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ARTE - TÉCNICA - SIMBOLISMO - LINGUAGEM
Mito, como narração, e Arte, como expressão estética, são produtos da realização humana. O Mito e a Arte, como produtos da realização humana, nos remetem ao homem que, através do ato de realização de si, produz coisas da sua causa como narração e expressão. Temos assim o esquema, expresso no modelo : sujeito —> ato <— objeto, nomeadamente, artista —> ação criadora artística <— obra de arte. Vamos chamar todo esse conjunto simplesmente de Arte. O conjunto esquemático sujeito-ato-objeto vale para toda e qualquer produção cultural. O que distingue em concreto a produção artística de outras produções culturais, portanto, a sua diferença, i. é, a sua identidade enquanto produção artística é o que vige, impera como caráter todo próprio no conjunto Arte. Convenhamos chamar essa vigência toda própria de essência da Arte. O verbo esse é latim e significa ser (verbo). Assim, essência diz ência, i. é a dinâmica do verbo esse, de ser. A dinâmica de ser não é nenhuma coisa. Não pode ser, pois captada no modo como captamos coisa, isso e aquilo. Trata-se, pois daquela presença, daquela pregnância, da tonância que determina o ser da Arte ou a Arte na dinâmica de ser : o próprio da Arte, ou o evento (Ereignis) da Arte [1]. Mas se dizemos que a essência da Arte não pode ser captada, como captamos coisa, referimos essência, de algum modo, à coisa. Que realidade é essa, a coisa, para podermos dizer que a essência da Arte não é nenhuma coisa ? [Excerto de HARADA , Hermógenes. Iniciação à Filosofia. Exercícios, ensaios e anotações de um principante amador. Teresópolis : Daimon, 2009, p. 19]
Matérias
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Edith Stein (CC) – A Cruz e a Noite (A Noite dos Sentidos)
12 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Logo de início, surge a questão de saber se a cruz e a noite possuem o mesmo sentido simbólico. A palavra símbolo é usada em vários significados. Às vezes é tomada num sentido tão vasto que por ela se designa tudo quanto seja perceptível pelos sentidos e indique algo de espiritual; ou então, tudo quanto for conhecido pela experiência natural e insinuar algo de desconhecido — e talvez não experimentável pelo conhecimento natural. Neste amplo sentido, podemos empregar a palavra símbolo, quer (…)
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Schelling: organismo e mecanismo
16 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
Qual o propósito deste tratado e por que traz em seu pórtico esse título, o leitor ficará sabendo se tiver disposição ou curiosidade para ler o todo.
Somente sobre dois pontos o autor julga necessário explicar-se antecipadamente, para que este ensaio não venha, eventualmente, a ser acolhido com preconceito.
O primeiro é que nenhuma unidade artificial de princípios foi procurada ou visada neste escrito. Tanto a observação das alterações naturais em sua universalidade quanto a do progresso (…)
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Rosenzweig (ER:295-296) – A linguagem dos salmos
2 de agosto de 2014, por Cardoso de Castro
Ce n’est donc pas la prophétie qui est la forme particulière où la Rédemption peut devenir contenu de la Révélation ; au contraire, ce doit être une forme tout à fait propre à la Rédemption, qui exprime par conséquent l’événement n’ayant-pas-encore-eu-lieu et pourtant encore-à-venir-un-jour. Mais c’est là la forme du chant commun de la communauté. La communauté n’est pas, n’est pas encore, tous; son Nous est encore limité, il reste simultanément lié à un Vous ; mais elle prétend à être tous (…)
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Plotino - Tratado 49,14 (V, 3, 14) — O discurso apofântico do primeiro princípio
14 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
14. ¿Cómo, entonces, podremos hablar de él? Podemos hacerlo, ciertamente, pero con ello no lo expresamos, ni tenemos conocimiento o pensamiento de él. ¿Cómo, pues, podremos hablar de él si no lo poseemos? Digamos que si no lo poseemos por el conocimiento, no dejamos de aprehenderlo de algún modo y lo aprehendemos, en efecto, como para poder hablar de él, aunque nuestras palabras no lo alcancen en sí mismo. Decimos de él lo que no es, no decimos en cambio, lo que es, porque hablamos (…)
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Plotino - Tratado 1,6 (I,6,6) - A purificação da alma
18 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Baracat
6. Pois, como diz o antigo ensinamento, a temperança, a coragem e toda virtude é purificação, inclusive a própria sabedoria. Por isso os mistérios corretamente enigmam que o não purificado, indo ao Hades, jazerá na lama, porque o que não é puro é amigo da lama por sua maldade : como os porcos, não puros de corpo, se comprazem com esse tipo de coisa . Que seria, então, a verdadeira temperança senão o não associar-se aos prazeres do corpo, fugir deles por não serem puros nem próprios (…)
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Plotino - Tratado 39,8 (VI, 8, 8) — A impotência do discurso relativo ao Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
8. Observamos, por tanto, claramente que la libertad no constituye un accidente para el Bien; pero para eso hemos partido de la libertad que sé encuentra en los otros seres y hemos privado a Aquél de los contrarios, con lo cual se nos queda en sí mismo y referido a sí mismo. Es cierto que transferimos al Bien atributos inferiores y de seres que están por debajo de El, pero ello se explica porque no podemos afirmar lo que conviene decir de El, y ésa es la única manera de poder (…)
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Plotino - Tratado 22,12 (VI, 4, 12) — Metáforas da orelha, dos olhos, do som e do ar
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Igal
12. Muchas veces, un sonido y una palabra oral transmitidos por el aire son recibidos y percibidos por el oído, y lo mismo ocurriría con otro oído situado en el intervalo: la palabra y el sonido se acercarían hasta él, o mejor todavía, sería el oído el que vendría hasta ellos. De igual modo varios ojos tienen la misma visión y se llenan a la vez del mismo espectáculo, ello aunque el objeto contemplado se halle separado. En uno y otro caso existen unos órganos que son la vista y el (…)
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Plotino - Tratado 31,8 (V, 8, 8) — O inteligível é a beleza perfeita
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
8. Si se trata, pues, de una belleza primera, que lo abarca todo y en todas sus partes, para que no haya ni una parte que se encuentre privada de la belleza, ¿quién podrá decir de este principio no es bello? Porque no es algo que no constituya el mismo todo, sino que, o participa en ese todo o no tiene participación en él. En cualquier caso, si él no es ¿quién entonces podrá serlo? Pues es claro que lo que está antes de él no desea en modo alguno ser bello; él, en cambio, que se (…)
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Plotino - Tratado 31,10 (V, 8, 10) — A contemplação do belo no inteligível
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
10. Por ello Zeus, que es el más antiguo de todos los dioses, a los que conduce, marcha el primero a la contemplación de lo bello, siguiéndole los otros dioses, los demonios y las almas que son capaces de esta contemplación . Y se les aparece desde un lugar invisible, surgiendo desde las alturas e iluminando y llenándolo todo con su luz. Incluso deslumbra a los seres de aquí abajo, que han de apartar de él su mirada, porque les resulta imposible verlo, lo mismo que al sol. Algunos, (…)
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Schopenhauer (MVR2:519-520) – tragédia
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Nosso prazer na tragédia não pertence ao sentimento do belo, mas ao do sublime; sim, é o grau mais elevado desse sentimento. Pois assim como pela visão do sublime na natureza desviamo-nos do interesse da vontade para nos comportarmos de maneira puramente contemplativa, assim também na catástrofe trágica desviamo-nos da Vontade de vida mesma. De fato, na tragédia, o lado terrível da vida nos é apresentado, a miséria da humanidade, o império do acaso e do erro, a queda do justo, o triunfo do (…)