[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 112-113]
RESUMO DE REPÚBLICA VI, apenas de 504d a 511e
65. «Então é que o mais importante não era aquilo de que falávamos, a justiça e o resto, e algo há que mais importa ainda [...]. — Que é, no entanto, esse estudo que é o mais importante e qual o seu objecto, ao que te parece? [...] — É uma coisa de que não poucas vezes me ouviste falar [...], que, efectivamente, não há mais importante objecto (...)
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METAFÍSICA - ONTOLOGIA
Matérias
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Eudoro de Sousa (HCSM:112-113) – Ideia do Bem
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 38,30 (VI, 7, 30) — Mistura de prazer e inteligência
27 de março, por Cardoso de CastroCapítulos 15-30: O Intelecto e aquilo que está além dele: a natureza do Bem e as dificuldades que surgem ao redor dele. Cap 15: O Intelecto e a vida inteligível não são senão uma imagem do Bem. Cap 16-18: Em qual sentido o inteligível é uma imagem do Bem? Porque o Intelecto e as formas provêm do Bem. Cap 19-20: Em qual sentido o Bem é um objeto de desejo para a alma? Cap 21-23: A alma deseja o Intelecto que é uma imagem do Bem, e é nesta medida que ela tem acesso ao Bem. Cap 24-25, 16: As dificuldades (...)
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Peter Brown (SAB:113-118) – Agostinho e Plotino
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBrown, Peter Robert Lamont. Santo Agostinho, uma biografia. Tr. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 113-118
Entre os tratados de Plotino, é bem possível que Agostinho tenha lido um texto curto, intitulado Sobre a beleza. Este há de tê-lo afetado intimamente, pois versava sobre um tema a respeito do qual ele havia escrito, sete anos antes, no De pulchro et apto, e, nos parágrafos iniciais, [114] Plotino descartava a teoria específica da beleza que Agostinho havia defendido. A partir (...) -
Barbuy: senso comum (5) - ciência
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 146-153.
5. A tentativa de tudo explicar por meio de discursos racionais e métodos matemáticos parte da ignorância de que, se umas verdades foram expressas em mitos, outras em poesia, outras em música, isto se deve a que tais verdades não podiam [146] ser expressas absolutamente de outra maneira: ao contrário, o naturalismo científico, com sua visão linear da história, com seu progressismo, pretendeu que todo o (...) -
Barbuy: senso comum (12) - monotonia
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 168-171.
12. A monotonia nasce da planificação científica do tempo, da insensibilidade para o ritmo e a duração. Ela explica a soturna resignação das massas urbanas, a passividade das filas uniformes, engendra o coletivismo e esclarece a [168] ruptura intermitente de violências irreprimíveis: a monotonia explica as guerras internacionais, como explosões inevitáveis; tal a necessidade incoercível de quebrar a monotonia, (...) -
Barbuy: Filosofia não é Ciência
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 75-77.
Variam as acepções da Filosofia e varia também o seu nome. Mas, como quer que a Filosofia seja tomada, ela não se confunde com nenhuma outra ciência, com nenhum outro campo de preocupações. O âmbito em que se move, se distingue, pela sua natureza, de todos os outros. A Philosophia pode ser tomada num sentido estrito, designando uma ciência do Ser ou uma ciência das essências como a definiu Platão. Ou ainda, uma (...) -
Platão (Alcibíades I:130a-132b) – o homem é sua alma
11 de fevereiro, por Cardoso de CastroRobin
Socrate: Voici en vérité un point encore sur lequel, je pense, on ne différerait d’opinion?
Alcibiade: Et lequel?
— Que, de trois choses données, il y en a, j’en ai peur, une au moins qui est l’homme!
— Quelles trois choses?
— Âme, corps, et le composé des deux, c’est-à-dire ce tout qu’est un homme.
— Sans conteste!
— Mais n’est-ce pas en vérité le point dont nous sommes tombés d’accord, que ce qui a l’autorité sur le corps, c’est l’homme?
— [b] Nous en sommes tombés d’accord.
— Mais est-ce le (...) -
Belaief: lei em Espinosa
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de BELAIEF, Gail. Spinoza’s Philosophy of Law. The Hague: Mouton, 1971, p. 9-11]; as citações de Espinosa são do Tratado Teológico-Político]
nossa tradução
A noção mais ampla de lei que Espinosa oferece é aquela que enfatiza a regularidade de comportamento: “A palavra lei, tomada em abstrato, significa aquilo pelo qual cada indivíduo, ou todas as coisas, ou algumas coisas de uma espécie em particular, agem em uma e mesma certa e definida maneira, que depende da necessidade natural ou do (...) -
Finch (W:23-27) – o sujeto e a presença
30 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFINCH, Henry Le Roy. Wittgenstein. Boston: Element Books, 1995, p. 23-27.
The “truth of solipsism” if it could be stated (and it cannot be) would have to be stated “from the outside of one’s own consciousness,” but nobody can get outside his or her immediate experience (i.e., his or her consciousness); it has no outside. So we are unable to say what we try to say with expressions such as “My world is all the world there is,” or “I never have anybody else’s experience but my own.” (The fact that (...) -
Daumal: L’INTUITION MÉTAPHYSIQUE DANS L’HISTOIRE - l’absolu...
4 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroL’homme a besoin, pour raisonner, pour juger et pour vouloir, de croire en un absolu qui soit en même temps l’être réel et la vérité par excellence, et la suprême valeur. On va me présenter aussitôt le premier passant rencontré dans la rue et, l’interrogeant, me montrer qu’il ne soupçonne même pas ce que pourrait être une telle notion; car, comme à la grande majorité des hommes, le souci d’analyser les opérations de son esprit lui est étranger. Mais celui qui pense me contredire en me rappelant cette (...)
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Abhinavagupta: DOUZE STANCES SUR LA RÉALITÉ SUPRÊME
21 de abril de 2018, por Cardoso de CastroExtrait des pages 67-69 de la traduction de Lilian Silburn
1. Goûte toujours la paix et abstiens-toi du perpétuel bavardage aux vains propos en évitant les (expressions) ‘ qui es-tu, pourquoi, comment, qu’est-cela ’ qui encombrent le chemin. Ce qui se révèle (alors) comme la lumière (éclairant) les distinctions entre existence et non-existence, c’est la manière d’être sans fissure, le Vide, le domaine de Śiva, la Réalité, le suprême brahman. Quelle appréhension objective y (décèlerait-on) ?
2. Une (...) -
Rorty (PMN:21-28) – Wittgenstein, Heidegger, Dewey
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroRORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Tr. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995, p. 27-28
tradução parcial
Espero que o que estive dizendo tenha tornado claro por que escolhi “A Filosofia e o espelho da natureza” como título. São as imagens mais que as proposições, as metáforas mais que as afirmações que determinam a maior parte de nossas convicções filosóficas. A imagem que mantém cativa a filosofia tradicional é a da mente como um grande espelho, contendo variadas (...) -
Lavelle : L’intimité a l’être ne diffère pas de l’intimité a soi-même
24 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « La présence totale », par Louis Lavelle. Aubier, 1934.
Première partie. La découverte de l’être.
VII L’intimité a l’être ne diffère pas de l’intimité a soi-même
La présence du moi à lui-même, ou l’intimité, ne se distingue pas de sa présence à l’être. De fait, le moi n’a point de contenu propre qui ne soit le contenu de l’être, ou plutôt ce contenu est précisément une perspective sur l’être total, de telle sorte que les deux opérations par lesquelles le moi s’oppose à l’être et s’inclut en lui (...) -
Giuseppe Lumia: o existencialismo teológico - Berdjaev
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção « Doutrina ». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964. A orientação teística e a ateia estão presentes desde a origem no existencialismo. Contemporâneos são, de fato, como se sabe, Sein und Zeit de Heidegger e o Journal méthaphisique de Marcel, ambos do ano de 1927. Todavia, o primeiro documento do existencialismo remonta a nove anos atrás, 1919, ano em que o teólogo (...)
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de Castro (SEI): da noção de mundo à noção de meio
19 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Segundo Françoise Dastur (1998), Heidegger pensou o mundo inicialmente como resultado da projeção do Dasein, em “Ser e Tempo”. Já, na “Carta sobre o Humanismo” (GA9), o mundo foi então pensado como “clareira do ser”, (...) -
Henry (E) – A questão da encarnação
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Encarnação: uma filosofia da carne. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2014.
Tradução
O problema da existência de Cristo não significa nada além disso. Não é o de sua existência histórica. Esta ainda não concerne senão a Jesus. Trata-se então de saber se Jesus de fato existiu, se ele de fato disse o que disse, que ele era o Cristo, o Messias, o Salvador esperado — e não um simples profeta. Ninguém hoje em dia — excetuados os ignorantes ou os sectários — duvida dessa existência. O (...) -
Plotino - Tratado 50,3 (III, 5, 3) — O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 3: O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina. A segunda Afrodite, que representa a alma do mundo, engendra em seguida um Eros interior ao mundo linhas 1-6: Eros é uma realidade que provém da atividade da alma voltada para o Intelecto, como a alma divina provém da atividade do Intelecto voltada para o Uno. linhas 6-21: Nascido da alma divina que contempla intensamente, Eros deve sua existência à visão (horasis) e encontra ele também sua satisfação em contemplar os (...)
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Plotino - Tratado 51,13 (I, 8, 13) — O mal obstáculo
13 de fevereiro, por Cardoso de Castro13: O mal obstáculo 1-2: Objeção: o mal é um obstáculo para o bem 2-5: Resposta: o mal obstáculo não é o mal primeiro 5-14: Analogia entre a relação da virtude ao Bem e a relação do vício ao mal 14-26: Distinção entre a contemplação do mal e a participação ao mal
Igal
13 A no ser que el vicio sea un mal por esto: en cuanto impedimento, como el que impide al ojo ver.
Pero, en ese caso, el mal será, para quienes así piensan, causa de mal, y causa de mal sobre el supuesto de que sea distinto del mal mismo. (...) -
LE COSMOS DE BAUDELAIRE
10 de outubro de 2007, por Cardoso de CastroExtrait de « Les Cahiers d’Hermès I. » Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
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Peter Brown (SAB:110-113) – Agostinho e os "platônicos"
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBrown, Peter Robert Lamont. Santo Agostinho, uma biografia. Tr. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 110-113
Um século antes, havia-se redescoberto a doutrina autêntica de Platão: as nuvens se haviam desfeito e este, que era o ensinamento “mais refinado e esclarecido” da filosofia, pudera reluzir com todo o seu brilho nos textos de Plotino — uma alma tão próxima de seu antigo mestre que, nele, Platão parecia reviver. Esses homens chegavam mesmo a ter sonhos em que os filósofos lhes (...)
Seções
- Antiguidade
- Medievo - Renascença
- Modernidade
- Oriente
- Agostinho de Hipona (354-430)
- Ananda Kentish Coomaraswamy (1877-1947)
- Arendt, Hannah (1906-1975)
- Bergson, Henri (1859-1941)
- Carneiro Leão (1927)
- Descartes, René (1596-1650)
- Ernildo Stein (1934)
- Espinosa, Baruch (1632-1677)
- Eudoro de Sousa (1911-1987)
- Extremo Oriente
- Heidegger, Martin (1889-1976)
- Henry, Michel (1922-2002)
- Heraldo Barbuy (1913-1979)
- Hermógenes Harada (1928-2009)
- Jean Scot Erigène (IXe siècle)
- Kant, Immanuel (1724-1804)
- Kierkegaard, Søren (1813-1855)
- LusoSofia
- Não-dualidade
- Nietzsche, Friedrich (1844-1900)
- Perenialistas
- Platão (V-IV aC)
- Platão - O Banquete
- Plotino (204-270 dC) – Tratados Enéadas
- Pré-socráticos
- Scheler, Max (1874-1928)
- Sérgio L. de C. Fernandes (1943-2018)
- Sócrates (séc. V aC)
- Vicente Ferreira da Silva (1916-1963)
- Vilém Flusser (1920-1991)
- Wei Wu Wei
- Weil, Simone (1909-1943)
Notas
- Abel Jeannière: Bilan héraclitéen
- Abhinavagupta: le Soi suprême
- Abhinavagupta: Tantraloka I -STANCES FINALES
- AKC: coisa
- Alain Porte: Comment nommer l’Être ?
- Alain Porte: Comment penser l’Être ?
- Alain: L’être est et le non-être n’est pas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Alberto Caeiro (23): Alma
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:61,30-62,5) – percepção - recepção
- Antonio Machado: identidade e o outro
- Aristóteles: analogia
- Ashtâvakra: L’Être
- Ashtâvakra: Le char
- Ashtâvakra: Un étrange pouvoir me fait apercevoir la suprême Conscience.
- Attar: Abou-Ali Djouzjâni
- Attar: Abou-Nasr Sarrâdj
- Attar: Grandeur de Dieu
- Attar: L’amour sacré et la raison