Espoir à vous! Je tombai dans le sable et à l’heure adverse Que Dieu concède aux siens Pour l’intervalle où l’âme engloutie habite Des songes qui sont Dieu.
Qu’importent le sable et la mort et l’infortune Si je me suis avec Dieu gardé ? C’est Celui que je me suis rêvé qui éternel perdure, C’est Tel que je retournerai.
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Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935)
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Matérias
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Pessoa: DON SÉBASTIEN
23 de outubro de 2008, por Cardoso de Castro -
Pessoa: CRÍ TICA DA TEORIA DE PLATÃO
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
Erra Platão quando diz que só a Beleza é Bela, que só a Brancura é verdadeiramente branca. Pois ser belo significa «participar na Beleza» e ser branco significa «participar na brancura», possuir a brancura nalgum grau. Mas a Beleza não possui Beleza, nem a Brancura possui o branco.
Quando, vendo que o infinito contém todos os números, dizemos que ele é o único número verdadeiro, estamos a cometer o (...) -
Pessoa: O PENSAMENTO DE DESCARTES
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O verdadeiro método de exame metafísico foi-nos indicado por Descartes — o método da dúvida universal.
É até aqui o verdadeiro método metafísico que a mais recente filosofia determinou e de que, antes de estudarmos a metafísica, devemos primeiro criticar o conhecimento humano, a percepção e os seus limites e possibilidades. Quando filosofamos, a nossa primeira ação mental é, pois, a de expulsar o (...) -
Pessoa: O PENSAMENTO IDEALISTA
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O que é característico no Idealismo não é tanto o querer-se procurar fora da matéria uma causa da causa do universo. Para o idealista o que importa é procurar uma explicação do universo que seja também uma explicação do valor moral da vida humana.
Para o Idealismo Objetivo o que é de real no universo é qualquer coisa idêntica a uma coisa do espírito, e.g. Mônada. Leibnitz.
Para o Idealismo Subjetivo (...) -
Pessoa: O cloche de mon village
12 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroO cloche de mon village, plaintive dans le soir calme, il n’est un de tes battements qui dans mon âme ne résonne.
Il est si lent, ton rythme, triste ainsi que celui de la vie, que le premier coup a déjà l’accent d’une redite.
D’aussi près que tu résonnes, quand je passe, éternel errant, tu m’es un songe quasiment, en mon âme tu retentis lointaine.
A chaque coup que tu égrènes, vibrant dans le ciel sans frontières, je sens plus lointain le passé, je sens la nostalgie plus (...) -
Schopenhauer (MVR2:288-289) – identidade da pessoa
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução, Apresentação, Notas e índices Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 288-289]
10) Em que se baseia a IDENTIDADE DA PESSOA? — Não na matéria do corpo: esta é outra após alguns poucos anos. Não na forma dele: esta muda no todo e em cada uma das suas partes; exceto na expressão dos olhos, pela qual, por conseguinte, mesmo depois de muitos anos, ainda (...) -
Pessoa: INDIVÍ DUO, SOCIEDADE E NAÇÃO
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". Textos filosóficos e esotéricos.
A Individualidade Humana
Por carácter (em grego ethos) entendo a manifestação social da individualidade. A individualidade manifesta-se de três maneiras, seguindo as três divisões radicais (não importa agora analisá-las) da inteligência, sensibilidade e vontade, ou se melhor julgarem, desejo — a faculdade pela qual nos exteriorizamos. E a esta que se liga o carácter, que é, já o dissemos, (...) -
Pessoa: INITIATION
12 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroTu ne dors pas sous les cyprès car il n’est de sommeil en ce monde... Le corps est l’ombre des vêtements qui dissimulent ton être profond.
Vient cette nuit qu’est la mort, et l’ombre s’achève sans avoir été. Tu vas dans la nuit, simple silhouette, Égal à toi contre ton gré.
Mais à l’Hôtellerie de l’Épouvante les Anges t’arrachent ton manteau. Tu poursuis sans manteau sur l’épaule avec le peu qui te protège.
Lors les Archanges du Chemin te dépouillent et te laissent nu. Tu n’as plus ni vêtements ni rien : tu (...) -
Pessoa: Tabacaria
7 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroNão sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a pôr humidade (...) -
Pessoa: DON SÉBASTIEN - ROI DE PORTUGAL
23 de outubro de 2008, por Cardoso de CastroFou, certes, d’avoir désiré la grandeur Telle que jamais le Hasard ne l’octroie. Elle ne tenait pas en moi, ma certitude; Partant, sur le désert de sable est demeuré Mon être ancien, non celui qui perdure.
Ma folie, que d’autres me la prennent Avec sa conséquence et ses effets. Sans la folie, que serait l’homme D’autre que l’animal bien portant, Cadavre ajourné qui procrée ? -
Pessoa: NIETZSCHE E O PAGANISMO
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
«Quanto ao caso de Nietzsche, acho que V. tem razão — a razão que, em qualquer coisa se pode ter.
»O paganismo de Nietzsche é um paganismo de estrangeiro. Há erros constantes de pronúncia na sua interpretação do helenismo. Ainda se aceita que um alemão europeu (isto é, de antes de Bismarck) pudesse compreender a Grécia antiga; mas um alemão, isto é, como Nietzsche, um polaco ou checo, ou qualquer (...) -
Hume: identidade pessoal
12 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroHUME, David. Tratado da natureza humana. Uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. Tr. Déborah Danowski. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 283-288
Danowski
1 Há filósofos que imaginam estarmos, em todos os momentos, intimamente conscientes daquilo que denominamos nosso EU [our SELF] ; que sentimos sua existência e a continuidade de sua existência; e que estamos certos de sua perfeita identidade e simplicidade, com uma evidência que ultrapassa a de uma (...) -
Pessoa: Un Dieu naît
12 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroUN Dieu naît. D’autres meurent. La vérité n’est ni venue ni partie : l’Erreur seule a changé. Nous avons maintenant une autre Éternité, et le meilleur des mondes est bien celui qui fut. Aveugle, la Science laboure une glèbe stérile. Folle, la Foi vit le songe de son culte. Un Dieu nouveau n’est rien qu’une parole. Ne cherche ni ne crois : tout est occulte.
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Pessoa: NATUREZA E REALIDADE
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". Fragmentos do acervo do autor sobre tempo, espaço, ser, matemática, realidade, categorias... [Texto possivelmente de 1915-1916]
1 — TEMPO, ESPAÇO E SER
O tempo em si contém a possibilidade de todas as durações: o espaço em si a possibilidade de todos os tamanhos, de todas as extensões; a forma em si a possibilidade tanto do círculo como do triângulo, a possibilidade de todas as formas.
Assim como o tempo-em-si, isto (...) -
Pessoa [OC6] – O PROVINCIANISMO PORTUGUÊS
27 de julho de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de PESSOA, Fernando. Obras Completas (box completo - ebook)
Se, por um daqueles artifícios cômodos, pelos quais simplificamos a realidade com o fito de a compreender, quisermos resumir num síndroma o mal superior português, diremos que esse mal consiste no provincianismo. O fato é triste, mas não nos é peculiar. De igual doença enfermam muitos outros países, que se consideram civilizantes com orgulho e erro.
O provincianismo consiste em pertencer a uma civilização sem tomar parte no (...) -
Pessoa (LD:PLV80/149) – homem
12 de agosto de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de PESSOA, Fernando. Livro(s) do Desassossego. São Paulo, 2017 (edição digital, formato epub)
Muitos têm definido o homem, e em geral o têm definido em contraste com os animais. Por isso, nas definições do homem, é frequente o uso da frase “O homem é um animal...” e um adjectivo, ou “O homem é um animal que...” e diz-se o quê. “O homem é um animal doente”, disse Rousseau, e em parte é verdade. “O homem é um animal racional”, diz a Igreja, e em parte é verdade. “O homem é um animal que usa de (...) -
Pessoa: REFLEXÕES SOBRE O HOMEM
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". Textos filosóficos e esotéricos.
1. O homem é um animal irracional, exatamente como os outros. A única diferença é que os outros são animais irracionais simples, e o homem é um animal irracional complexo. É esta a conclusão a que nos leva a psicologia científica, no seu atual estado de desenvolvimento. O subconsciente, inconsciente, é que dirige e impera, no homem como no animal. A consciência, a razão, o raciocínio são (...) -
Pessoa: O COMUNISMO, UM DOGMATISMO SEM SISTEMA
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
Ao contrário do catolicismo, o comunismo não tem uma doutrina. Enganam-se os que supõem que ele a tem. O catolicismo é um sistema dogmático perfeitamente definido e compreensível, quer teologicamente, quer sociologicamente. O comunismo não é um sistema: é um dogmatismo sem sistema — o dogmatismo informe da brutalidade e da dissolução. Se o que há de lixo moral e mental em todos cérebros pudesse ser (...) -
Pessoa: NO TÚMULO DE CHRISTIAN ROSENKREUZ
1º de agosto de 2014, por Cardoso de CastroI
Quando, despertos deste sono, a vida,
Soubermos o que somos, e o que foi
Essa queda até Corpo, essa descida
Até à Noite que nos a Alma obstrui,
Conheceremos pois toda a escondida
Verdade do que é tudo que há ou flui?
Não: nem na Alma livre é conhecida...
Nem Deus, que nos criou, em Si a inclui.
Deus é o Homem de outro Deus maior:
Adam Supremo, também teve Queda;
Também, como foi nosso Criador,
Foi criado, e a Verdade lhe morre...
De além o Abismo, Siprito Seu Lha veda;
Aquém não a há no Mundo, (...) -
Pessoa : Subsolo
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExtraits de «Fernando Pessoa e a Tradição Hermética»
Os Evangelhos são somente dramatizações — ou, em outras palavras, christianizações — da tragédia de Lydda. São rituaes dramáticos, e os trez primeiros evangelhos — os chamados synopticos — são primeiras redacções: só no Quarto Evangelho está acabada a dramatização, e postos os sellos mágicos. Porisso, para o Catholico verdadeiro, são dispensáveis os outros Evangelhos. Quanto ao Velho Testamento, não é para elle mais que litteratura hebraica, que pode ler como (...)
Notas
- Alberto Caeiro (23): Alma
- Ávaro de Campos: Viver é desencontrar-se consigo mesmo (17-6-1929)
- CC-HistoriaPessoal
- Eckhart - das pessoas não desapegadas
- Eudoro de Sousa (MHM:136-137) – sujeito
- Fernando Pessoa
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- Nisargadatta: não és uma pessoa...
- Pessoa (LD:118/326) – sonho a vida real
- Pessoa (LD:163) – falta de imaginação
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