Página inicial > Palavras-chave > Escritores - Obras > Upanishad / Upaniṣad / Upanishads / Upanixade / Upanixades
Upanishad / Upaniṣad / Upanishads / Upanixade / Upanixades
Cf. Edgeron em "Upanishads: que procuram e por quê?" (IAOS. 51.97); Dante , Ep. ad Can. Grand., parágrafos 15 e 16. A tradição védica não é nem filosófica, nem mística nem religiosa nos sentidos modernos dessas palavras. A tradição é metafísica; só é mística no sentido de expor um mistério e no sentido que Dionísio lhe dá na Theologia Mística. A posição indiana foi definida de modo admirável por Satkari Mookerjee da seguinte forma: "Obviamente a questão da salvação é de importância capital e constitui a justificação e a raison d’être final da indagação filosófica. Na Índia, a filosofia nunca foi um interesse meramente especulativo independentemente da influência que tem na vida... A meta tomou grandes proporções no horizonte filosófico, mas reconheceu-se que não havia nenhum atalho ou passagem fáceis para chegar a ela.
Foi preciso pagar o preço completo na forma de uma percepção filosófica firme e resoluta dos mistérios finais da existência, percepção conseguida por uma disciplina moral rigorosa; e a mera satisfação acadêmica e intelectual originada de estudos filosóficos foi considerada de valor somente desde que fosse calculada para chegar a uma consumação satisfatória" (em The Cultural Heritage of índia, vol. III, pp. 409 e 410, 1937; os itálicos são meus). [AKCcivi :Nota:89-91]
UPANIXADE é um termo que se explica como UPA + NI + XADE, isto é sentar-se perto de alguém, numa óbvia indicação de ser a sabedoria transmitida através da relação entre o discípulo e o mestre. O seu ponto de partida é a manifestação da experiência individual, base de exploração da natureza das realidades subjetiva e objetiva. O seu veículo é uma mente preparada a indagar continuamente os caminhos da sabedoria que vai para além da mera informação, porque tem a função de estimular sistematicamente a ponderação , a percepção, a reflexão e a serenidade do espírito.
Os Upanixades têm a dupla finalidade de estabelecer (a) a Unidade Transcendental do Universo , e (b) o lugar do Homem nesse mesmo Universo. Tudo quanto existe é em si um universo individual de movimentos no movimento universal . Embora no mundo de fenômenos físicos tudo se altere e se transforme em mudanças e posições relativas de harmonias e contrastes, a soma total de todos esses movimentos e mudanças heterogêneas é eternamente fixa a invariável. Tudo quando existe neste mundo existe também no outro, e vice-versa, porque a unidade transcendental do universo é uma necessidade pré-ordenada na filosofia Hindu [1] que insiste ser ela a soma total, invariável e eternamente a mesma nas mais variadas e díspares frações das transformações que o mundo possa apresentar.
Segundo Alyette Degrâces-Fahd, o abandono a Deus , a ruptura, corresponde à etimologia mesma da palavra upanishad tal como a dá Sankara , o grande comentador metafísico do século VIII, fundador do Vedanta não-dualista (advaita ), em sua introdução à Katha Upanishad ; ele faz derivar esta palavra de uma raiz SAD que significa cortar, romper ou perder. A esta raiz adicionam-se os prefixos upa (ideia de se aproximar) e ni (movimento para o interior, mudança na ação, retorno à origem). «Chama-se o conhecimento, upanishad, em virtude da análise etimológica: ele corta, ele destrói os germes da existência terrestre, tais como a ignorância [...] naqueles que buscam a libertação. Quando eles alcançaram a se desprender de suas tendências pelos objetos visíveis e invisíveis, eles abordam (upa-sad) o conhecimento que se chama upanishad e que compreende as características dadas aqui; posto que eles se doam com determinação e certeza (ni) [...] é o conhecimento do brahman que se chama upanishad, por causa da conformidade com a ideia de conduzir ao brahman [...]. O conhecimento do fogo que precedeu os mundos, nascido do brahman, dotado da faculdade de iluminação [...] se chama upanishad, a raiz SAD deve ser tomada no sentido de perder, neste sentido ela destrói uma multidão de males como nascer e envelhecer». [Retirado da tese de doutorado de Selma de Vieira Velho, A Influência da Mitologia Hindu na Literatura Portuguesa dos Séculos XVI e XVII.]
OBRA NA INTERNET:
Textos: (estudos e excertos)
Matérias
-
TAT TVAM ASI - TU ES CELA
30 de novembro de 2008, por Cardoso de Castro
Emile Sénart
Lorsque Svetaketu eut douze ans, il fut envoyé auprès d’un maître, avec lequel il étudia jusqu’à ce qu’il eût vingt-quatre ans. Après avoir appris tous les Védas, il revint chez lui, plein d’orgueil, dans la croyance qu’il possédait une instruction achevée, et fort porté à la critique. Son père lui dit :
— Svetaketu, mon enfant, tu es si plein de ton savoir, et si porté à la critique, as-tu demandé cette connaissance grâce à laquelle nous entendons ce qui ne se peut entendre, percevons ce qui ne (...)
-
TRI - VARGA (Les Trois Valeurs)
10 de outubro de 2007, por Cardoso de Castro
Extrait de l’« Intervention de M. Philippe Lavastine » au Colloque international de Cerisy-la-Salle - 1973
On ne sait comment traduire ces mots Dharma, Artha, Kâme qui constituent le Tri-Varga, car ils n’ont pas de correspondants exacts dans nos langues européennes. Le Dharma sans doute est bien la Vertu, mais on ne conçoit pas en Occident que la vertu nous fasse une obligation de poursuivre les Richesses (Artha) et le Plaisir (Kâma). Au contraire, nous estimerons la vertu d’un homme à son (...)
-
Berdiaeff: L’IMMORTALITÉ
12 de dezembro de 2008, por Cardoso de Castro
Dialectique existentielle du divin et de l’humain, par Nicolas Berdiaeff. Janin, 1947
Chapitre XI L’IMMORTALITÉ
Le problème de l’immortalité est ùn problème fondamental, le principal problème de la vie humaine, et si les hommes l’oublient, c’est parce que leur légèreté d’esprit les empêche d’approfondir les choses. Parfois cependant l’homme veut se persuader qu’il a vraiment oublié, alors qu’il ne se permet pas de penser à ce qui est plus important que tout. La prière que nous soit donnée la mémoire de la (...)
-
Kolakowski : Le mysticisme. Définition.
17 de janeiro de 2010, por Cardoso de Castro
Extrait de Leszek Kolakowski, Chrétiens sans Église. La conscience religieuse et le lien confessionnel au XVIIe siècle.
Le mysticisme, vu qu’il occupe une partie considérable de notre étude, exige une définition générale plus précise. Il faut noter à l’occasion que ce qui nous intéresse en fait, ce n’est pas la mystique, mais le mysticisme, c’est-à-dire les doctrines théologiques interprétant les expériences mystiques, et non les phénomènes psychiques dont se compose cette expérience, non les pratiques des (...)
-
Coomaraswamy (AKCcivi:58-64) – A vinda do Espírito ao nascimento
12 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
«No podéis meter dos veces vuestros pies en las mismas aguas, porque aguas nuevas no cesan de correr siempre en vosotros». ( Heráclito )
El presente artículo incorpora una parte del material que he recogido durante los últimos años con miras a un análisis crítico de las doctrinas indias — e incidentalmente neoplatónicas y otras — de la «reencarnación», la regeneración y la transmigración, como estos términos se definen abajo. Estas doctrinas, a las que a menudo se les trata como una sola, parecen haberse (...)
-
Coomaraswamy (AMS:170-173) – Nomes Deuses
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
De la misma manera, si Agni, en tanto que el Sol, es la «cara» o la «punta» (anika) de los dioses (Rg Veda Samhita I.115.1, VII.88.2, etc.), y al mismo tiempo lógicamente «de muchas caras» (purvanikah), «esto no pone algo real en el Dios eterno, sino solo algo acorde a nuestro modo de pensamiento» (Summa Theologica III.35.5C), pues «Los hombres, en su culto sacrificial, han impuesto sobre Ti, Agni, las muchas caras» ([...], Rg Veda Samhita III.19.4).
Pasajes familiares, a menudo desechados como (...)
-
Guénon (BS) – Brahma Sutra - Transformação
13 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro
Muitos comentadores dos Brahma-Sutras, para frisar ainda mais claramente o caráter desta "transformação" (no sentido estritamente etimológico, de "passagem além da forma"), comparam-na à desaparição da água que se regou uma pedra incandescente. De fato, esta água é "transformada" ao contato com a pedra, ao menos no sentido relativo de ter perdido sua forma visível (e não toda forma, porque ela continua evidentemente a pertencer à ordem corporal), ma sem que se possa dizer por isso que ela tenha sido (...)
-
Coomaraswamy (AKCM) – Vedanta: Eu Sou — Atman — ego
17 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro
O “grande dito” dos Upanishads é: “Isso és tu”. “Isso” está aqui, é claro, Atman ou Espírito, Sanctus Spiritus, grego pneuma, árabe ruh, hebraico ruah, egípcio Amon, chinês ch’i; Atman é a essência espiritual, independente se transcendente ou imanente; e por mais numerosas e variadas que sejam as direções para as quais se estenda ou das quais se retire, é um movedor imóvel tanto no sentido intransitivo quanto no transitivo. Ele se presta a todas as modalidades de ser, mas nunca se torna alguém ou alguma coisa. (...)
-
Coomaraswamy: Senhor, o transmigrante
27 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
El hombre nace una vez; yo he nacido muchas veces. Rumi
Bei Gotte werden nur die Gotter angenommen Angelus Silesius
La Liberación es para los Dioses, no para los hombres. Gebhard-Lestrange
El dicho de , «Verdaderamente, no hay otro transmigrante sino el Señor» (Brahma Sutra Bhasya I.1.5) , por sorprendente que pueda parecer a primera vista, dado que niega la reencarnación de cualesquiera esencias individuales, es ampliamente apoyado por los textos antiguos, y aún por los textos más antiguos, (...)
-
Coomaraswamy (ASM:108-110) – Sacrificador
26 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Los Brahmanas abundan en la evidencia de que la víctima es una representación del sacrificador mismo, o como los textos lo expresan, es el sacrificador mismo. De acuerdo con la regla universal de que la iniciación (diksa) es una muerte y un renacimiento, es evidente que «el iniciado es la oblación» (havir vai diksitah, Taittiriya Samhita VI. 1.4.5; cf. Aitareya Brahmana II.3), «la víctima (pasu) es substancialmente (nidanena) el sacrificador mismo» (Aitareya Brahmana II.11)
Los Brahmanas abundan (...)
-
Coomaraswamy (ASM:122-124) – Fogo Sacrificial
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Debemos guardarnos de entender «alimento» en un sentido restringido; en todos nuestros textos, «alimento» es todo lo que puede desearse, todo lo que nutre nuestra existencia, todo lo que alimenta los fuegos de la vida; hay alimentos para el ojo y alimentos para la mente, y así sucesivamente.
La relación de los soplos con el Soplo, como la de los Maruts (identificados con los soplos en Satapatha Brahmana IX.3.1.7, etc.), es la de súbditos (visah, svah) con su rey o duque. Por consiguiente, ellos (...)
-
Coomaraswamy Delfos
28 de março de 2022
Los procedimientos esenciales de los ritos iniciatorios, por los cuales se efectúan la muerte de un hombre viejo y el renacimiento de un hombre nuevo, y las condiciones de acceso a penetralia, son similares por todo el mundo. Firmicus Maternus, De errore profanarum religionum (cap. XVIII), tratando de estos temas nos recuerda que hay respuestas correctas a las preguntas correctas (habent enim propria signa propria responsa), y que la respuesta correcta (proprium responsum) la da el iniciando (...)
-
Coomaraswamy: Maha Purusha
27 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Queda claro así que las palabras purusa y «persona» son tanto así sinónimas en la referencia. En el último pasaje, «más excelente» y «preeminentemente» corresponden exactamente a la designación Maha Purusha, «Gran Persona», en Aitareya Aranyaka III.2.3, donde cuatro purusas se distinguen como sigue: 1°) el corporal (sarira-), que es la «esencia incorporada» (dehika atma) y cuyo principio (rasa) es la «Esencia comprehensora» (prajnatma); 2°) el agregado de sílabas cuyo principio es «A» (cf. II.3.6, «A es toda (...)
-
Coomaraswamy (ASM:117-120) – Refeição Sacrificial
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
De hecho, es dentro de nosotros donde la deidad está «oculta» (guha nihitam, passim), dentro de nosotros donde los rsayah (los risis) védicos le buscaron por sus huellas, dentro de nosotros, en el corazón, donde el «Sol oculto» (suryam gulham, Rg Veda Samhita V.40.6, etc.) ha de ser «encontrado».
La palabra giri (Aitareya Aranyaka II.1.8), traducida arriba por «tragadero» conduce por sí sola a una extensa exégesis. Keith la traduce por «escondrijo» (de Brahma), y en una nota dice muy acertadamente que (...)
-
Coomaraswamy São Bernardo
29 de março de 2022
En su mayor parte, usaré la palabra atman en adelante. Aunque este atman, en tanto que eso que sopla e ilumina, es primariamente el «Espíritu», a causa de que él es este Eros divino que es la esencia vivificante en todas las cosas y así su ser real, la palabra atman se usa también reflexivamente para significar «sí mismo» - bien «uno mismo» en todos los sentidos, por groseros que sean, en que la noción pueda ser mantenida, o bien con referencia al Sí mismo o Persona espiritual (el cual es el solo sujeto (...)
-
Coomaraswamy Tomas de Aquino
29 de março de 2022
Belo Divino, Beleza Divina Coomaraswamy Teoria Beleza - TEORIA MEDIEVAL DA BELEZA 3. SANTO TOMÁS DE AQUINO «Sobre lo Bello Divino, y cómo se atribuye a Dios» «Este bien es alabado por los santos teólogos como lo bello y como belleza; y como amor y lo amable». Después de tratar de la luz, Dionisio trata ahora de lo bello, para cuya comprensión la luz es un prerequisito. En conexión con esto, primero establece que lo bello se atribuye a Dios, y en segundo lugar, muestra de qué manera se atribuye a Él (...)
-
Coomaraswamy: Si Mesmo
26 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Nuestro sí mismo humano es una asociación (sambhutih, syngeneia, synousia, koinonia) de soplos o espiraciones (pranah, aisthesis, Jaiminiya Upanishad Brahmana IV.7.4; cf. II.4.5), o una hueste de seres elementales (bhutagana); y como tal un «sí mismo-elemental» (bhutatman) que ha de ser distinguido, lógica pero no realmente, de «su Sí mismo y Duque inmortal» (netr = hegemon), Agente inmanente (kartr) y Dador del ser (prabhuh, Maitri Upanishad III.2, 3, IV.2, 3, VI.7), el «Hombre Interior de estos (...)
-
Coomaraswamy: Livre Arbítrio
28 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Así pues, nosotros estamos a merced de nuestra propia volición característica: cuando se da rienda suelta a los poderes sensitivos, siempre que nosotros estamos haciendo lo que nos gusta o pensando volitivamente, y en la medida en que todo nuestro comportamiento —bien sea bueno o malo— es sin principios, nosotros no somos agentes libres, sino sujetos pasivos de lo que se llama acertadamente nuestras «pasiones». Esta es la única doctrina ortodoxa, a saber, que el hombre como es en sí mismo, «este (...)
-
Coomaraswamy: Liberação
26 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Por otra parte, en las palabras del Maestro Eckhart, «La Sagrada Escritura clama por la liberación del sí mismo». En esta ensenanza universal y unánime, que afirma una libertad y autonomía absoluta, espacial y temporal, alcanzable igualmente aquí y ahora como en cualquier otro lugar, esta atesorada «personalidad» nuestra es a la vez una prisión y una falacia, de la cual solamente la Verdad os hará libres: una prisión, a causa de que toda definición limita aquello que se define, y una falacia a causa de (...)
-
Coomaraswamy (ASM:110-114) – Soma
26 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Esto nos introduce a «Soma», de quien tendremos mucho que decir. Pues él también, el Rey Soma, es la víctima: Agni el comedor, Soma el alimento aquí abajo, el Sol el Comedor, la Luna su alimento y oblación allí arriba (Satapatha Brahmana XI.1.6.19, X.6.2.1-4, y passim).
Esto nos introduce a «Soma», de quien tendremos mucho que decir. Pues él también, el Rey Soma, es la víctima: Agni el comedor, Soma el alimento aquí abajo, el Sol el Comedor, la Luna su alimento y oblación allí arriba (Satapatha (...)
[1] "O que existe neste mundo, também existe no outro: e o que existe no outro também existe cá: aquele que julga ver diferenças nisso, vagueia da morte para a morte. É através do pensamento que temos de compreender que, na realidade, neste mundo, nada varia: aquele que julga ver variedades, e não a unidade, vagueia de morte para a morte".
KATHA UPANIXADE: Ciclo2. Cap.I, Ver 10-11.