Página inicial > Palavras-chave > Termos gregos e latinos > Caaba / Kabah

Caaba / Kabah

  

René Guénon

Hemos señalado en una reseña (É.T., enero-febrero de 1946) la increíble suposición de que existiera una pretendida "diosa Ka’bah", representada por la "piedra negra" de la Meca que llevaría ese nombre; es éste otro ejemplo de la misma confusión y posteriormente hemos tenido la sorpresa de leer lo mismo en otra parte, de donde parece resultar que dicho error tiene vigencia en ciertos medios occidentales. Recordaremos pues, que la Ka’bah no es en modo alguno el nombre de la "piedra negra", ya que ésta no es cúbica sino el del edificio en uno de cuyos ángulos está encastrada y el cual sí tiene la forma de un cubo; y, si la Ka’bah es también Beyt Allàh (’Casa de Dios’, como el Beyt-el del Génesis), empero nunca ha sido considerada en sí misma como una divinidad. Por otra parte, es muy probable que la singular invención de la supuesta "diosa Ka’bah" haya sido sugerida por la vinculación, sobre la cual hemos hablado antes, con Kybélê y Kybos. [PEDRA NEGRA E PEDRA CÚBICA]

Charles-André Gilis

Arafa é verdadeiramente uma representação do que Guénon chama «o centro do Ser total», enquanto a Casa de Alá, quando é identificada à Caaba da Meca, designa por seu lado o centro do estado humano. Este ponto é fundamental para a compreensão e a interpretação do conjunto de Estações e dos ritos da Peregrinação.

Entre as numerosas significações que Ibn Arabi   atribui à Caaba, tomemos para começar aquela onde ela aparece como uma representação terrestre do Trono divino, enquanto os peregrinos que cumprem as circunvoluções rituais são declarados semelhantes aos Anjos que giram ao redor dele. De um ponto de vista iniciático, a Casa de Alá é identificada por Ibn Arabi ao «Coração do crente» quer dizer, segundo a interpretação que dá, do ser que atingiu graus superiores da realização.

O «segredo» da Caaba reside no fato que ela é, segundo sua significação mais alta, uma representação da Essência, e que ela constitui por ela mesma uma «Epifania Essencial». Segundo Michel Valsan  , uma tal epifania se reporta à «Identidade Suprema plenamente realizada» e corresponde ao «aspecto supremo do Homem Universal». No capítulo 476 das Futuhat, Ibn Arabi confirma de maneira explícita esta significação dizendo: «quando Alá manifestou o Homem Universalele lhe fez um Coração semelhante ao Trono e Sen fez uma Casa para Ele mesmo». A Caaba, como «sede» da função polar, se identifica então essencialmente à Realidade principial da qual ela é o suporte. [GilisDIP  ]