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Parmenides / Parménide / Parmênides / Parménides / Παρμενίδης
Parmênides de Eléia, pré-socrático pitagórico do século VI-V aC
LÉXICO
OBRA NA INTERNET:
Parmênides, continuador de Xenófanes, não descobriu outra solução senão negar a mudança e suprimir assim a realidade do tempo. Não admite nem destruição, nem geração, nem movimento, nem transformação. Proclama que o ser verdadeiro e universal era «intransmutável e imperecível», que ele «não desdobrava formas variadas para reabsorvê-las em seguida nele mesmo, mas como era e com será de toda eternidade ». [COSMOGONIAS FILOSÓFICAS]
- Parm. 130e-131e — A participação e suas dificuldades
- Parm. 132a-132b — A Ideia, princípio de unidade
- Parm. 132a-135c — Dificuldades da transcedência das Ideias
- Parm. 132b-132c — A Ideia representativa
- Parm. 132c-133a — A Ideia modelo (paradigma ).
- Parm. 135c-137c — O treinamento dialético
- Parm. 138a-138b — Uno nem em si mesmo nem em outra coisa
- Parm. 138b-139b — Uno, nem em repouso, nem em movimento
- Parm. 139b-139e — Uno, nem idêntico, nem diferente
- Parm. 139e-140b — Uno, nem semelhante, nem dissemelhante
- Parm. 140b-140d — Uno, nem igual, nem desigual
- Parm. 140e-141d — Uno, nem velho, nem novo
- Parm. 141d-142a — Uno escapa ao ser e ao conhecimento
- Parm. 142c-143a — O Uno é um todo e se desdobra em uma infinidade de partes
- Parm. 143a-144a — Série infinita dos números...
- Parm. 144b-144e — que comporta uma igual infinidade do Ser e do Uno
- Parm. 144e-145b — O Uno tem uma configuração
- Parm. 145b-145e — O Uno está nele mesmo e em outra coisa
- Parm. 145e-146a — O Uno está em movimento e em repouso
- Parm. 146a-147b — O Uno é idêntico e diferente
- Parm. 147c-148d — O Uno é semelhante e dissemelhante
- Parm. 148d-149d — O Uno é contíguo e não contíguo
- Parm. 149d-151e — O Uno é igual e desigual
- Parm. 151e-155c — O Uno é no Tempo
- Parm. 152a-152e — O Uno é mais velho e mais jovem que si mesmo
- Parm. 152e-155c — O Uno a respeito das outras coisas
- Parm. 154a-155c — O Uno não advém e advém
- Parm. 155c-155e — O Uno é conhecível
- Parm. 160d-161e — O Uno é sujeito de todas as relações
- Parm. 161e-162b — O Uno possui o Ser e o Não-Ser
- Parm. 162b-163b — O Uno contém o movimento e o repouso
Matérias
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Parmênides – Poema - Fragmento 8
7 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Só resta falar de um caminho da inquirição: ’o que é’. Neste há muitos sinais de que ’o que é’ não foi gerado nem há-de perecer, pois aí está como um todo, único, inabalável, completo. Nunca ele foi nem será, porque é agora todo ele, um só, contínuo. Pois que origem querias que ele houvesse tido? Como, donde teria ele crescido? [tr. Eudoro de Sousa]
EUDORO DE SOUSA
8. «Só resta falar de um caminho da inquirição: ’o que é’. Neste há muitos sinais de que ’o que é’ não foi gerado nem há-de perecer, pois aí está (...)
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Parmênides – Poema
7 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Desde muito tempo, convém que se sublinhe o caráter estranho da mise-en-scène na filosofia parmenídica: uma viagem num carro conduzido pelas filhas do Sol, uma via reservada ao homem que sabe, um caminho que conduz às portas do Dia e da Noite, uma deusa que revela o conhecimento verdadeiro, em suma, um conjunto mítico e religioso de imagens que contrasta singularmente com um pensamento filosófico tão abstrato quanto aquele que trata de Ser em si. [Marcel Détienne]
Gerd Bornheim
O poema de (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:160-165) – Diálogo com os pré-socráticos
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Excertos de DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 160-165
2.a De acordo com Heidegger, a atividade mais futurosa do pensar de hoje consistiria no reatamento do diálogo com os primeiros filósofos; V. que se empenhou nesta árdua tarefa, a qual pode ser descrita, nos termos do seu livro, como o defrontar-se da filosofia com sua origem e seus confins, diga-nos o que, segundo lhe parece, torna justamente agora oportuno e possível (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:118-123) – interpretação da República VI e VII (504d-517c)
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 118-123]
REPÚBLICA VI e REPÚBLICA VII
68. Só para desentranhar todas as implicações destas poucas páginas da República, necessário seria escrever um livro inteiro. Supondo que não nos tenhamos omitido de ler com a devida atenção nenhum dos mais importantes comentários que constam da bibliografia especializada, digamos, para começar, que só nos ocorre uma excepção (Fergusson) ao quase unânime (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:161-163) – antipositivismo
11 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 161-163
1.a Segundo declara no «Prefácio», a intuição de que partiu para escrever sua última obra, Horizonte e Complementaridade, lhe adveio de um exame da bibliografia de Parmenides; sem dúvida, tem lugar no dito livro uma discussão em profundidade das mais importantes teses que a respeito deste filósofo recentemente se formularam, e aí V. várias vezes toma partido com firmeza em pró de umas e (...)
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Kingsley (DPW:93-96) – A Deusa que acolhe Parmênides
6 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Mais do que no caso de quaisquer outras divindades, era normal não dar um nome aos deuses ou deusas do submundo. Então o silêncio foi deliberado. Qualquer risco de confusão era aceito como parte do mistério; a ambiguidade era inevitável.
Ele [Parmênides] não diz quem ela é.
Logo no início de seu poema, ele descreve como foi levado no “caminho da divindade”, e quando você lê o original grego há apenas uma dica de que a divindade é feminina – apenas uma mínima sugestão, isto é tudo. Seria difícil até (...)
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Plotino - Tratado 49,13 (V, 3, 13) — O Uno está além do conhecimento
14 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Cap 12, 44 a cap 13, 36: Em razão de sua simplicidade absoluta, o Uno está além do conhecimento, do pensamento e do discurso, e não pode portanto ser nem sujeito nem objeto de conhecimento, de pensamento e de discurso.
Míguez
13. De ahí que, verdaderamente, el Uno sea algo inefable; porque, lo que digáis de El, será siempre alguna cosa. Ahora bien, lo que está más allá de todas las cosas, lo que está más allá de la venerable Inteligencia e, incluso, de la verdad que en todas las cosas, eso no tiene (...)
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Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 46-53. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
Intuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo que é e não (...)
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Barbuy: sophia e episteme
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 79-83.
Sophia, sabedoria, se distingue de episteme, ciência. E distingue-se de doxa, opinião. De onde, o sentido mais radical da Filosofia, é o da Sabedoria, que se distingue do saber. A filosofia não é o conjunto das cousas que se sabem, não é uma synthèse scientifique (como se diria no século XIX), mas uma sabedoria da realidade profunda. O saber se distingue da sabedoria, como a ciência se distingue da filosofia. (...)
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Eudoro de Sousa (HC:93-95) – Parmênides - doxa e aletheia
7 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 93-94]
Opinião dos Mortais
51. A «Doxa» é a parte mais fragmentária do poema de Parmênides, o que parece dar razão aos intérpretes que formularam a hipótese de que essa última parte não passaria de um arranjo, mais ou menos hábil, das «opiniões físicas» dos antecessores do filósofo-poeta. Mas depois de Reinhardt (1916, 1959) e sob sua direta ou indireta influência, grande número de estudiosos bem (...)
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Matinée : PLATON ET PLOTIN
11 de junho de 2009, por Cardoso de Castro
Platon et Plotin : étude sur deux théories philosophiques
CHAPITRE II PLATON ET PLOTIN
Il est tout naturel de penser que, pour bien apprécier la valeur des écoles qui se prétendent issues de Platon, en particulier celle que Ton est convenu d’appeler néoplatonisme, platonisme Alexandrin, la première condition à remplir serait de connaître à fond le platonisme grec, celui de Platon. En attendant que la critique philosophique, mise en si bon chemin par les travaux des savants écrivains dont nous (...)
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Barbuy: Physis e Natureza
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 87-96.
Sabe-se que as origens da filosofia se encontram na meditação sobre o mistério e a essência da Natureza. Os pré-socráticos têm sido habitualmente mal compreendidos e por vezes considerados materialistas ou cientistas embrionários que apenas anunciaram os grandes progressos da ciência que veio depois deles. Basta contudo ler os fragmentos dos pré-socráticos para que o sentido do seu pensamento apareça totalmente (...)
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Plotino - Tratado 10,8 (V, 1, 8) — Exame dos filósofos anteriores: Platão e Parmênides.
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 8: Exame dos filósofos anteriores: Platão e Parmênides. 1-10. Platão já tinha compreendido que existem três níveis da realidade correspondendo ao Uno, ao Intelecto e à Alma. 10-14. As teses expostas por Plotino só são interpretações das doutrinas filosóficas anteriores, e antes de tudo dos escritos de Platão. 14-23. Parmênides dispôs a unidade do pensamento e do ser, mas não chegou ao Uno no sentido próprio. 23-27. O "Parmênides de Platão" distingue em revanche entre o "Uno" em sentido próprio, o (...)
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Parmênides – Poema - Fragmento 18
8 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Mulher e homem quando juntos misturam sementes
CARNEIRO LEÃO
Mulher e homem quando juntos misturam sementes de Vênus, nas veias informando de sangue diverso a força, guardando harmonia corpos bem forjados modela. Pois se as forças, misturando o sêmen, lutarem e não se unirem no corpo misturado, terríveis afligirão o sexo nascente de um duplo sêmen.
GREDOS «Cuando una mujer y un varón mezclan gérmenes de Amor, el poder que se forma en las venas de sangre diferente modela cuerpos bien creados, si (...)
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Kingsley (Reality:335-337) – metis em Empédocles
5 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
tradução (português)
Assim como Parmênides, com suas referências zombeteiras ao nosso “hábito muito experiente” e a nós impotentes “dirigindo” nossas “mentes errantes”, ele está tentando explicar a nós mortais que a impiedade mortal é a contradição mais perfeita em termos. Exatamente como Parmênides, ele usa o vocabulário da métis [gr. metis] com extraordinária métis para fazer o mesmo argumento já feito [335] por Parmênides à sua maneira – que a métis dos humanos não é de modo algum métis real.
O máximo que (...)
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Corbin (PM:14-19) – Momentos do Paradoxo do Monoteísmo
18 de dezembro de 2022, por Cardoso de Castro
CORBIN, Henry. Le paradoxe du monothéisme. Paris: L’Herne, 1981
Los tres momentos de la paradoja son los siguientes: 1) Bajo su forma exotérica, la de la profesión de fe que enuncia Lá Iláha illá Alláh, el monoteísmo perece en su triunfo, se destruye a sí mismo convirtiéndose, sin saberlo, volens nolens, en una idolatría metafísica. 2) El monoteísmo no encuentra su salvación y su verdad más que al alcanzar su forma esotérica, ésa que para la conciencia ingenua parece destruirle y cuyo símbolo de fe se (...)
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Kingsley (Reality:510-513) – o ser/estar-ciente que somos
5 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
The Consciousness We Are
tradução (português)
Há um ponto crucial a ser observado sobre as instruções de Empédocles para [seu discípulo] Pausânias. Isto é que as coisas que ele lhe diz para fazer são coisas que nós nunca fazemos nós mesmos.
Na verdade, estão completamente além de nossa experiência.
As pessoas podem viver o que para qualquer observador externo pareceria a mais plena das vidas sem ter tocado, nem uma vez, o estado que Empédocles está apontando. E isso ocorre porque passamos toda a nossa (...)
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Parmênides (Diálogo de Platão)
16 de abril de 2021, por Cardoso de Castro
PLATON. Parménide. Tr. Luc Brisson. Paris: GF-Flammarion, 1994
PLATON. Oeuvres complètes. Tr. Victor Cousin. Paris: Arvensa (ebook)
PLATO. Plato Complete. Ed. Edith Hamilton & Huntington Cairns. Princeton: Princeton University Press, 1973
Brisson
Autocrítica da teoria das Ideias. Impugnação do ser único dos eleatas. Do Um e do Múltiplo. Segundo seu tradutor francês, Luc Brisson:
"Entre todos os diálogos de Platão, o Parmênides permanece o mais fascinante e o mais controvertido. Esta dupla (...)
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Bréhier (HF) – Exercício dialético do Parmênides
18 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
HISTOIRE DE LA PHILOSOPHIE, TOME I: L’ANTIQUITÉ ET LE MOYEN AGE
Excertos da tradução de História da Filosofia, de Émile Bréhier, por Eduardo Sucupira Filho
Sucupira Filho
Entretanto, uma coisa persiste: é o impulso metódico que dera nascimento a essas hipóteses, e que, em sequência, vai renová-las e rejuvenescê-las. Não o dogma das ideias, mas o esforço metódico que dá sentido ao platonismo. Tal é a significação do conjunto do Parmênides. Uma vez destruída a teoria das ideias, Parmênides incita o jovem (...)
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Parmênides – Poema - Fragmento 12
17 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Foram as mais angustas (coroas) preenchidas de fogo puro, e as seguintes de Noite...
EUDORO DE SOUSA
12. «Foram as mais angustas (coroas) preenchidas de fogo puro, e as seguintes de Noite; por entre elas se precipitou a ígnea parte. No meio reside a Deusa que tudo governa. Pois a Divindade à nascida e ao parto doloroso chama, impelindo para o macho a fêmea, e para a fêmea o macho...»
CARNEIRO LEÃO
Pois os mais estreitos encheram-se de fogo sem mistura, e os seguintes, de noite, e entre (os (...)