[Excerto de SAFRANSKI, Rüdiger. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia. Uma biografia. Tr. William Lagos. São Paulo: Geraçau Editorial, 2011, p. 379-380]
A “filosofia da reflexão”, que desenvolvia a totalidade da vida humana e da natureza a partir das estruturas identificadas no espírito, iniciada por Fichte e chegando até Hegel com intensidade crescente, havia atribuído ao processo histórico a tarefa de levar o espírito a descobrir-se a si mesmo. A história humana foi interpretada como (...)
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METAFÍSICA - ONTOLOGIA
Matérias
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Safranski (SB:379-380) – a vontade em Schopenhauer
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Giuseppe Lumia: Heidegger
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção « Doutrina ». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964.
Martin Heidegger (1889) marca a confluência dos motivos existencialistas kierkegaardianos com o método fenomenológico de Husserl. A sua obra principal, Sein und Zeit, publicada em 1937 no «Jahrbuch» de Husserl, e deixada, como veremos, incompleta, pretende ser uma investigação do sentido do ser, conduzida (...) -
Schopenhauer (MVR2:244-245) – consciência de si
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução, Apresentação, Notas e índices Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 244-245]
Não apenas a consciência [Bewußtseyn] das outras coisas, isto é, a percepção [Wahrnehmung] do mundo exterior, mas também a CONSCIÊNCIA DE SI [Selbstbewußtseyn] contém, como antes abordado, uma parte que conhece e uma que é conhecida; do contrário, não seria CONSCIÊNCIA. Pois (...) -
Giuseppe Lumia: existencialismo teísta - Gabriel Marcel
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção « Doutrina ». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964.
O Journal Métaphisique de Gabriel Marcel foi publicado em 1927, o ano em que apareceu na Alemanha o Sein und Zeit de Heidegger, mas as primeiras anotações contidas nele remontam exatamente a 1914. O pensamento de Marcel (1889) desenvolveu-se por isso independentemente do existencialismo alemão e, mais que de (...) -
Jambet (LO:78-85) – a imaginação segundo Avicena
27 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroJAMBET, Christian. A lógica dos orientais : Henry Corbin e a ciência das formas. Tr. Alexandre de Oliveira Torres Carrasco. São Paulo: Globo, 2006, p. 78-85
As faculdades ou potências da alma (que conservarão essa denominação, por herança de Aristóteles, até Kant) apresentam-se menos como uma arquitetura e mais como uma árvore. Ao contrário da árvore cartesiana, entretanto, não é nas raízes que se deve procurar o conhecimento ou as mais dignas existências, mas na sua copa. Melhor: a imbricação das (...) -
Schopenhauer (SQRPRS:§§41-42) – Sujeito do conhecer e objeto; Sujeito do querer
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a Quadrúplice Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Tr. Oswaldo Giacoia Jr. & Gabriel Valladão Silva. Campinas: Editora UNICAMP, 2019]
Todo conhecimento pressupõe, de maneira incontornável, sujeito e objeto. Por essa razão, também a autoconsciência não é, sem mais, simples, mas desmembra-se, assim como a consciência de outras coisas (isto é, a faculdade de intuição), num conhecido e num cognoscente. Aqui o conhecido aparece total e exclusivamente como (...) -
Plotino - Tratado 45,2 (III, 7, 2) — Exame crítico e rejeição de teorias platônicas que identificam a eternidade
18 de maio, por Cardoso de CastroCap 2: Exame crítico e rejeição de teorias platônicas que identificam a eternidade... linhas 1-19: ... ao mundo inteligível: três argumentos pro (3-10) e contra (10-19) linhas 20-36: ... ao Repouso inteligível, compreendido como o gênero do Repouso em si (24-29); ou como o repouso da realidade (24-36)
B) LA ETERNIDAD (caps. 2-6) I. QUÉ NO ES (cap. 2). 1.No es la Sustancia inteligible (2, 1-19). 2.Ni el Reposo en sí como Género (2, 20-29). 3.Ni el Reposo de la Sustancia inteligible (2, 29-36). (...) -
Plotino - Tratado 45,3 (III, 7, 3) — Primeira abordagem da eternidade
18 de maio, por Cardoso de CastroCap 3: Primeira abordagem da eternidade linhas 1-27: Ela é a vida imutável, o poder uno e múltiplo do mundo inteligível linhas 27-36: Ela não tem nem passado nem futuro linhas 36-39: Recapitulação
Míguez
3. ¿Cuál es ese carácter por el que decimos que el mundo todo -el mundo entero inteligible- es perdurable y eterno? ¿Y qué es realmente la perpetuidad? ¿La identificaremos con la eternidad, o será ésta la que se siga de aquélla? Conviene, desde luego, que coincidan en una sola cosa, aunque nuestra (...) -
Giuseppe Lumia: Merleau-Ponty
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUMIA. (Giuseppe) O EXISTENCIALISMO PERANTE O DIREITO, A SOCIEDADE E O ESTADO. Tradução de Adriano Jardim e Miguel Caeiro. Colecção « Doutrina ». N.º 3. Livraria Morais Editora. Lisboa. 1964.
O pensamento de Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) é de inspiração declaradamente husserliana. Mas está mais próximo do Husserl da última fase, o dos escritos inéditos, em que é mais claro o apelo às coisas e o recurso ao mundo da vida, o Lebenswelt. Em Merleau-Ponty motivos fenomenológicos encontram-se por um lado (...) -
Plotino - Tratado 45,4 (III, 7, 4) — O ser e a eternidade
19 de maio, por Cardoso de CastroCap 4: O ser e a eternidade linhas 1-12: A eternidade não é um acidente nem uma parte do mundo inteligível linhas 12-24: Porque o ser verdadeiro é necessariamente completo e logo atemporal linhas 24-33: As coisas em devir, ao contrário, adquiriram seu ser pouco a pouco linhas 33-43: A realidade eterna não falta nada e não tem desejo voltado ao futuro
Míguez
4. No hemos de creer, por tanto, que sea un accidente de la naturaleza inteligible, que le venga de fuera. Viene de sí misma y está unida a (...) -
O’Meara (Plotinus:14-19) - Sobre a imortalidade da alma
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroO’MEARA, Dominic J.. Plotinus. An Introduction to the Enneads. Oxford: Claredon Press, 1995, p. 14-19
tradução parcial
Segundo O’Meara (1995, p. 15), Plotino demonstra rapidamente no capítulo 1, como a questão da imortalidade envolve outra questão, aquela da natureza da alma. Pois se somos compostos de corpo e alma, é claramente só na alma que alguma chance real de sobreviver a morte pode ser encontrada. Mas isto significaria que a alma não pode ser corpo e deve ser capaz de existir sem o corpo. (...) -
Plotino - Tratado 45,5 (III, 7, 5) — Determinações positivas da eternidade
19 de maio, por Cardoso de CastroCap 5: Determinações positivas da eternidade linhas 1-12: Para apreender a eternidade, é necessário contemplar o que ignora o devir e a alteridade linhas 12-18: Diferença entre a eternidade e a perpetuidade linhas 18-22: A eternidade é um deus verdadeiro linhas 22-30: A eternidade é uma vida ilimitada em ato
Míguez
5. Esto -la eternidad- conviene a los seres de los que puedo decir, o mejor en los que puedo ver, cuando aplico a ellos mi ánimo, que nada en absoluto les ha sido añadido. Porque es (...) -
Schopenhauer (MVR1:530-531) – coisa-em-si - vontade - moral
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 530-531]
[...] o mundo objetivo, como o conhecemos, não pertence à essência das coisas em si mesmas, mas é seu mero FENÔMENO, condicionado [530] exatamente por aquelas mesmas formas que se encontram a priori no intelecto humano (isto é, o cérebro), portanto nada contém senão fenômenos. Kant, decerto, não chegou ao conhecimento de que o fenômeno é o mundo como (...) -
Plotino - Tratado 45,6 (III, 7, 6) — Comentário das fórmulas platônicas, que caracterizam a eternidade como...
19 de maio, por Cardoso de CastroCap 6: Comentário das fórmulas platônicas, que caracterizam a eternidade como... linhas 1-11: ... o ser que permanece junto do Uno (Timeu 37d7) linhas 11-21: ... o ser verdadeiro (Timeu 28a1-4 e passim) linhas 21-36: ... o que é "sempre" (Timeu 27d6 e passim) linhas 36-50: o ser total e perfeito (Timeu 30 c5-31b4) linhas 50-57: ... o que existia antes do mundo sensível (Timeu 29e1)
Míguez
6. Como esta naturaleza, tan hermosa y eterna, vive inmediata al Uno, y viene de El y marcha hacia El, no (...) -
Schopenhauer (MVR2:288-289) – identidade da pessoa
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução, Apresentação, Notas e índices Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 288-289]
10) Em que se baseia a IDENTIDADE DA PESSOA? — Não na matéria do corpo: esta é outra após alguns poucos anos. Não na forma dele: esta muda no todo e em cada uma das suas partes; exceto na expressão dos olhos, pela qual, por conseguinte, mesmo depois de muitos anos, ainda (...) -
Beneval de Oliveira: Em busca da verdade do Ser
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Fenomenologia no Brasil, Beneval de Oliveira, Pallas, 1983 O presente trabalho tem como objetivo enfocar a temática do existencialismo brasileiro. Neste sentido, procuramos pesquisar as origens dessa temática, a partir de uma reinterpretação da filosofia grega, dando ênfase, sobretudo, à ontologia de Martin Heidegger, justamente por ter esse filósofo despertado maior atenção que os demais filósofos existencialistas entre os nossos estudiosos da matéria.
De outro lado, procuramos analisar a frio, (...)
Seções
- Antiguidade
- Medievo - Renascença
- Modernidade
- Oriente
- Agostinho de Hipona (354-430)
- Ananda Kentish Coomaraswamy (1877-1947)
- Arendt, Hannah (1906-1975)
- Bergson, Henri (1859-1941)
- Carneiro Leão (1927)
- Descartes, René (1596-1650)
- Ernildo Stein (1934)
- Espinosa, Baruch (1632-1677)
- Eudoro de Sousa (1911-1987)
- Extremo Oriente
- Heidegger, Martin (1889-1976)
- Henry, Michel (1922-2002)
- Heraldo Barbuy (1913-1979)
- Hermógenes Harada (1928-2009)
- Jean Scot Erigène (IXe siècle)
- Kant, Immanuel (1724-1804)
- Kierkegaard, Søren (1813-1855)
- LusoSofia
- Não-dualidade
- Nietzsche, Friedrich (1844-1900)
- Perenialistas
- Platão (V-IV aC)
- Platão - O Banquete
- Plotino (204-270 dC) – Tratados Enéadas
- Pré-socráticos
- Scheler, Max (1874-1928)
- Sérgio L. de C. Fernandes (1943-2018)
- Sócrates (séc. V aC)
- Vicente Ferreira da Silva (1916-1963)
- Vilém Flusser (1920-1991)
- Wei Wu Wei
- Weil, Simone (1909-1943)
Notas
- Abel Jeannière: Bilan héraclitéen
- Abhinavagupta: le Soi suprême
- Abhinavagupta: Tantraloka I -STANCES FINALES
- AKC: coisa
- Alain Porte: Comment nommer l’Être ?
- Alain Porte: Comment penser l’Être ?
- Alain: L’être est et le non-être n’est pas
- Alain: Le mythe de la caverne
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Alberto Caeiro (23): Alma
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:61,30-62,5) – percepção - recepção
- Antonio Machado: identidade e o outro
- Aristóteles: analogia
- Ashtâvakra: L’Être
- Ashtâvakra: Le char
- Ashtâvakra: Un étrange pouvoir me fait apercevoir la suprême Conscience.
- Attar: Abou-Ali Djouzjâni
- Attar: Abou-Nasr Sarrâdj
- Attar: Grandeur de Dieu
- Attar: L’amour sacré et la raison