Paul Ricoeur - Interpretação e Ideologias Alternativa: Habermas - A crítica das ideologias Gostaria de apresentar agora o segundo protagonista desse debate, que será reduzido, para a clareza da discussão, a um simples duelo.
Situarei em quatro itens sucessivos sua crítica das ideologias, enquanto alternativa a uma hermenêutica das tradições.
1. Onde Gadamer toma de empréstimo ao romantismo filosófico seu conceito de preconceito, reinterpretado mediante a noção heideggeriana de pré-compreensão, (...)
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Freud
Matérias
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Ricoeur Habermas
22 de março -
Ricoeur Crítica
22 de marçoPaul Ricoeur - Interpretação e Ideologias Reflexão hermenêutica sobre a crítica Gostaria agora de elaborar, sobre a crítica das ideologias, uma reflexão simétrica à precedente, que visaria a pôr à prova a reivindicação de universalidade da crítica das ideologias. Não espero que essa reflexão conduza a crítica das ideologias ao aprisco da hermenêutica, mas que comprove o intuito de Gadamer, segundo o qual as duas "universalidades" - a da hermenêutica e a da crítica das ideologias - interpenetram-se. Também (...)
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Comunicação verbal
22 de marçoChaim Samuel Katz Aprendeu-se com Kant que aquilo que se denomina "real" não se impõe ao conhecimento como as impressões numa cera (de acordo com o tomismo). "Denomino ’Forma’ do fenômeno aquilo que faz com que o diverso do fenômeno seja organizado na intuição de acordo com certas relações". Esta síntese do pensamento é admissível "não apenas para o conhecimento teórico mas para cada modo e direção fundamentais de nossa formação intelectual". Com Cassirer se aprenderá que a linguagem falada é também (...)
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conotação e denotação
22 de marçoChaim Samuel Katz Termos como "conotação" e "denotação" são dificilmente definíveis. Dados no interior de uma teoria, só ali se explicitam. Haveria, portanto, que elaborar também a teoria. Dá-se o fato que, conforme se insistiu na definição de todos os verbetes deste Dicionário, não há uma teoria da Comunicação unificada, ou uma obra base que pudesse servir de referência à problemática da Comunicação (como, por exemplo, a obra de Freud na psicanálise). Por isto devem-se situar estes dois termos dentro de (...)
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Nothomb Árvores Paraíso
29 de marçoEsqueçam a abundante Iconografia imaginando o paraíso terrestre com a vegetação luxuriante e variada que parece se impôr neste lugar de delícias. O relato do Gênesis o ignora e mesmo de erva não fala senão negativamente. Para assinalar sua ausência antes, e sua ameaça depois, aí ajuntando os cardos e os espinhos. No texto, o Jardim do Éden não contém explicitamente senão árvores, um rio de quatro "cabeças" que o banha e animais para ter companhia a Adão, única criatura anterior a sua plantação (do Jardim do (...)
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Barbuy: Pavlovismo como Teoria da Vida
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 213-238
1. O pavlovismo se apresenta como o último remanescente das interpretações mecânicas da vida. Formulado no estilo e no espírito das teorias mecanicistas do século XIX, não ultrapassa os quadros do positivismo e constitui ainda hoje, como teoria, uma re-exposição do naturalismo científico. Como todo positivismo do século XIX, a teoria de Pavlov pretende ser o resultado de um rigoroso método indutivo, uma (...) -
Jaspers: A EXIGÊNCIA DE CIENTIFICIDADE
23 de marçoRazão e anti-razão em mosso tempo Karl jaspers Trad. Álvaro Vieira Pinto Conferências na Universidade de Heidelberg 1950
Textos de Filosofia Contemporânea Instituto Superior de Estudos Brasileiros 1958
Primeira conferência: A EXIGÊNCIA DE CIENTIFICIDADE
A EXIGÊNCIA DE CIENTIFICIDADE
Não temos hoje no filosofar nenhum terreno comum. Uma exceção é a filosofia tomista, para os seus crentes. Espiritualmente a grande distância desta, há as escolas e os movimentos literários, que se agrupam em redor de (...) -
Habermas (TCI) – racionalidade e racionalização
2 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroHABERMAS, Jürgen. A técnica e ciência como “ideologia”. Tr. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, sem data
Max Weber introduziu o conceito de «racionalidade» para definir a forma da actividade econômica capitalista, do tráfego social regido pelo direito privado burguês e da dominação burocrática. Racionalização çignifica, em primeiro lugar, a ampliação das esferas sociais, que ficam submetidas aos critérios da decisão racional. A isto corresponde a industrialização do trabalho social; com a consequência de que os (...) -
Fernandes (SH:302-305) – o lugar da Ética é o Inferno
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[FERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, 302-305]
Escrever a última Seção [A Questão da Ética], em que apenas rapidamente desloco a valoração das suas supostas origens num “agente livre e moralmente responsável” para a reatividade inconsciente da Mente, do Pensamento e da Linguagem está em consonância, assim como a própria “desconstrução” da problemática da Ética, com o “espírito do tempo” — o que destoou terá sido, (...) -
Acontecimento Simbolico
28 de marçoO ACONTECIMENTO SIMBÓLICO O símbolo é uma unidade (sym-bólica) que pressupõe um rompimento. Em princípio, encontram-se desencaixadas nele a forma simbolizante, ou o aspecto manifesto e manifestativo do simbólico (dada a visão, a percepção e a audição), e aquilo que é simbolizado no símbolo é que constitui seu horizonte de sentido. Eles possuem certas formas, figuras, presenças, traços ou palavras, mas não dispõem das chaves que permitem orientar-se devidamente com relação ao que significam. Há, portanto, um (...)
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Grassi: Sinais e espírito (I)
23 de marçoPoder da Imagem - Impotência da Palavra Racional Ernesto Grassi Trad. Henriqueta Ehlers & Rubens Siqueira Bianchi Livraria Duas Cidades 1978
Segunda Parte - IV - 1
1. Sinais conscientes e inconscientes
Estamos lidando com a insuficiência da palavra racional e a prominência da palavra indicativa, que se mostrou como expressão pictórica. Podemos, então, concluir que prevalecem a imagem, o sinal, o esquema? Nossa tarefa imediata consiste em investigar o papel que desempenham o sinal e o (...) -
Jung e Divino
28 de marçoSantos Psicologia Simbologia - CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA MODERNA À SIMBOLOGIA (cont.)
JUNG E O DIVINO Se nós nos colocamos dentro da nossa esquemática histórico-social, cujas bases morais, sobretudo no que se refere ao fisiológico, põem-lhe a dúvida ou a pecha de indecente, parece-nos, então, que o pensamento freudiano seria mais justo, pois, neste caso, o nosso espírito usaria uma linguagem simbólica, coagido pela censura do super-ego, que é social, e expressar-se-ia por semelhanças, por não poder (...) -
Outro
28 de marçoVIDE: EVA; QUEDA; MESMO-OUTRO Bíblia das Origens - BÍBLIA DAS ORIGENS Paul Nothomb: Ça ou l’histoire de la pomme racontée aux adultes
"Não é bom que o ser humano esteja só para ele" (Gn 2,18). A fórmula "o ser humano" (em hebreu heyot haadam) não aparece em nenhuma parte da Bíblia, e me parece significar aqui que reúne todas as facetas possíveis do homem, desde o Adão original até o indivíduo da condição humana para afirmar que o "eu" não pode se passar do "tu" (v. Martin Buber). Que o "tu" ou o "ele" ou o (...) -
Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (4)
23 de marçoAntropologia Filosófica Ernst Cassirer Trad. Vicente Felix de Queiroz Editora Mestre Jou 1972
Em 1754, Denis Diderot publicou uma série de aforismos intitulada Pensées sur l’interprétation de la nature. Neste ensaio declarava que a superioridade da matemática no domínio da ciência já não é incontestada. A matemática, asseverava, alcançou tão alto grau de perfeição que já não é possível nenhum progresso; daqui por diante, permanecerá estacionária.
Nous touchons au moment d’une grande révolution dans les (...) -
Fernando Gil (ME:22-26) – a sugestão
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFernando Gil, MODOS DA EVIDÊNCIA. Lisboa: INCM, 1998, p. 22-26
«Se, de acordo com o imaterialismo, a matéria não existe, como vemos o que vemos?» Rosa Alice Branco consagrou a sua tese de mestrado a esta pergunta, que está no cerne da filosofia do conhecimento de Berkeley.
Será então preciso recorrer a Deus para assegurar a realidade do mundo? A leitura de Rosa Alice Branco sugere, é caso de o dizer, que a percepção contém dentro de si, na sua finitude, recursos suficientes para instituir a (...) -
Jaspers: Psicanálise
23 de marçoCitado em Jeanne Hersch, "Karl Jaspers". Trad. Luis Guerreiro P. Cacais.
a) Em Freud, trata-se de fato de psicologia compreensiva e não de explicação causal, como ele pensava. Há, é verdade, explicações causais que desempenham um certo papel, quando dados físicos, aos quais se liga um conjunto de relações compreensíveis, são tidos como causas, por exemplo, da paralisia de um braço, de um distúrbio de consciência, etc.
b) Freud leva-nos ao conhecimento indiscutível de numerosas relações compreensíveis (...) -
Marie Madeleine Davy Mundo
29 de marçoRetirado do livro "O Deserto Interior" traduzido por Benôni Lemos, Ed. Paulinas Como vai o mundo? Olha estas coisas como homem. Marco Aurélio
No século IV, quando um eremita recebia um visitante num dos desertos do Egito ou da Palestina, perguntava-lhe logo: "Como vai o mundo?"
Pode-se facilmente imaginar a resposta: "O mundo vai mal!..." E os infortúnios do mundo desfilavam como as contas do rosário.
Ouvindo, o eremita poderia murmurar no coração: "Como fiz bem em deixar o mundo; eu poderia (...) -
Nietzsche, Sonambulo el Día, por Oscar Portela
23 de marçoNietzsche, Sonámbulo del día Escrito por Oscar Portela
..."lo último que deseo es "fama" y "ruido" en los periódicos y "veneración de discípulos"; he visto demasiado de cerca lo que todo ello significa hoy. Me sentiría en medio de ello mas solitario que ahora, y quizás aumentaría espantosamente mi desprecio de los hombres". (A su hermana, Sils María, a finales de julio de 1885).
La relación de la época de Nietzsche es sin embargo equívoca. El no pidió oficinas de prensa y propaganda, sino (...) -
Buzzi (IP:31-32) – o mito
7 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroBUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar (sexta edição). Petrópolis: Vozes, 1976, p. 31-32
O MITO, embora na linguagem comum o termo seja usado como sinônimo de crença dotada de validade mínima e de pouca verossimilhança, não deve ser visto como produto de uma atividade secundária e subordinada do intelecto. Porque o saber lógico-científico não consegue controlar a linguagem mítica, considera-a como ilógica. O ilógico é um termo criado pelo poder lógico para dominar o que não pode. Por conseguinte, quando a (...) -
Oscar Portela: Aquel arte inicuo
23 de marçoAquel arte inicuo
...Y si finalmente nos diéramos cuenta que somos el tardío y apagado eco de un antiguo error. ¿Dónde irían a parar tantas certezas que sostenemos y nos sostienen. Este juego especular al que cándidamente llamamos "realidad"? Aquí mismo, por supuesto. ¿Dónde más? “Tener razón” C.G.E.
Época de simplificaciones. El diálogo debe adquirir, para pasar por el fino ojo de la cerradura comunicacional y mediática, un cierto formato “standard”. Algunas de las características de este formato son (...)
Notas
- Benoist Signos Simbolos Mitos
- Borella Sentido
- Borella Simbolismo
- Bugault Filosofias
- Crítica Hermenêutica
- Eliade Aspectos Mito
- Hermenêutica Crítica
- Imagens Oníricas
- Julian de Norwich Sensualidade
- Lavastine: Artha et Kama
- Macho-Fêmea
- O destino de Empédocles
- Santos Psicologia Simbologia
- Santos Simbólica Bibliografia
- Scholem Goethe
- Schubert
- Wei Wu Wei Arlequim