CAPALBO, Creusa. Fenomenologia & Ciências Humanas. Âmbito Cultural Edições, 1987
3.1 A Noção de Filosofia Primeira
O problema diante do qual se colocou Husserl, desde as suas primeiras obras, foi o seguinte: o que resta quando eu realizo a dúvida universal no sentido Cartesiano?
Para Descartes nós sabemos qual é a resposta: é o EGO COGITO, o EU pensante.
Para Husserl o que permanece no íntimo deste COGITO são as ATIVIDADES do EU pensante. Essa vida do EU pensante se traduz em ATOS (...)
Página inicial > Palavras-chave > Escritores - Obras > Kant
Kant
IMMANUEL KANT (1724-1804)
A filosofia de Kant traz, pela primeira vez, para a claridade e a transparência de um fundamentação, a totalidade do pensar e do estar-aí modernos. Desde então, tal fundamentação determina toda a postura do saber, as delimitações e os cálculos das ciências, do século XIX até ao presente. Com isto, Kant ergue-se de tal modo acima de tudo o que o precedeu e do que veio depois, que também aqueles que dele se afastam, ou dele divergem, permanecem ainda dele totalmente dependentes.
Além disso, Kant tem - apesar de todas as diferenças e da amplitude da distância histórica - qualquer coisa em comum com o grandioso começo grego que, ao mesmo tempo, o distingue de todos os pensadores alemães anteriores e posteriores, a saber, a íntegra clareza do seu pensar e do seu dizer, que não exclui, de modo nenhum, nem o ser-digno-de-questão, nem o desequilíbrio e que não simula claridade onde há escuridão. [Excerto de HEIDEGGER , Martin. O que é uma coisa?. Tr. Carlos Morujão. Lisboa: Edições 70, 1992, p. 63-64]
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tr. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
Matérias
-
Creusa Capalbo: A fenomenologia como método e como filosofia
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Schopenhauer (MVR1:58-61) – A vida é sonho
18 de abril de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 58-61]
Jair Barboza
A questão acerca da realidade do mundo exterior, tal qual a consideramos até agora, sempre se originou de um engano da razão consigo mesma, alçado à confusão geral, de modo que a questão só podia ser respondida mediante o esclarecimento de seu conteúdo. Após o exame da essência inteira do princípio de razão, da relação entre sujeito e objeto e da (...) -
Schopenhauer (MVR1:48-49) – mundo, representação do princípio de razão
25 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. ]
Quem compreendeu distintamente, a partir do mencionado ensaio introdutório, a identidade perfeita do conteúdo do princípio de razão, em meio à diversidade de suas figuras, também ficará convencido do quão importante é precisamente o conhecimento da mais simples de suas formas – que identificamos no TEMPO – para a intelecção de sua essência mais íntima. Assim como no (...) -
MASSON-OURSEL: L’ESPACE ET LE TEMPS DANS L’INDE
11 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroApproches de l’Inde. Tradition & Incidences. Dir. Jacques Masui. Cahiers du Sud, 1949
La pensée occidentale conçoit espace et temps comme des milieux diaphanes, en lesquels se situent ou se datent tous les faits. Ordre des simultanéités, ordre des successions, selon Leibniz. Formes à priori de la sensibilité, selon Kant. Et Newton y voyait deux réalités, chacune étant homogène.
Cela nous vient de l’héritage grec : l’espace à deux ou trois dimensions, pour Euclide, et le temps, cadre abstrait des (...) -
Jolivet : Heidegger - L’analytique fondamentale du Dasein
16 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait du livre « Les doctrines existentialistes », par Régis Jolivet. Editions de Fontenelle, 1948.
II L’analytique fondamentale du Dasein
1. La première question qui se pose dans la recherche du sens de l’être, est celle du caractère du Dasein ou de la structure de l’existant que je suis. L’être de cet existant, c’est le mien . Or deux caractères s’imposent immédiatement à l’analyse. D’une part, (...) -
Michel Henry : Le corps vivant (I)
10 de agosto de 2011, por Cardoso de CastroC’est avec un grand plaisir que je retrouve les facultés universitaires Saint-Louis dont je garde un très beau souvenir. Aujourd’hui, en accord avec vos professeurs, je vais parler d’un sujet qui s’inscrit dans le thème de l’année, qui est celui du corps. Le problème que j’ai retenu, c’est plus précisément celui du corps vivant. Si on réfléchit sur ce problème, on voit qu’on peut l’aborder en suivant deux voies différentes. On peut partir du corps de la perception ordinaire, qu’il s’agisse du corps matériel (...)
-
Ernildo Stein: As intuições heideggerianas e o movimento fenomenológico
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Questão do Método na Filosofia - Um Estudo do Modelo Heideggeriano. Livraria Duas Cidades, 1973
1 Ainda que as experiências iniciais tenham deixado traços indeléveis no caminho de Heidegger, o fator determinante de seu pensamento foi, no entanto, o encontro com a fenomenologia. Seus primeiros trabalhos manifestavam profundos laços com a problemática corrente da tradição alimentada pelo neo-aristotelismo, neotomismo e neokantismo e as soluções dadas pelo filósofo, dentro deste horizonte, às (...) -
Schérer : Une solution phénoménologique du problème de la communication
16 de julho de 2009, por Cardoso de CastroExtrait du livre « Philosophies de la communication », par René Schérer. Société d’édition d’enseignement supérieur, 1971.
II. - Une solution phénoménologique du problème de la communication — Le personnalisme de Max Scheler
A bien des égards, l’œuvre de M. Scheler apparaît comme le complément des premières recherches husserliennes d’une phénoménologie des essences. Elle s’inscrit dans la tradition de l’intuitionnisme qui la caractérise. Mais, alors que Husserl a porté son intérêt sur la sphère logique et (...) -
Schérer : La forme symbolique comme fondement de la communication (E. Cassirer)
15 de janeiro de 2009, por Cardoso de CastroExtrait du livre « Philosophies de la communication », par René Schérer. Société d’édition d’enseignement supérieur, 1971.
V. - La forme symbolique comme fondement de la communication (E. Cassirer)
Voir dans la forme symbolique en général et plus précisément dans le langage le fondement de la communication humaine, c’est d’abord comprendre que le langage n’est pas un simple « instrument » de communication. Cette formulation n’est paradoxale qu’en apparence : traiter la langue comme moyen, c’est supposer (...) -
Gaboriau : AUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE
7 de setembro de 2015, por Cardoso de Castro"Repetitorium" au final du tome "L’entrée en métaphysique", de l’excellent cours de Florent Gaboriau, "Nouvelle initiation philosophique" (Casterman 1962).
-* AUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE APPROCHE Dispositions d’esprit suggérées par le début de la Première Méditation Métaphysique (Descartes), et appliquées à notre recherche (philosophie primordiale) : a) remise en cause totale, allant jusqu’aux principes, aux origines, aux tout-débuts (arche) : archologie, pourrait-on dire, s’occupant de ce qui reste (...) -
Matter: Schelling ou La philosophie de la nature et la philosophie de la révélation
15 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroSchelling : ou, La philosophie de la nature et la philosophie de la révélation- A. Jacques Matter
TABLE DES MATIÈRES.
Préface
Objet et plan de cet ouvrage
Chapitre Ier. Schelling à Tubingue
— II. Schelling à Leipzig
— III. Schelling à Iéna
— IV. Schelling à Wurtzbourg
— V. Schelling à Munich
— VI. Schelling à Erlangen
— VII. Schelling de retour à Munich
— VIII. Schelling à Berlin
— IX. Les ouvrages de Schelling
— X. Du style de Schelling
— XI. L’idéalisme, le scepticisme et le dogmatisme de Kant (...) -
Pessoa: O PENSAMENTO IDEALISTA
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O que é característico no Idealismo não é tanto o querer-se procurar fora da matéria uma causa da causa do universo. Para o idealista o que importa é procurar uma explicação do universo que seja também uma explicação do valor moral da vida humana.
Para o Idealismo Objetivo o que é de real no universo é qualquer coisa idêntica a uma coisa do espírito, e.g. Mônada. Leibnitz.
Para o Idealismo Subjetivo (...) -
Berdiaeff: ESPRIT ET ÊTRE
11 de outubro de 2007, por Cardoso de CastroExtrait de « Esprit et réalité », Nicolas Berdiaeff. Editions Montaigne, 1943
Le monde tend à nier la réalité de l’esprit. Il ne doute pas des objets visibles qui forcent son adhésion. Mais l’esprit n’est pas un objet visible; du moins pas un objet parmi d’autres objets. Il n’est personne, il est vrai; s’agit-il du matérialiste le plus endurci, qui ne reconnaisse à l’esprit une certaine réalité, de nature moins consistante. Il ne saurait en être autrement, car l’esprit est présent en chacun de nous, même (...) -
Criação
28 de marçoVIDE: COSMOGONIA, GENESIS, gênese - GÊNESE, POIEIN, BERESHITH, princípio - PRINCÍPIO, Águas Primordiais - ÁGUAS PRIMORDIAIS, Separação - SEPARAÇÃO, CREATIO EX NIHILO, CRIATURA; Palavra Criação Revelação - PALAVRA - CRIAÇÃO - REVELAÇÃO; Homem Centro Criação - HOMEM - CENTRO DA CRIAÇÃO; Alma Criação - ALMA - CRIAÇÃO
Antes de examinar as diferentes citações que se seguem sobre o tema "criação" é importante ter em mente que o termo "criação" enseja pelo menos três acepções, referentes ao Criador, à Criatura e ao Criar, (...) -
dianoia
28 de marçoVIDE: razão - RAZÃO; NOUS; LOGISTIKON; NOESIS; NOETON Filosofia: VOCABULÁRIO DA FILOSOFIA Philokalia Philocalie - Glossário da versão francesa Atividade da inteligência - nous -. Cristologia Tomás de Aquino "A razão, porém, difere do intelecto como da unidade a multidão. . . É realmente próprio da razão difundir-se a respeito de muitas coisas, e delas coligir um só conhecimento simples... O intelecto, pelo contrário, começa considerando uma só e simples verdade, e nela assume o conhecimento de toda a (...)
-
de Castro (SEI): com-posição (Ge-stell) informacional-comunicacional
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Dentro desse enredo multifacetado da transformação metafórica, as novas formas de abordagem conceitual e de representação do ente, aportadas pelo engenho, merecem uma critica radical. Primeiro, porque descortinam uma (...) -
Buber: LA DOCTRINA DE HEIDEGGER
23 de marçoExcertos de ¿Que es el hombre? Por MARTIN BUBER FONDO DE CULTURA ECONOMICA, MÉXICO, 1949. Traducción al español: EUGENIO IMAZ
1
CUANDO NOS ocupamos de la interpretación que hizo Heidegger de las cuatro preguntas kantianas, vimos que ese filósofo trataba de establecer como fundamento de la metafísica, no la antropología filosófica, sino la “ontología fundamental”, es decir, la teoría de la Existencia como tal. Entiende por Existencia un ente que posee una relación con su propio ser y una comprensión (...) -
Rorty (PMN:21-28) – Wittgenstein, Heidegger, Dewey
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroRORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Tr. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995, p. 27-28
tradução parcial
Espero que o que estive dizendo tenha tornado claro por que escolhi “A Filosofia e o espelho da natureza” como título. São as imagens mais que as proposições, as metáforas mais que as afirmações que determinam a maior parte de nossas convicções filosóficas. A imagem que mantém cativa a filosofia tradicional é a da mente como um grande espelho, contendo variadas (...) -
Fernandes (SH:286-293) – ser - bem - valor
17 de março, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 286-291
A antiga noção de axios (valioso) foi chamada, no início do século passado, a compor, com a antiga noção de logos, a palavra “axiologia”, para designar, a exemplo da composição de logos com episteme (epistemologia), o estudo filosófico dos valores em geral, em substituição à Werttheorie, até então usada para valores econômicos. A essa altura, seria excusado dizer que teria (...) -
Fernando Gil (ME:3-6) – a crença
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFernando Gil, MODOS DA EVIDÊNCIA. Lisboa: INCM, 1998, p. 3-6
1. A minha exposição tem a sua origem no cruzamento de um dos eixos que nos é proposto — a distinção entre juízo de existência e juízo de atribuição tal como ela se apresenta em Freud — com uma ou, antes, duas questões filosóficas: a crença e a evidência. Partirei de algumas teses sobre a existência que encontramos em Kant, Husserl, Wittgenstein, para as confrontar a seguir com a doutrina freudiana do juízo. A referência a estes três filósofos (...)
Seções
Notas
- A Ideia do Bem
- Absoluto
- Acidente
- Alain: L’être est et le non-être n’est pas
- aparência
- Arendt (VE:55) – pensar - querer - julgar
- Bíblia
- Borella Logos
- Borella Simbolismo
- Bugault Filosofias
- Chenique Logica Grega
- Crítica Razão Pura
- Eckartshausen Ciência Analogia
- Eckhart Deus Interior
- Elementos
- Ernst Cassirer
- Experiência
- Faivre Eckartshausen Cultura
- Fernandes (SH:27-28) – a estrutura da Experiência
- Ferreira da Silva (TM:222-223) — mundo como um todo