Do conatus vieram as definições do apetite e do desejo e sua identidade; dele decorrem, agora, as definições dos afetos que Espinosa, juntamente com o desejo (cupiditas), designa como “afetos primários”, dos quais se derivam todos os outros: a alegria (laetitia) e a tristeza (tristitia). Esses afetos são designados paixões da mente:
Por alegria, entenderei na sequência a paixão pela qual a mente passa (transit) a uma maior perfeição. Por tristeza, a paixão pela qual ela passa (transit) a (...)
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Chauí
Matérias
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Chaui (NR2) – perfeição em Espinosa
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Chauí (NR) – DECIFRAR UM HIEROGLIFO?
11 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroComo alcançar o sentido de textos escritos numa língua de que se perderam palavras, expressões idiomáticas e ornatos, em que o sentido de inúmeros vocábulos tornou-se incompreensível e da qual "não dispomos de dicionário, gramática nem retórica"? Com que forças venceremos "o tempo voraz que tudo abole da memória dos homens"? Com essas indagações, que pareceriam indicar um passado inacessível e sob as quais se adivinham os versos de Ovídio, Espinosa abre uma via de acesso ao pensamento de (...)
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Chaui (NR2) – constituição da norma
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSeparando autor e obra, menosprezando o juízo do autor, perdendo a singularidade da ação produtora e de seu efeito singular, a imaginação realiza três operações que Espinosa analisa no Compêndio de gramática hebraica ao mostrar como se dá a passagem de um verbo ou significado de ação à cristalização imóvel de um adjetivo que, a seguir, será substantivado. No caso presente, a imaginação começa por perder o significado verbal de perfectus/ imperfectus como particípios passados de perficere, (...)
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Chaui (E:14-15) – imanência
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroNa Ética [de Espinosa] é afirmada a imanência da substância absolutamente infinita aos seus efeitos como a nervura que sustenta todas as coisas singulares e faz com que se comuniquem, articulando-se umas às outras. A substância se autoproduz na autoprodução de seus infinitos atributos infinitos (ou infinitas ordens infinitas de realidade que agem em uníssono) e na produção imanente de todos os seus modos determinados, cada um deles exprimindo de maneira certa e determinada a essência e a (...)