Excerto de PASCAL, Blaise. Pensamentos. Tr. Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 235-237
Num [espírito de geometria] os princípios são palpáveis mas afastados do uso comum, de sorte que se tem dificuldade para virar a cabeça para esse lado, por falta de hábito: mas, por pouco que se vire, veem-se os princípios plenamente; e seria preciso ter o espírito totalmente falso para raciocinar mal sobre princípios tão patentes que é quase impossível que eles escapem.
Mas, no espírito de (...)
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Pascal
Matérias
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Pascal (P:S22,512) – espírito de geometria e de finura
11 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Barbuy: Kierkegaard (1) - Desespero
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroNotas de uma palestra pronunciada na “Semana de Kierkegaard”, sob os auspícios do Instituto Brasileiro de Filosofia e da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de S. Paulo, publicadas na “Revista Brasileira de Filosofia”, vol. VI, fasc. 1, 1956. BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 181-188
A teoria do desespero em Kierkegaard demonstra que o drama do espírito humano não tem apenas raízes psicológicas, mas radica também no próprio ser do homem; o (...) -
Merleau-Ponty (S:166-169) – subjetividade
2 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de MERLEAU-PONTY, Maurice. Signos. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 166-169
português
Que há em comum nessas filosofias esparsas por três séculos que agrupamos sob a insígnia da subjetividade? Há o Eu que Montaigne amava acima de tudo, e que Pascal odiava, aquele de que [167] mantemos registro diário, de que anotamos as audácias, as fugas, as intermitências, as voltas, que experimentamos ou testamos como um desconhecido. Há o Eu que pensa de Descartes e de Pascal ainda, aquele que (...) -
Blaise Pascal (1623-1662)
11 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Julián Marías — O TEMA DO HOMEM]
Blaise Pascal nasce em 1623 e morre, antes de completar os quarenta anos, em 1662. Sua vida precoce, atormentada e genial é bem conhecida. Suas descobertas matemáticas, suas polêmicas teológicas, sua relação com os jansenistas franceses, determinam sua figura, especialmente interessante e enigmática. Por outro lado, sua paixão, seu apelo ao que chama "coeur", seu caráter de pensador agônico, como dizia Unamuno, deram-lhe um atrativo extraordinário, não sem o risco de (...) -
Gusdorf: duas racionalidades no berço da modernidade
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroG. Gusdorf, La révolution galiléenne, p. 94.
A Europa é atingida, no final do século XVI, por uma profunda crise intelectual e moral, afetando o pensamento, científico, a teologia, a literatura e as artes. No domínio científico, duas racionalidades estão em confronto: a) a Aristotélica, pretendendo ser uma racionalidade das essências, não consegue sobreviver à crise barroca, acreditando na inacessibilidade de uma essência das coisas; b) a nova racionalidade, de tipo geométrico, para sobreviver, sofre (...)