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Chan / Tch’an / tch’an / chán / Zen budismo

  

Foi o budismo que propiciou o encontro das filosofias da Índia e da China. Introduzido na China já no primeiro século de nossa era, várias foram as tendências que desenvolveu; no presente depoimento, interessa-nos a seita contemplativa do Dhyana (Meditação, Contemplação) — CHAN, em chinês; ZEN, em japonês.

O credo do Dhyana foi primeiramente pregado, na China, por Bodhidharma nos séculos V ou VI de nossa era. Em 675 [1], rompeu-se a unidade da escola: de um lado colocou-se uma corrente que advogava a teoria da iluminação gradual (Jianwu), alcançada através da purgação das paixões e da purificação progressiva da mente; de outro, um grupo, conduzido pelo sexto patriarca Chan, Huineng  , que pregava a iluminação súbita (dunwu): "a sabedoria iluminada (Bodhi-prajna), o homem do século a traz originalmente em si próprio".

A obra de base da doutrina subitista Chan é o chamado "Sutra esotérico da Doutrina da Escola do Sul, Grande Perfeição da Sabedoria do Supremo Mahayana: Sutra da Plataforma   pregado pelo Sexto Patriarca, Huineng, no Templo de Dafan em Shaozhou (Nanzong Dunjiao Zuishang Dacheng Moheban-ruo Mi Jing: Liuzu Huineng Dashi, yu Shaozhou Dafansi shi Fa Tanjing), denominação normalmente reduzida para Sutra da Plataforma. (Excertos de Ricardo Joppert  , "O SAMADHI DO VERDE-AZUL")



[1Data fornecida pelo Sutra da Plataforma. Provavelmente a verdadeira cisão ocorreu em 734, quando SHENHUI, monge Chan, engendrou a querela transmitida no Sutra entre Subitistas e Gradualistas.