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Scholem / Gershom Scholem
Gershom Scholem (1897-1982)
Filósofo judeu de origem alemã que nos legou estudos sobre a tradição judaica, especialmente a Cabala , além de ter tido uma grande influência na renovação e no resgate da tradição judaica no século XX.
O trabalho de toda a vida do professor Gershom Scholem, na Universidade Hebraica, em Jerusalém, foi, há apenas alguns anos, sintetizado por ele em seus vários verbetes sobre a Cabala para a Encyclopaedia Judaica. Estes, revisados por Scholem, podem agora ser encontrados num único volume de quase quinhentas páginas, publicado em 1971, sob o título Kabbalah, pela Quadrangle/The New York Times Book Company. (...)
O grande feito de Scholem pode ser considerado único na cultura humanística moderna, já que ele se fez indispensável a todos os estudiosos sérios do assunto. Afirmarei mais adiante neste ensaio que a Cabala é, essencialmente, uma visão de tardividade (a vision of belatedness), e eu louvaria Scholem, acima de tudo, por ter transformado a sua própria tardividade com relação à inevitável anterioridade de seu tema numa surpreendente precocidade. A Cabala é um corpus de linguagem retórica e figurada — é de fato uma teoria da retórica —, e a façanha empreendida por Scholem é tão retórica e figurada quanto histórica. Neste sentido, ele escreveu um relato verdadeiramente cabalístico da Cabala, e, assim, mais do que qualquer outro erudito moderno trabalhando em escala semelhante, ele se mostrou totalmente à altura de seu grande tema. A relação que mantém com os textos que editou e comentou é comparável àquela que um poeta tardio como John Milton tinha com poetas anteriores que absorveu e, de certa maneira, transcendeu. Scholem é uma figura miltoniana na cultura moderna e, como tal, merece ser respeitado. (adaptado de Harold Bloom, Cabala e Crítica)
Entre os intérpretes contemporâneos da Cabala, queremos mencionar G.G. Scholem, cujo trabalho de aprofundamento teórico permitiu obter-se uma visão global do esoterismo judeu. Todavia, a teoria cabalística demanda ainda mais esclarecimentos, relativos sobretudo àquilo que ultrapassa o único plano das investigações históricas e filosóficas; mas estamos longe de pretender esgotar as riqueza doutrinal da Cabala nas páginas que seguem. [
Leo Schaya ,
O HOMEM E O ABSOLUTO SEGUNDO A CABALA ]
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LIBRARY GENESIS
Matérias
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Scholem Sephiroth
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
Gershom Scholem — A Mística Judaica
Para a sequência das dez Sefirot, os cabalistas possuem vários termos mais ou menos fixos; esta terminologia é também muitas vezes empregada pelo Zohar, embora com frequência ainda maior seu autor opere com numerosos nomes simbólicos correlacionados com cada Sefira e seus vários aspectos. Estes nomes fixos e comuns das Sefirot são:
1. Keter Elion, a "suprema coroa" de Deus;
2. Hochmá, a "sabedoria" ou ideia primordial de Deus;
3. Biná, a (…)
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Scholem Zohar Alma
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
Gershom Scholem — As Grandes Correntes da Mística Judaica
ALMA A psicologia do Zohar mostra uma mistura peculiar de duas doutrinas sustentadas por certas escolas da filosofia medieval. A primeira distinguia entre a alma vegetativa, a animal e a racional — três estágios que a doutrina aristotélica considerava como faculdades diferentes da alma única, ao passo que os seguidores medievais de Platão inclinavam-se a pensar nelas como três entidades diferentes. A segunda, que foi em geral (…)
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Gershom Scholem
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
CABALA — Gershom Scholem (1897-1982)
Notável filósofo judeu de origem alemã que nos legou consagrados estudos sobre a tradição judaica, além de ter tido uma grande influência na renovação e no resgate da tradição judaica no século XX.
O trabalho de toda a vida do professor Gershom Scholem, na Universidade Hebraica, em Jerusalém, foi, há apenas alguns anos, brilhantemente sintetizado por ele em seus vários verbetes sobre a Cabala para a Encyclopaedia Judaica. Estes, revisados por Scholem, (…)
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Scholem Din
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
HESED E DIN — DIN — JULGAMENTO Cabala Gershom Scholem: AS GRANDES CORRENTES DA MÍSTICA JUDAICA
A essência do Ser Divino — reza uma observação sem dúvida autêntica do próprio Luria — antes que o Tzimtzum ocorresse, continha não apenas as qualidades do amor e da misericórdia, mas também as da Divina Severidade que os cabalistas chamam Din ou Julgamento. Mas o Din não era reconhecível como tal; era como se estivesse dissolvido no grande oceano da compaixão de Deus, como um grão de sal no mar, (…)
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Scholem Goethe
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
Gershom Scholem — Goethe Excertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Os cabalistas de Scholem, como os sufis de Corbin, então, são aqueles místicos para os quais ’tudo tem um caráter simbólico’. ’As sefiras são der Gottheit lebendinges Kleid, as vestimentas vivas da divindade, para citar Fausto de Goethe. Como recentemente ficou claro, contudo, não foi tão diretamente de Goethe que Scholem ’redescobriu’ a primazia (…)
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Scholem Homem
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
Gershom Scholem — A criação do homem El Zohar, El Libro del Esplendor — Selección y edición de Gershom Scholem
El Rabino Simeón se levantó y habló: Al meditar, he percibido que cuando Dios estaba a punto de crear al hombre, entonces comenzó a temblar arriba y abajo de todas las criaturas. Se desdoblaba apenas el sexto día cuando al fin se tomó la divina decisión. Se encendió la llama de la fuente de todas las luces y se abrió la reja del Este, desde donde fluye la luz. La luz concedida en (…)
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Scholem Klipot
1º de janeiro, por Cardoso de Castro
GERSHOM SCHOLEM — CABALA
Contribuição de Antonio Carneiro KLIPOT De acordo com Natã, existe um certo relacionamento entre o Messias e o desenvolvimento de todos aqueles processos intrínsecos de que falei na última conferência: Tzimtzum, Schevira e Tikun. No começo do processo cósmico, o Ein-Sof recolheu Sua luz para dentro de si, e aí surgiu aquele espaço primevo no centro do Ein-Sof do qual todos os mundos nascem. Este espaço primevo está cheio de forças amorfas, hílicas, as Klipot. O (…)