Página inicial > Palavras-chave > Categorias > COSMOLOGIA - COSMOGONIA - NATUREZA
COSMOLOGIA - COSMOGONIA - NATUREZA
Contrariamente ao universo do Espaço-Tempo, que é aquele das contradições, do Devir, e da Dialética, o universo do ser e do Real é aquele da unidade, da identidade, e da Lógica. Não existe, entre os dois, continuidade. Um hiato os separa. Passar de um ao outro, é dar um salto. Tomamos emprestado a Schelling , para designar este salto, a expressão salto dialético; e o problema crucial é indicar porque um abismo separa assim o universo humano do universo do ser. Não há, no entanto, dois universos distintos, mas um só e único cosmo, onde um é a desfiguração momentânea do outro, desfiguração realizada, veremos por qual razão, pelo pensamento do homem. É nossa mente que constitui a ligação entre os dois cosmos. O cosmo humano, enquanto não se identifica com aquele do ser, é inteiramente nossa obra.
Decorre ainda mais que o cosmo do ser é um cosmo transcendente, posto que o cosmo humano, em dele procedendo, e não possuindo outra realidade que sua fonte, não permite nem conhecê-lo em sua essência própria, nem, menos ainda, alcançá-lo. De resto, não menos é, simultaneamente, um cosmo imanente ao universo fenomenal, posto que, totalmente inacessível que é, dele forma o substrato, e dele é o coração mesmo. [A REVELAÇÃO PRIMITIVA]
O Mundo é, ainda que na objetividade não possamos predicá-lo. Os mitos cosmogônicos dizem-nos que ele veio a ser o que é, falam-nos do vir a ser mundo. Falta grave contra o saber [67] precavido, pois cosmogonias falam, não só do mundo, mas do antes que o mundo fosse. Enormidade do mítico, que ousa recuar ainda para além do que a ciência nem pretende alcançar, porque bem sabe que não alcança, porque não é de sua natureza alcançá-lo. Ciência fala-nos do que está no mundo, pensa e experimenta o que pode fechar no interior do mundo que recusa a fechar-se. O mítico é que fechou o mundo, no momento em que se perguntou pelo que era antes de o mundo chegar a ser mundo. Não se afirme assim com tanta segurança e certeza, com tanto orgulho vaidoso, que a pergunta provém do que em nós é desatino de imaturidade. A pergunta pelas origens é origem de todo o perguntar. Perguntamo-la na indecisão de cada passo da nossa vida. É pergunta que sobe dos abismos da nossa existência, é pergunta que nos mantém existindo quando a existência se vê ameaçada, é modo de perguntar por que existe ser em vez de nada. A ameaça do Nada é que nos leva a perguntar de onde e do que vem o Tudo. Outro modo de dizer o que já ficou dito é o dar-se conta de que, se a nossa experiência é de pluralidade, nosso anseio é de unidade; se a nossa experiência é a do «outro», nosso anseio é pelo «mesmo». Perguntando pelo mundo e, sobretudo, pelo antes que mundo fosse, na mesma pergunta me pergunto pelo «eu» que sou e, sobretudo, pelo antes que viesse a ser o que sou. Perguntar pela origem do mundo é perguntar pela origem do homem; perguntar pelo que faz que «eu» exista. Aqui não há do que alguém se possa estranhar: homem e mundo são, de cada vez que sejam o que são, duas faces do mesmo Projeto [v. projeto]. Mito relatado é subproduto do grande impulso mítico. Naquele, a uma cosmogonia ou teocosmogonia segue-se uma antropogonia; neste, não há sucessão: cosmogonia, teogonia e antropogonia situam-se como os três vértices de um triângulo. Mas não nos apressemos; por pouco não resvalava de «um triângulo» para o «triângulo da complementaridade». [EudoroMito:67-68]
Matérias
-
Plotino - Tratado 6,5 (IV, 8, 5) — A descida da alma é ao mesmo tempo voluntária e necessária
15 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
5. Ninguna diferencia existe entre estas expresiones: la siembra de las almas para la generación, su descenso para la conclusión del universo, el castigo, la caverna, la necesidad y la libertad, puesto que la una exige a la otra, el ser en el cuerpo como en algo malo, con todo lo que dice Empédocles cuando habla de la huida que la aparta de Dios, de su vagabundaje o de su falta, o incluso con las fórmulas de Heráclito como el descenso en su huida, o, en general, con la libertad de (...)
-
Plotino - Tratado 52,17 (II, 3, 17) — A alma produz sem reflexão
2 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
17. ¿Podremos llamar pensamientos a estas razones que se dan en el alma? Pero, ¿cómo actuar verdaderamente conforme al pensamiento? Porque la razón seminal que obra en la materia es algo que actúa naturalmente; y no se trata de un pensamiento, ni de una visión, sino de una potencia que modifica la materia. Tampoco conoce, sino que obra a la manera como un sello o como una figura que se refleja en el agua; aunque como el círculo, la potencia vegetativa y generadora recibe de otra (...)
-
Fraile – Mundos em Proclo
19 de julho de 2023, por Cardoso de Castro
2.° El mundo inteligible.—Debajo del Uno está en primer lugar el mundo inteligible, compuesto por las tres Unidades primordiales que proceden inmediatamente del Uno Cada una de ellas es la Mónada primaria que se halla al frente de la serie de una multiplicidad de seres. Esas unidades primarias (enades) no son múltiples, pero son ya compuestas de limitado (peras = acto = padre) y de ilimitado (apeiria = potencia = madre). Por eso llevan ya en sí la no-unidad, y son participables, aunque no (...)
-
Plotino - Tratado 31,13 (V, 8, 13) — Relações entre Ouranos, Kronos, Zeus e Afrodite
15 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
13. Así, pues, el dios (Cronos) se aparece encadenado para mantenerse siempre idéntico a sí mismo, concediendo a su hijo (Zeus) el gobierno de este mundo. Porque no va con su carácter el abandonar el dominio del mundo inteligible para ir en busca de otro más nuevo e inferior, siendo así que él mismo posee la plenitud de la belleza. Dando de lado a esta preocupación, fija a su padre (Urano) en sí mismo y se eleva a la vez hasta él; pero fija también, en otro sentido, lo que tiene (...)
-
Plotino - Tratado 28,22 (IV, 4, 22) — Questão: É que a terra pode ter sensações?
8 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
22. ¿Habrá que distinguir también en las plantas unas cualidades que sean en sus cuerpos como el eco de una potencia y, a la vez, la potencia que dirige estas cualidades, potencia que es en nosotros la facultad de desear y en las plantas la potencia vegetativa? ¿O acaso esta potencia se da en la tierra, que tiene ciertamente un alma, y en las plantas proviene de ella? Habría que investigar primero cuál sea el alma de la tierra y si es, por ejemplo, algo que proviene de la esfera (...)
-
Plotino - Tratado 10,10 (V, 1, 10) — Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
10. Convendrá pensar, pues, que más allá del ser está el Uno, tal como hemos querido mostrarlo con nuestro razonamiento y en la medida en que es posible hacerlo. A continuación habrá que colocar el Ser y la Inteligencia, y, en tercer lugar la naturaleza del alma, según lo que ya se ha dicho. Dado que estas tres realidades están en la naturaleza de las cosas hemos de pensar que se dan también en nosotros. Y digo que se dan, no en lo que hay de sensible en nosotros -verdaderamente (...)
-
Plotino - Tratado 33,4 (II, 9, 4) — Contra a doutrina gnóstica sobre a produção e a destruição do mundo
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
4. Podrá decirse también que el alma se ha hecho productora al perder sus alas; sin embargo, el alma del universo no sufre esta pérdida. Y si se admitiese que el alma es productora luego de su caída, expóngase entonces la causa de esta calda. ¿Cuándo se produjo realmente? Si ya permanece así desde la eternidad, sería según esta razón, un alma caída. Y si la caída tuvo un comienzo, ¿por qué no dio comienzo antes? Para nosotros no está la causa productora en que el alma se incline (...)
-
Plotino - Tratado 10,4 (V, 1, 4) — O Intelecto e as realidades inteligíveis nada mais são que "pensar" e "ser"
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
4. Podría comprobarse esto del modo siguiente: admiramos, en efecto, el mundo sensible en razón de su grandeza, de su belleza, del orden de su movimiento eterno, o considerando los dioses que hay en él -dioses visibles e invisibles-, los demonios que lo habitan, los animales y las plantas; y, sin embargo, deberíamos remontarnos a su modelo y a su realidad verdadera, elevando nuestra mirada a todos esos inteligibles que tienen en este modelo la eternidad, el conocimiento de sí (...)
-
Plotino - Tratado 10,5 (V, 1, 5) — Quem engendrou o Intelecto e as realidades inteligíveis?
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
5. Tal es este dios múltiple, que existe en el alma unida estrechamente a estas regiones, y siempre que ella no quiera abandonarlas . Próxima como está a la Inteligencia y formando unidad con ella, trata naturalmente de preguntarse: ¿quién ha engendrado la Inteligencia y cuál es el término simple anterior a ella, la causa de su ser y la razón de su multiplicidad, a la que se debe el número? Porque el número no es lo primero, sino que la unidad precede a la dualidad, ya que ésta, (...)
-
Schopenhauer (MVR1:184-185) – o infundado de cada coisa na natureza
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
— Pois em cada coisa na natureza há algo a que jamais pode ser atribuído um fundamento, para o qual [I 148] nenhuma explanação é possível, nem causa ulterior pode ser investigada. Trata-se do modo específico de seu atuar, ou seja, justamente a [184] espécie de sua existência, sua essência. Para cada efeito isolado de uma coisa pode-se demonstrar a causa da qual se segue e que lhe permite o fazer-efeito exatamente agora, exatamente aqui, mas nunca se pode demonstrar por que essa coisa em (...)
-
Plotino - Tratado 45,12 (III, 7, 12) — A temporalidade do mundo sensível
21 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
12. Debemos pensar la naturaleza del tiempo como un avance progresivo de la vida del alma según cambios uniformes y semejantes entre sí. Este avance tiene lugar silenciosamente, por la misma continuidad de la acción del alma. Pero hagamos de nuevo, mentalmente, que la potencia del alma remonte a lo inteligible y detengamos por un momento esa vida que no puede cesar ni concluir, siendo como es, no un acto del alma que se dirige hacia ella o está en ella, sino más bien algo que se (...)
-
Plotino - Tratado 33,17 (II, 9, 17) — Sobre a beleza
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
17. El odio que sienten hacia esos seres y, sobre todo, a la naturaleza del cuerpo, ¿se deberá a que han oído que Platón reprochaba con frecuencia al cuerpo el ser un obstáculo para el alma, atribuyendo a todo cuerpo una naturaleza inferior? Sería preciso que quitasen al mundo, con el pensamiento, su propia corteza corpórea y que viesen entonces todo lo que queda de él: esto es, la esfera inteligible que encierra en sí la forma del mundo y esas almas que, sin contar con los (...)
-
Plotino - Tratado 38,13 (VI, 7, 13) — A unidade do inteligível admite a multiplicidade das formas
27 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
13. Ni el alma ni la inteligencia que provienen de aquí son seres simples. Toda la variedad de las cosas se da en ellas, pero solamente en cuanto esas mismas cosas conserven su simplicidad y no ofrezcan composición, cual si se tratase de un principio o de un acto. El acto del ser que ocupa el último lugar en el mundo inteligible es un acto simple, mientras que el acto del ser que ocupa el primer lugar es todos los actos. La inteligencia que se mueve no varía nunca su movimiento y (...)
-
Plotino - Tratado 33,6 (II, 9, 6) — Contra a arrogância dos gnósticos em relação a Platão e aos antigos
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
6. ¿Y qué hemos de decir de las otras hipóstasis que ellos admiten, como las migraciones, las representaciones adecuadas y los cambios de opinión? Porque si consideran como cambios de opinión las afecciones del alma y como representaciones adecuadas lo que se da en el alma cuando ésta contempla las imágenes de los seres, pero no los seres mismos, es claro que se trata de vaciedades para otorgar algún sentido a su propia doctrina. Todas estas cosas son maquinaciones de quienes no (...)
-
Plotino - Tratado 47,16 (III, 2, 16) — Se tudo está bem disposto, como poderia haver males?
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
16- Pero, si esto es así, ¿cómo existe todavía el mal? ¿Dónde se encuentran la injusticia y el error? ¿Cómo, si todo está bien, pueden realizarse actos injustos y cometerse errores? ¿Y por qué se dan seres desgraciados, si no han cometido faltas ni han sido injustos? ¿Cómo, en estas condiciones, diremos que hay unos hechos de acuerdo con la naturaleza y otros contrarios a ella, cuando todo lo que ocurre está conforme con la naturaleza? ¿Cómo se puede ser impío hacia el ser divino (...)
-
Cassirer (ICR) – Aparência e Ideia
10 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro
Azenha & Viaro
A cosmovisão de Platão é caracterizada pelo rígido recorte que ele faz entre o mundo sensível e o mundo inteligível; entre o mundo dos fenômenos e o das ideias. Ambos os mundos — o mundo do “visível” e o do “invisível”, o mundo do ορατόν [horatón] e do νοητόν [noetón] — não se encontram num mesmo plano e não permitem, portanto, qualquer tipo de comparação imediata. Ao contrário: cada um deles é o extremo oposto, ο ετερον [héteron] (outro) do outro; por isso mesmo, (...)
-
Plotino - Tratado 26,15 (III, 6, 15) — As formas estão na matéria como as representações na alma
23 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
15. En cuanto a las cosas que reúnen en sí mismas el fuego del sol y que son iluminadas por un fuego sensible, diremos que son también seres sensibles. Por ello aparece claro que los rayos aquí reunidos provienen del exterior, y se siguen, están cercanos y se tocan, mostrando sus dos extremos. Tratándose de la materia, la forma le es exterior, pero en otro sentido. Porque basta ya que su naturaleza sea diferente y no hay necesidad de contar con los dos extremos. Diremos más: la (...)
-
Plotino - Tratado 10,11 (V, 1, 11) — A alma individual tem nela mesma o Intelecto e o Uno
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
11. El alma razonable debe ocuparse de las cosas justas y hermosas, y preguntarse a su vez si tal o cual cosa es justa y hermosa. Para ello habrá de tener una idea firme de la justicia, que sirva de base a su razonamiento, porque de otro modo, ¿cómo podría razonar? Y , si es verdad que el alma unas veces razona y otras no, no conviene que sea la parte razonable la que se ocupe de esto sino precisamente la inteligencia, que es la que conserva en nosotros la idea misma de la (...)
-
Plotino - Tratado 47,18 (III, 2, 18) — As almas não são todas iguais
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
18- Las almas son, pues, buenas y malas y por motivos diferentes; unas lo son así ya desde un principio y no coinciden con las restantes. Porque ellas mismas constituyen partes desiguales con respecto a la razón, dado que las almas se mantienen separadas. Hemos de pensar a tal fin que existen almas de segundo y tercer grado y que un alma no actúa siempre por las mismas partes. Pero volvamos de nuevo a la cuestión y, como el tema exige todavía muchas aclaraciones para su perfecta (...)
-
Plotino - Tratado 27,16 (IV, 3, 16) — Os diferentes níveis de descida da alma (2)
20 de abril de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
16. Los castigos que, en orden a la justicia, acontecen a los malos, conviene referirlos a esta ordenación, que es la verdaderamente debida. Pero, ¿y en cuanto a los males que, en forma de castigos, de escasez de recursos o de enfermedades, suceden contra toda justicia a los hombres de bien? ¿No convendría atribuirlos a una falta anterior? Porque hemos de tener en cuenta que todos estos males, ligados de algún modo a las cosas y anunciados por ciertos signos, se manifiestan (...)