia, gênese dos deuses, põe o começo da linhagem de Zeus nas núpcias do Céu e da Terra; mas a preposição do acto genesíaco dos dois grandes componentes cósmicos nada apresenta de original. No poema de Hesíodo, o traço mais surpreendente e, que o saibamos, inédito e inaudito, consta dos vv. 126-127: [51] «Primeiro, a Terra gerou, igual a si mesma, / O Céu estrelado, para que a (...) -
Ibn Arabi (SP) – Seth
22 de abril, por Cardoso de CastroSabedoria dos Profetas
Páginas reunindo diferentes traduções e anotações por parágrafo: §1; §2; §3; §4; §5; §6; §7; §8; §9; §10; §11; §12; §13; §14; §15; §16; §17; §18 Saiba que os dons e os favores (de Deus), que se prodigalizam neste mundo por intermédio das criaturas ou sem sua intermediação, se distinguem, para os homens de rasa - gosto espiritual (adh-dhawq), em dons essenciais (como o Conhecimento imediato) e em dons que decorrem dos Nomes divinos (quer dizer dos aspectos divinos tais como a Beleza, a (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:85-90) – antigo xamanismo grego e as duas almas
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 85-90]
46. «Nas páginas seguintes, ocupar-nos-á a questão de averiguar o papel que a alma tem desempenhado nas ideias acerca da existência após a morte. Procuraremos mostrar que, da variedade dos relatos colhidos pelos etnólogos, se destacam dois círculos de representações, cada um dos quais reflecte um conceito fundamental, inteiramente diverso do outro. Em primeiro lugar, há que apercebermo-nos (...) -
Ferreira da Silva (TM:179-181) – linguagem
14 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro“Liberdade e Imaginação”, Convivium, São Paulo, v. 1, n. 2, jun. 1962, p. 71-77.
FERREIRA DA SILVA, Vicente. Transcendência do Mundo. São Paulo: É Realizações, 2010, p. 179-181
Hegel denomina “subjetividade concreta” esse universo omnicompreensivo projetado pela linguagem, esse mundo da linguagem, dentro do qual existimos e somos. A linguagem é uma “exteriorização da inteligência” na qual ela se põe dentro de si mesma; em outras palavras, só podemos ter acesso pensante ao que somos e à nossa própria (...) -
Cavaillé: fábula do mundo
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de CAVAILLÉ, Jean-Pierre. Descartes. A Fábula do Mundo. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p. 15-19
«Mundus est fabula»·, podemos ler este aforismo no retrato de Descartes pintado por Jean-Baptiste Weenix. O mundo é uma fábula. Esta epígrafe parece-nos fornecer uma boa introdução ao mundo de Descartes. O mundo de Descartes: fórmula voluntariamente vaga e equívoca, designando aqui ao mesmo tempo os quadros culturais, sociais e políticos em que a obra cartesiana pôde ser produzida, e a ideia de (...)
Seções
Notas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Apuleio Eros e Psique
- Borne: Vraies et fausses confidences du Mythe
- Coomaraswamy: le mythe
- Eudoro de Sousa (MHM:181-182) – horizontes da objetividade e da trans-objetividade
- Eudoro de Sousa (MHM:182-183) – símbolo
- Gilis – Le Livre des Chatons des Sagesses (Ibn Arabi - Fusus)
- Hani: L’interprétation allégorique
- Ibn Arabi (SP) – Adão
- Ibn Arabi (SP) – Fusus Adão
- Ibn Arabi (SP) – Fusus Seth
- Ibn Arabi: Fusus
- Kingsley (R) – Aphrodite
- Platão: República X
- Szlezák (Plotino:53-54) – Urano, Cronos e Zeus
- Thomas Taylor – Venus - Afrodite