Capítulo 3: O Intelecto engendra a Alma e lhe é ao mesmo tempo superior e anterior 1-12. A Alma é uma imagem do Intelecto que a engendrou, como o discurso "pronunciado" é uma imagem "expressada" do discurso "interior". 12-20. A Alma recebe sua capacidade de raciocinar do Intelecto, e ela é em ato quando dispõe seu olhar sobre as coisas que o Intelecto compreende nele mesmo, as formas inteligíveis. 20-25. A Alma é como uma matéria inteligível e o Intelecto é como a forma que informa, eis porque o (...)
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METAFÍSICA - ONTOLOGIA
Matérias
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Plotino - Tratado 10,3 (V, 1, 3) — O Intelecto engendra a Alma e lhe é ao mesmo tempo superior e anterior
19 de junho, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 9,9 (VI, 9, 9) — A vida verdadeira é na união com o Uno
26 de março, por Cardoso de CastroCapítulo 9: A vida verdadeira é na união com o Uno 1-13. O Uno produz todas as coisas sem ser diminuído de modo algum. 13-24. Unida ao Uno, a alma engendra as virtudes e a beleza. 24-38. A alma ama o Uno de um amor puro que é diferente do amor "vulgar" daqui de baixo. 38-60. Deve-se fugir do mundo daqui de baixo e reencontrar o amor puro que nos permite alcançar até o Uno, para só ser um com ele.
Tradução desde MacKenna
9. Nesta dança, vê-se a fonte da vida, a fonte do intelecto, o princípio disto (...) -
Fernando Gil (ME:22-26) – a sugestão
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFernando Gil, MODOS DA EVIDÊNCIA. Lisboa: INCM, 1998, p. 22-26
«Se, de acordo com o imaterialismo, a matéria não existe, como vemos o que vemos?» Rosa Alice Branco consagrou a sua tese de mestrado a esta pergunta, que está no cerne da filosofia do conhecimento de Berkeley.
Será então preciso recorrer a Deus para assegurar a realidade do mundo? A leitura de Rosa Alice Branco sugere, é caso de o dizer, que a percepção contém dentro de si, na sua finitude, recursos suficientes para instituir a (...) -
Plotino - Tratado 10,4 (V, 1, 4) — O Intelecto e as realidades inteligíveis nada mais são que "pensar" e "ser"
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 4: O Intelecto e as realidades inteligíveis nada mais são que "pensar" e "ser" 1-10. O Intelecto é o modelo do mundo sensível; ele compreende nele mesmo todas as realidades inteligíveis. 10-25. O Intelecto e as realidades inteligíveis são eternas, imóveis e imutáveis, pois não buscam modificar seu estado de felicidade absoluta. O Intelecto só faz pensar esta realidades que possui nele mesmo, sendo portanto sempre em ato; é todas as coisas juntas na eternidade, enquanto ao nível da Alma todas as (...)
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Plotino - Tratado 9,10 (VI, 9, 10) — A visão do Uno é além do conhecimento intelectual
26 de março, por Cardoso de CastroCapítulo 10: A visão do Uno é além do conhecimento intelectual. 1-9. A alma deve ir além da razão para alcançar a visão do uno. 9-21. A visão do Uno é uma verdadeira união e uma "identificação" com ele.
Tradução desde MacKenna
10. — Mas então, como se dá que não permaneçamos lá?
— É porque não se está ainda inteiramente fora daqui. Mas haverá um momento onde a contemplação será contínua para aquele que não estará mais impedido por qualquer obstáculo corporal. A princípio, não é a faculdade que viu que está (...) -
Plotino - Tratado 10,5 (V, 1, 5) — Quem engendrou o Intelecto e as realidades inteligíveis?
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 5: Quem engendrou o Intelecto e as realidades inteligíveis? 1-6. Sendo múltiplo, o Intelecto não pode ser o primeiro princípio, toda a unidade e a simplicidade devem ser absolutas. É portanto o Uno que produz o Intelecto e o ser, a multiplicidade e o número. 6-9. O número inteligível provém da ação do Uno, que produz e determina a díade indeterminada. 10-19. Assim como ele produz e determina a díade indeterminada, fazendo assim surgir nela o número inteligível, do mesmo modo o Uno produz e (...)
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Plotino - Tratado 9,11 (VI, 9, 11) — "Fugir só para ele só..."
26 de março, por Cardoso de CastroCapítulo 11: "Fugir só para ele só..." 1-7. Depois de ter contemplado o Uno, guarda-se uma imagem dele que é difícil de exprimir. 8-25. A contemplação do Uno implica em um estado de possessão divina, um "êxtase", uma "simplificação" e uma "doação" de si. 25-35. Tudo que se pode dizer da contemplação do Uno nada mais é que uma imagem, um enigma que é preciso interpretar. 35-51. A subida da alma até o Uno é uma fuga solitária do mundo daqui de baixo; lá, próximo do Uno, é a vida que levam os deuses e os homens (...)
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Heidegger: Être-éclairci
16 de maio de 2009, por Cardoso de CastroL’unité ekstatique de la temporalité, c’est-à-dire l’unité de l’« être-hors-de-soi » dans les échappées de l’avenir, de l’être-été et du présent, est la condition de possibilité requise pour qu’un étant qui existe comme son « Là » puisse être. L’étant qui porte le titre de Da-sein, est « éclairci » . La lumière qui constitue cet être-éclairci du Dasein n’est point la force et la source ontiquement sous-la-main d’une clarté irradiante qui surviendrait de temps à autre en cet étant. Ce qui éclaircit essentiellement cet (...)
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Plotino - Tratado 10,6 (V, 1, 6) — Como o Intelecto foi engendrado pelo Uno?
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 6: Como o Intelecto foi engendrado pelo Uno? 1-8. A Alma quer compreender porque o Uno não ficou nele mesmo e como produziu a multiplicidade. 8-17. O Uno é imóvel nele mesmo como uma divindade em um santuário. 17-22. Tudo o que ele produz não está no tempo, mas na eternidade.. 22-27. Tudo aquilo que nasce do Uno provém dele sem que ele o queira e sem que ele seja movido. 27-37. O Uno produz as coisas que vêm depois dele sem ser diminuído, como o sol produz a luz. 37-44. Todas as coisas, que (...)
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Espinosa (E 1, 31): intelecto refere-se à natura naturata
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Proposição 31. Um intelecto em ato, quer seja finito, quer seja infinito, tal como a vontade, o desejo, o amor, etc., deve estar referido à natureza naturada e não à natureza naturante.
Demonstração. Por intelecto, com efeito (como é, por si mesmo, sabido), não compreendemos o pensamento absoluto, mas apenas um modo definido do pensar, o qual difere de outros, tal como o desejo, o amor, etc. Portanto (pela def. 5), ele deve ser concebido por meio do pensamento absoluto, isto é (pela (...) -
Heidegger: L’« enchaînement de la vie »
16 de maio de 2009, por Cardoso de CastroLe Dasein n’existe pas en tant que somme des effectivités momentanées de vécus apparaissant et disparaissant les uns après les autres ; pas davantage, du reste, cette succession ne peut-elle remplir progressivement un cadre : car comment celui-ci pourrait-il être sous-la-main là où seul le vécu « actuel » est « effectif » et où les limites du cadre, la naissance et la mort, étant seulement passée ou à venir, sont dépourvues de toute effectivité ? Au fond, même la conception vulgaire de l’« enchaînement de (...)
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Plotino - Tratado 10,7 (V, 1, 7) — O Intelecto é uma imagem divisível do Uno indivisível?
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 7: O Intelecto é uma imagem divisível do Uno indivisível? 1-5 O Intelecto se assemelha ao Uno que o engendrou, mas o Uno não se assemelha a ele. 5-23. O Uno engendra o Intelecto, mesmo se permanece absolutamente diferente dele, pois é ’potência de todas as coisas". Por sua potência ilimitada e porque é ele mesmo desprovido de forma, o Uno pode produzir e "informar" o Intelecto e todas as coisas; em participando da potência do uno, o Intelecto é "tornado perfeito". 23-36. Todas as coisas (...)
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Gazolla de Andrade: Alma do Mundo
13 de janeiro, por Cardoso de CastroGAZOLLA DE ANDRADE, Rachel. Platão: O Cosmo, o Homem e a Cidade. Um Estudo Sobre a Alma. Petrópolis: Vozes, 1994.
Platão expõe nesse diálogo mítico [Timeu] a formação do cosmo, iniciando sua reflexão com uma primeira divisão fundamental através da pergunta: qual é o ser que é sempre (to ón aei) e não nasce nunca, e qual aquele que, nascendo sempre, nunca é (28a)? A partir dessa indagação que anuncia o dualismo platônico de princípios, seguiremos passo a passo esse primeiro movimento do diálogo, uma vez que (...) -
Espinosa (E 1, 29): contingência
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Proposição 29. Nada existe, na natureza das coisas, que seja contingente; em vez disso, tudo é determinado, pela necessidade da natureza divina, a existir e a operar de uma maneira definida.
Demonstração. Tudo que existe, existe em Deus (pela prop. 15). Não se pode, por outro lado, dizer que Deus é uma coisa contingente. Pois (pela prop. 11), ele existe necessariamente e não contingentemente. Além disso, é também necessariamente, e não contingentemente, que os modos da natureza divina (...) -
Boécio (CF:IV.11) – Providência e Destino
22 de fevereiro, por Cardoso de CastroBOÉCIO. A consolação da filosofia. Tr. de Willian Li. São Paulo: Martins Fontes, 1998 (ebook)
“Aceito o que afirmas”, disse eu, “mas, como a ti foi dado desvendar as causas dos fenômenos obscuros e explicar qual o seu mistério, peço-te que desvendes completamente a questão e me esclareças quanto a um assunto que me aflige muito.” Então ela esboçou um ligeiro sorriso: “Tu me pedes”, disse ela, “para abordar uma questão cujo estudo se reveste da mais alta importância e que é quase impossível discernir na sua (...) -
Espinosa (E II, P35, Escólio): julgar-se livre
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[ESPINOSA, Ética Parte II, Prop. 35, Escólio]
Grupo de Estudos Espinosanos
[...] os homens equivocam-se ao se reputarem livres, opinião que consiste apenas em serem cônscios de suas ações e ignorantes das causas pelas quais são determinados. Logo, sua ideia de liberdade é esta: não conhecem nenhuma causa de suas ações. Com efeito, isso que dizem, que as ações humanas dependem da vontade, são palavras das quais não têm nenhuma ideia. Pois todos ignoram o que seja a vontade e como move o Corpo; e (...) -
Plotino - Tratado 10,10 (V, 1, 10) — Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 10: Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases 1-10. O Uno, o Intelecto e a Alma se encontram não somente na realidade, mas também "em nós", na nossa alma. 10-21. A faculdade racional de nossa alma permanece sempre no mundo inteligível, mesmo quando o "resto" da alma desce ao corpo. eis porque ela é "em si", "no exterior" do corpo. 21-31. É preciso que a alma em seu conjunto se separe do corpo em eliminando toda "inclinação" para os os sensíveis, para poder (...)
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Espinosa (Cartas:58) – livre-arbítrio
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[GUINSBURG, J., CUNHA, Newton e ROMANO, Roberto. Spinoza. Obras Completas II. Correspondência Completa e Vida. São Paulo: Perspectiva, 2014, p. 243-244]
Mas desçamos às coisas criadas, que são todas determinadas a existir por causas exteriores e a agir de um modo determinado. Para tornar isso claro e inteligível, concebamos uma coisa muito simples: uma pedra, por exemplo, recebe de uma causa exterior, que a empurra, uma certa quantidade de movimento e, tendo cessado o impulso da causa exterior, (...) -
Plotino - Tratado 10,11 (V, 1, 11) — A alma individual tem nela mesma o Intelecto e o Uno
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 11: A alma individual tem nela mesma o Intelecto e o Uno 1-8. A alma tem nela mesma o Intelecto que possui as formas, e em virtude do intelecto que ela pode "raciocinar". se o Intelecto está presente na alma, é preciso que ele aí tenha também o princípio e a causa do Intelecto, o Uno. 8-15. O Uno também está presente na alma: pode-se perceber e alcançar o primeiro princípio.
Míguez
11. El alma razonable debe ocuparse de las cosas justas y hermosas, y preguntarse a su vez si tal o cual (...) -
Espinosa (Cartas:23) – causa do mal
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[GUINSBURG, J., CUNHA, Newton e ROMANO, Roberto. Spinoza. Obras Completas II. Correspondência Completa e Vida. São Paulo: Perspectiva, 2014, p. 146]
Guinsburg, Cunha e Romano
Digo em princípio, e em primeiro lugar, que Deus é causa de todas as coisas, absoluta e realmente, quaisquer que sejam e que possuam uma essência. Se vós podeis demonstrar que o mal, o erro, os crimes etc. são coisas que exprimem uma essência, concordarei convosco, sem reservas, que Deus é causa dos crimes, do mal, do erro (...)
Seções
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- Agostinho de Hipona (354-430)
- Ananda Kentish Coomaraswamy (1877-1947)
- Arendt, Hannah (1906-1975)
- Bergson, Henri (1859-1941)
- Carneiro Leão (1927)
- Descartes, René (1596-1650)
- Ernildo Stein (1934)
- Espinosa, Baruch (1632-1677)
- Eudoro de Sousa (1911-1987)
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- Heidegger, Martin (1889-1976)
- Henry, Michel (1922-2002)
- Heraldo Barbuy (1913-1979)
- Hermógenes Harada (1928-2009)
- Jean Scot Erigène (IXe siècle)
- Kant, Immanuel (1724-1804)
- Kierkegaard, Søren (1813-1855)
- LusoSofia
- Não-dualidade
- Nietzsche, Friedrich (1844-1900)
- Platão (V-IV aC)
- Platão - O Banquete
- Plotino (204-270 dC) – Tratados Enéadas
- Pré-socráticos
- Scheler, Max (1874-1928)
- Sérgio L. de C. Fernandes (1943-2018)
- Sócrates (séc. V aC)
- Vicente Ferreira da Silva (1916-1963)
- Vilém Flusser (1920-1991)
- Wei Wu Wei
- Weil, Simone (1909-1943)
Notas
- Abel Jeannière: Bilan héraclitéen
- Abhinavagupta: le Soi suprême
- Abhinavagupta: Tantraloka I -STANCES FINALES
- AKC: coisa
- Alain Porte: Comment nommer l’Être ?
- Alain Porte: Comment penser l’Être ?
- Alain: L’être est et le non-être n’est pas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Alberto Caeiro (23): Alma
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:61,30-62,5) – percepção - recepção
- Antonio Machado: identidade e o outro
- Aristóteles: analogia
- Armstrong: a composição do si mesmo inferior em Plotino
- Armstrong: infinito em Plotino
- Ashtâvakra: L’Être
- Ashtâvakra: Le char
- Ashtâvakra: Un étrange pouvoir me fait apercevoir la suprême Conscience.
- Attar: Abou-Ali Djouzjâni
- Attar: Abou-Nasr Sarrâdj