A. Leroi-Gourhan, Le Geste et la Parole, t. II, Albin Michel, 1964, pp. 33, 41-42.
A antropologia física vem em socorro da antropologia cultural mostrando que a característica específica do homem e do utensílio é distanciar. O determinismo de um e, sobretudo, os determinismos socioculturais, seguem uma evolução que, pela sua natureza, não pode ser parcialmente distanciada pelo determinismo do outro. A espécie zoológica «homo sapiens» não segue o preciso destino da família do utensílio. Esse facto (...)
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ARTE - TÉCNICA - SIMBOLISMO - LINGUAGEM
Mito , como narração, e Arte, como expressão estética, são produtos da realização humana. O Mito e a Arte, como produtos da realização humana, nos remetem ao homem que, através do ato de realização de si, produz coisas da sua causa como narração e expressão. Temos assim o esquema, expresso no modelo : sujeito —> ato <— objeto, nomeadamente, artista —> ação criadora artística <— obra de arte. Vamos chamar todo esse conjunto simplesmente de Arte. O conjunto esquemático sujeito-ato-objeto vale para toda e qualquer produção cultural. O que distingue em concreto a produção artística de outras produções culturais, portanto, a sua diferença , i. é, a sua identidade enquanto produção artística é o que vige, impera como caráter todo próprio no conjunto Arte. Convenhamos chamar essa vigência toda própria de essência da Arte. O verbo esse é latim e significa ser (verbo). Assim, essência diz ência, i. é a din âmica do verbo esse, de ser. A dinâmica de ser não é nenhuma coisa. Não pode ser, pois captada no modo como captamos coisa, isso e aquilo. Trata-se, pois daquela presença, daquela pregnância, da tonância que determina o ser da Arte ou a Arte na dinâmica de ser : o próprio da Arte, ou o evento (Ereignis ) da Arte [1]. Mas se dizemos que a essência da Arte não pode ser captada, como captamos coisa, referimos essência, de algum modo, à coisa. Que realidade é essa, a coisa, para podermos dizer que a essência da Arte não é nenhuma coisa ? [Excerto de HARADA , Hermógenes. Iniciação à Filosofia. Exercícios, ensaios e anotações de um principante amador. Teresópolis : Daimon , 2009, p. 19]
Matérias
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Leroi-Gourhan (GP2:33,41-42) – O utensílio desligado da mão
24 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Raniero Gnoli: The Aesthetic Experience
22 de abril de 2018, por Cardoso de CastroIn India, the study of aesthetics—which was at first restricted to the drama—draws its origin from no abstract or disinterested desire for knowledge but from motives of a purely empirical order. The most ancient text that has come down to us is die Nātyaśāstra (4th or 5th Century A. D. ?), ascribed to the mythical Bharata. This is a voluminous collection of observations and rules concerned in the main with the production of drama and the training of actors and poets. The author, or the authors, (...)
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Ellul (TDS:10-12) – operação técnica e fenômeno técnico
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroELLUL, Jacques. A Técnica e o Desafio do Século. Tr. Roland Corbisier. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968, p.
Com os pontos de referência que acabamos de estabelecer, é possível procurar, senão uma definição, ao menos uma aproximação da técnica. Mas, evitemos uma confusão: não se trata aqui, a rigor, das diferenças técnicas. Cada um, em sua profissão, exerce uma técnica, e é a dificuldade de conhecer essas diversas técnicas que mencionávamos no início.
Mas desses diferentes ramos é possível reter alguns (...) -
SAUBIN - SYMBOLISME DU CULTE CATHOLIQUE
14 de março de 2008, por Cardoso de CastroNous exposerons seulement ce qui constitue le culte extérieur ; et encore nous restreindrons-nous au culte purement matériel ou corporel, en en expliquant seulement la signification et la raison d’être : temps, objets matériels, actions, telles seront les divisions de cet ouvrage.
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Matgioi (VM:31-35) – Trigramas e Hexagramas
2 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroMATGIOI. La Voie métaphysique. Paris: Éditions traditionnelles, 1980, p. 31-35
OS GRAFISMOS DE DEUS (resumo do Capítulo III) Diferentemente da tradição ocidental, aqui não há um nome para Deus, nem se imagina um velho barbudo, nem um símbolo como um triângulo com um olho no meio. O que chamamos Deus não tem nome e é representado por um caráter chamado Thien (que em mandarim falado se traduz por céu); com várias propriedades especiais, não ao céu, mas ao que está no céu ou atrás dele, formando uma ideia (...) -
CYRANO DE BERGERAC PHILOSOPHE HERMÉTIQUE
13 de outubro de 2007, por Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Certes, nous ne ferions pas une constatation particulièrement originale, si nous disions que la littérature a totalement transformé la figure de Cyrano de Bergerac, en lui assurant la faveur du grand public, dans une réputation quasi universelle. Ainsi par les moyens les plus divers, la Vérité est-elle imposée aux hommes, même dans le clinquant des tréteaux, dans l’enthousiasme tapageur des foules, toujours prêtes à s’émouvoir et à (...) -
Schérer : Une solution phénoménologique du problème de la communication
16 de julho de 2009, por Cardoso de CastroExtrait du livre « Philosophies de la communication », par René Schérer. Société d’édition d’enseignement supérieur, 1971.
II. - Une solution phénoménologique du problème de la communication — Le personnalisme de Max Scheler
A bien des égards, l’œuvre de M. Scheler apparaît comme le complément des premières recherches husserliennes d’une phénoménologie des essences. Elle s’inscrit dans la tradition de l’intuitionnisme qui la caractérise. Mais, alors que Husserl a porté son intérêt sur la sphère logique et (...) -
Sonnet I
12 de agosto de 2007, por Cardoso de CastroPar la parole, par l’écrit ou par le seul regard Nous sommes éternellement voilés. Ce que nous sommes Ne saurait dans le verbe ou dans le livre être coulé. De nous notre âme est éloignée infiniment.
En vain à nos pensées voulons-nous impartir Le don d’être notre âme claire et manifeste, Impénétrables à tous n’en sont pas moins nos cœurs. En cette part de nous qui s’offre on nous ignore.
D’une âme à l’autre il est un abîme que ne franchit Nul artifice de pensée, nul faux-semblant. A notre format réel (...) -
Fabre d’Olivet (Tanner) – la grammaire
28 de outubro de 2008, por Cardoso de CastroGnostiques de la Révolution, Fabre d’Olivet. Choix de textes par André Tenner. Paris: Engloff, 1946, p. 33-44
GRAMMAIRE UNIVERSELLE ET GRAMMAIRE PARTICULIÈRE.
Comme l’a très bien vu Court-de-Gébelin, [...] il existe deux sortes de grammaires: l’une universelle, et l’autre particulière. La Grammaire universelle fait connaître l’esprit de l’Homme en général; les grammaires particulières développent l’esprit individuel d’un peuple, indiquent l’état de sa civilisation, de ses connaissances et de ses (...) -
Heim (EL) – Aproximação do Fenômeno de Processamento da Palavra
26 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHEIM, Michael. Electric language : a philosophical study of word processing. Second Edition, with a Foreword by David Gelernter. New Haven: Yale University Press, 1999
Aproximação do Fenômeno de Processamento da Palavra 1. Pensamento, Palavra e Realidade A questão tradicional sobre a conexão entre pensar, linguagem e realidade, invocando o estatuto da linguagem enquanto dimensão transcendental e ontologicamente relevante da existência humana; uma dimensão do mundo todo que habitamos. 2. A Teoria (...) -
Whitehead : LA RÉACTION DU ROMANTISME
16 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « La science et le monde moderne », par A.N. Whitehead. Payot, 1930.
CHAPITRE V LA RÉACTION DU ROMANTISME
Le chapitre précédent décrivait l’influence sur le XVIIIe siècle d’un système de conceptions scientifiques, étroit et efficient, héritage de l’époque qui l’avait précédé. Ce système était le produit d’une mentalité qui avait trouvé la théologie augustinienne extrêmement à son goût. Le calvinisme protestant et le jansénisme catholique montraient l’homme comme étant impuissant à coopérer avec la (...) -
Jean-Louis Grison: Digrammes et Trigrammes
18 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroSans revenir sur les notions générales déjà connues de la métaphysique taoïste, nous nous placerons d’emblée au plan de la manifestation pour rappeler que la dualité primordiale, la « polarisation » de l’Etre (T’ai-ki) s’exprime par les principes T’ien et Ti, Ciel et Terre, et que les deux tendances Yang et Yin sont les deux réalités dont les combinaisons indéfiniment variées ont «créé» la multiplicité, comme la lumière et les ténèbres sont à l’origine de toutes les [215] nuances de la clarté. Ce sont eux qui (...)
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de Castro (SEI): o que é a informática? Primeiros passos...
18 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005.
Na obra de Heidegger, o pensar sobre a questão da técnica abre sentidos e desígnios, cujo entendimento pressupõe um “ser capaz” para tal. Para sustentar a “questão da informática” é preciso mais que um saber, é preciso um ser capaz de (...) -
Silburn: L’esthétique d’Abhinavagupta
24 de abril de 2018, por Cardoso de CastroL’esthétique de ce dernier [Abhinavagupta], étant profondément imprégnée de conceptions philosophiques et mystiques, il nous a paru qu’il ne serait pas sans intérêt d’exposer brièvement la théorie du rasa et du dhvani de ce grand philosophe. C’est dans le sixième chapitre de son Abhinavabhāratī qu’il traite surtout du plaisir esthétique, dont il aborde tous les aspects en s’efforçant de répondre définitivement et de façon philosophique aux difficultés que soulève la question.
Abhinavagupta édifia une théorie (...) -
Balzac : Le chemin qui mène au Ciel
29 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExtraits de Séraphîta
« Si vous voulez habituer vos pieds à marcher dans le chemin qui mène au Ciel, sachez bien que les commencements en sont rudes, dit cette âme endolorie. Dieu veut être cherché pour lui-même. En ce sens, il est jaloux, il vous veut tout entier ; mais quand vous vous êtes donné à lui, jamais il ne vous abandonne.
« Je vais vous laisser les clefs du royaume où brille sa lumière, où vous serez partout dans le sein du Père, dans le coeur de l’Époux. Aucune sentinelle n’en défend les (...) -
Attar (AP) – O califa e seus sete filhos
12 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Anthologie persane (XIe-XIXe siècles)», par Henri Massé. Payot, 1950
Un homme qui avait parcouru l’univers, le cœur en désarroi, ses affaires troublées, pour chercher un ami qui avait disparu, me conta, le tenant de gens bien renseignés, qu’un calife était père, autrefois, de sept fils ; or chacun d’eux avait conçu de hauts desseins; ils ne renonçaient pas à la présomption ; en toute science qui existait de leur temps, chacun d’eux ressemblait à une perle unique. Comme ils étaient versés (...) -
Charbonneau-Lassay : L’Aigle
5 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait de « Le Bestiaire du Christ »
Survint alors l’établissement du Christianisme, suivi de très près par la création de sa liturgie et de son symbolisme. En ce dernier domaine, l’aigle devint une excellente figure du Christ. On appliqua à sa Personne et à son ascension triomphale la parole de Jérémie : « Voilà qu’il montera comme l’aigle ; il étendra ses ailes sur Bosra, et le cœur des forts de l’Idumée sera en ce jour comme le cœur d’une femme qui enfante » ; et cette autre du Livre des Proverbes ; « (...) -
Richir (PM:18-21) – teses de Schelling sobre a Mitologia
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSCHELLING, F.W.. Philosophie de la mythologie. Tr. Alain Pernet. Préface de Marc Richir. Postface de François Chenet. Grenoble: Jérôme Millon, 1994, p. 18-21
Les deux premières thèses fondamentales de Schelling, dont nous allons voir qu’elles s’articulent systématiquement l’une à l’autre, sont : 1) qu’il y a une [19] corrélation stricte entre l’individuation d’un peuple et l’individuation d’une mythologie (« nous ne pouvons concevoir un peuple sans mythologie » : 63 ; 75) ; 2) que la mythologie est un vrai (...) -
de Castro (SEI): a informática, um engenho de representação
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Martin Heidegger, em um de seus ensaios, “A época das concepções do mundo” (1949/1962, pág. 99-146), faz uma longa meditação sobre a essência da Modernidade, ou dos Tempos Modernos, a partir do questionamento a respeito da (...) -
de Castro (SEI): engenho de representação – camadas e linguagens
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Qualquer tecnologia da informação não é uma tabula rasa. Sobre sua base material, organizando circuitos lógicos e aritméticos e memória, segundo um sistema binário, já opera um programa, composto por algoritmos e dados (...)
Seções
Notas
- AKC: coisa
- Alain: Cette pensée de plusieurs est-elle elle-même plusieurs ?
- Apuleio Eros e Psique
- Aristóteles: analogia
- Aurobindo: Apas - les eaux
- Billeter (LCT:25-26) – linguagem e realidade
- Boi e Asno
- Chrétien (AS:51-52) – silêncio
- Clarice Lispector (Crônicas): Dies Irae
- Coomaraswamy (AKCcivi:111-112) – iconografia
- Coomaraswamy (AKCcivi:201-202) – Sanna (samjna) - percepção
- Coomaraswamy (TA) – A Visão de Arte de Mestre Eckhart
- Coomaraswamy: le monde est une théophanie
- Coomaraswamy: nâma-rûpa (TE15)
- Coomaraswamy: Sopros e Correntes
- Corbin (ARV:39-41) – o símbolo e a alegoria
- Corbin (Ibn Arabi:110-111) – O poema sofiânico de um «Fiel do Amor»
- Daumal (CC:2) – Contra-Céu II
- Daumal (CC:213-216) – Lembre-se...
- Daumal (CC:4) – Contra-Céu IV
Websites
- Andrew Feenberg - Del esencialismo al constructivismo: la filosofía de la tecnología en la encrucijada
- Andrew Feenberg - O que é Filosofia da Tecnologia?
- António Fidalgo: O modo de informação de Mark Poster
- Bullshit Jobs: The Rise of Pointless Work, and What We Can Do About It
- Cibercultura Online
- Designing Information Technology in the Postmodern Age: From Method to Metaphor
- Electric language : a philosophical study of word processing
- Paolo Virno - Grammaire de la multitude
- Stephen L. Talbott: Home Page and Guide to My Writings
- The Control Revolution: Technological and Economic Origins of the Information Society