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prajna / poder de discernir / prajnaico / prajnaica / Prajnaparamita / jñāna / jnana / jnani / cognição / cognition / pramātṛ / prameya / pramāṇa / pramā / pramiti

  

Notions philosophiques

Sk., subs. fém Bouddhisme.

1) Il faut toujours garder en mémoire la définition de ce terme dans l’Abhidharma : « la prajna est le discernement des dharma ». Prajna est donc la faculté qui nous permet de distinguer les dharma les uns des autres, de les discerner notamment au sein du composé psychophysiologique qu’est l’individu humain : à ce stade, elle fonctionne en référence au pudgala-nairatmya, à l’insubstantialité de la personne.

2) Le Grand Véhicule a conféré une dignité considérable à la sagesse. Elle est la sixième des six ou dix perfections (paramita), mais pratiquement la plus importante. Elle pousse le discernement des dharma au point qu’elle les voit dans leur vraie nature, qui est vacuité (sunyata). Elle fonctionne en référence non plus seulement à l’insubstantialité de la personne, mais à l’insubstantialité des dharma (dharma-nairatmya). Elle est par excellence un instrument de connaissance adéquate. — Chez les Bodhisattvas, qui s’y exercent, et chez les Buddhas, qui la possèdent pleinement, la perfection de la sagesse (prajna-paramita) inspire la compassion universelle (maha-karuna). S’identifiant à son objet, la vacuité (sunyata) ou la nature des dharma (dharmata), elle fait figure d’absolu.

3) Les termes prajna, sagesse, et jnana, savoir, sont très proches : ils dérivent de la même racine verbale JŃĀ-, « connaître ». Mais prajna, avec la présence du préverbe pra- qui indique un mouvement en avant, comporte une nuance plus dynamique. C’est la connaissance adéquate accomplissant son œuvre de décapage et de décryptage des apparences. Elle est le principal instrument gnoséologique de la délivrance (moksa). (J. May.)

• G. Bugault  , La Notion de prajna ou de sapience selon les perspectives du Mahāyāna, Paris, De Boccard, 1968 ; réimpr. 1982 ; « Logic and Dialectics in the Madhyamakārikās », Journal of Indian Philosophy, vol. . 11, n° 1, mars 1983, Dordrecht (Holl.), D. Reidel Publishing Co., p. 7-76. — A. Wayman, Buddhist Insight, Delhi, Motilal Banarsidass, 1984.

Wei Wu Wei

Até onde sei, ninguém declarou por escrito o que estava implícito nos termos Prajna e Dhyana, usados pelos grandes Mestres da China — exceto o Dr. Suzuki  . Uma vez que este significado essencial é completamente obscurecido pela representação escolástica usual.

Dhyana, é claro, implica o aspecto estático ou potencial do que somos, cujo aspecto dinâmico é Prajna, e Prajna pode ser descrito como a imanência de Dhyana que é nossa transcendência.


Prajnā é Luz, procurando a escuridão e nunca a encontrando, pois onde quer que a Luz esteja, a escuridão desaparece, pois a escuridão é a ausência da presença da Luz.

Prajnā é Saber, buscar a ignorância e nunca encontrá-la, pois onde quer que o Saber esteja, a ignorância desaparece, pois a ignorância é a ausência da presença do Saber.

Prajnā é Funcionamento, buscando o repouso e nunca o encontrando, pois onde quer que o Funcionamento esteja, o repouso desaparece, pois repouso é ausência da presença do Funcionamento.

Prajnā é o Sujeito, buscando o objeto, todos buscando tudo o que é procurado, e nunca o encontrando, pois onde quer que o Sujeito Buscador esteja, o objeto buscado desaparece, pois o objeto buscado é a ausência da presença do Sujeito Buscador. [WWWTM  ]

Heinrich Zimmer

Daí "o Grande" (mahant) também ser conhecido como prajna, "sabedoria, discernimento"; dhi, "intuição, visualização, imaginação, fantasia"; khyati, "conhecimento, o poder de distinguir os objetos pelos seus nomes apropriados"; smrti, "recordação, memória"; e prajnana-santati, "a continuidade do saber".
"A mente governada pelo fluxo e refluxo dos sentidos em busca de seus objetos priva ao homem da consciência ou intuição (prajna) discriminativas, assim como o barco à deriva segue ao sabor dos ventos" (Bhagavad Gita 2. 67).

"Quando, como a tartaruga que recolhe seus membros, os sentidos puderem ser completamente retirados dos seus objetos, então o conhecimento (prajna) adquire firmeza" (Bhagavad Gita 2. 58).
Tais textos são chamados Prajna-paramita: "A Consumação da Sabedoria Transcendental" ou "A Sabedoria (prajna) que passou à outra margem (paramita)". Constituem os mais curiosos diálogos, conduzidos em uma espécie de ciclos de conversas entre os Buda e os Bodhisattva, em sua maioria seres lendários, salvadores sobre-humanos, onde não figura sequer um aspirante à iluminação ainda desorientado.

O Yogacara conserva um ponto de apoio para o pensamento — um último apoio, mas um apoio firme — pois o vazio (sunyata) é aqui identificado com a consciência pura, o pensamento puro, a verdadeira sabedoria (prajna), como no Vedanta, e a partir deste posicionamento se desenvolve um sistema de raciocínio.

Prajna, a "sabedoria", dissolve o véu que carrega as imagens ilusórias, dissipa o desenrolar incessante de formas e, assim, conduz à "potencial consciência universal em repouso, que a tudo contém e nada manifesta" (alaya-vijnana), que é inefável. O yoga atinge este fim por um processo gradual, passo a passo.

Assim, a compaixão do Bodhisattva vem acompanhada de uma qualidade de "grande júbilo" (maha-sukha), pois onde outros veem dor, desastre, mudança, pobreza, vício ou, por outro lado, honra, prazer, vitória, luxo ou virtude, o "conhecimento supremo" (prajna) revela o vazio: inominável, absoluto, imutável, imaculado, sem princípio nem fim, como o céu. [FILOSOFIAS DA ÍNDIA]