No caso de Schopenhauer, não obstante, se ele situou o corpo tão energicamente no centro de sua metafísica, isto não significava em absoluto que ele quisesse combater a religião idealista do “mais além” (jenseits) da alma e fundar, por sua vez, uma nova religião do “mais aqui” (diesseits), uma espécie de religião do corpo (Religion des Leibes), mas sim que ele queria pôr de lado de uma vez por todas a ilusão de que fosse possível escapar à tirania (Übermacht) deste. Schopenhauer estava (...)
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ANTROPOLOGIA - PSICOLOGIA
Matérias
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Safranski (SB:411-412) – corpo e vontade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Schopenhauer (MVR2:313-314) – corpo = objetivação da vontade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroAcima reconhecemos o sistema nervoso cerebral como um ÓRGÃO AUXILIAR da vontade, no qual esta, por conseguinte, objetiva-se SECUNDARIAMENTE. Aqui, o sistema cerebral, embora não intervindo diretamente no âmbito das funções vitais do organismo, mas só guiando as suas relações com o exterior, tem todavia no organismo a sua base e é alimentado por ele como pagamento dos seus serviços; logo, assim como a vida cerebral ou animal deve ser vista como produto da vida orgânica, também o cérebro e (...)
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Plotino - Tratado 38,23 (VI, 7, 23) — A alma tem acesso ao Bem
27 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
23. Aquello que el alma persigue y que da luz a la Inteligencia, aquello cuya huella suscita nuestro movimiento, no es en modo alguno admirable que tenga un tal poder de atracción y que nos llame hacia caminos en los que erramos enteramente para descansar por entero en El. Porque es claro que todo viene de El, y nada está por encima de El sino que se subordina a El. ¿Cómo no iba a ser el Bien el mejor de los seres? Si realmente la naturaleza del Bien debe bastarse a sí misma en el (...) -
Plotino - Tratado 28,18 (IV, 4, 18) — A união da alma e do corpo comparada ao ar aquecido (alma vegetativa) ou iluminado (alma descida)
6 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
18. Hemos de averiguar ahora si el cuerpo que vive gracias a la presencia del alma tiene realmente algo de particular, o lo que tiene es solamente la naturaleza, única cosa que mantendría relación con él. Digamos, por lo pronto, que si hay en un cuerpo un alma y una naturaleza, el cuerpo mismo no es ya como un cuerpo inanimado, ni se parece tampoco al aire resplandeciente, sino que es como el aire caldeado por el calor. El cuerpo del ser animado y el de la planta tienen en sí como (...) -
Espinosa (TP): vícios
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroDiogo Pires Aurélio
1. Os filósofos concebem os afetos com que nos debatemos como vícios em que os homens incorrem por culpa própria. Por esse motivo, costumam rir-se deles, chorá-los, censurá-los ou (os que querem parecer os mais santos) detestá-los. Creem, assim, fazer uma coisa divina e atingir o cume da sabedoria quando aprendem a louvar de múltiplos modos uma natureza humana que não existe em parte alguma e a fustigar com sentenças aquela que realmente existe. Com efeito, concebem (...) -
Schopenhauer (MVR1:402) – Vontade no corpo vivo como mandamento de alimentação
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEntretanto, o esforço contínuo que constitui a essência de cada fenômeno da Vontade adquire nos graus mais elevados de objetivação dela seu primeiro e mais universal fundamento, pois, aqui, a Vontade aparece num corpo vivo com o seu mandamento férreo de alimentação. O que dá força a este mandamento é justamente que o corpo é apenas a Vontade de vida mesma, objetivada. O homem, como objetivação perfeita da Vontade, é, em conformidade com o dito, o mais necessitado de todos os seres. Ele é (...)
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Fraile (Neoplatonismo) – Supressão da matéria
5 de setembro de 2023, por Cardoso de Castro1.° Supresión de la materia.—En el compuesto humano la última diferencia es la materia, que constituye el cuerpo. Por esto lo primero de todo es libertar el alma del cuerpo y de las sensaciones (aisthesis). «Hay que dejar el alma sola y separada de todas las cosas».
Es necesaria la liberación de los sentidos y de todas las sensaciones, especialmente las de la vista y del oído. El alma debe «cesar de inclinarse demasiado hacia las cosas inferiores e imaginarlas» (III 6,5). Y además (...) -
Plotino - Tratado 28,33 (IV, 4, 33) — Há um acordo neste vivente. A analogia da dança
11 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
33. De la misma manera que la revolución del cielo no se da al azar, sino que es conducida por la razón del ser animado, así también es necesario que se dé una armonía entre los sujetos agentes y los pacientes e, igualmente, un cierto orden en la disposición de las partes. De tal modo que para cada actitud de la revolución del universo hay una determinada disposición de las cosas que dependen de ella. Es como si se tratase de una misma danza interpretada por múltiples danzantes, (...) -
Schopenhauer [FM:4] – ética de Kant como petição de princípio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castrotradução
O πρῶτον ψεῦδο [o erro primeiro] de Kant reside na ideia que ele se faz de ética, da qual aqui está a expressão mais clara (p. 62; R. 54): “Em uma filosofia na prática, não se trata de dar as razões disto que acontece, mas as leis disto que deveria acontecer, isso jamais aconteceu". – Eis aí uma petição de princípio bem caracterizada. Quem te diz que existem leis às quais devemos submeter nossa conduta? Quem disse que isso tem que acontecer, que não acontece jamais? - De onde (...) -
Lovejoy (GCS:32-34) – outra-mundanidade e esta-mundanidade
17 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAldo Fernando Barbieri
O mais fundamental do grupo de ideias cuja história vamos rever aparece primeiro em Platão; e praticamente tudo o que se segue pode, portanto, servir como uma ilustração de uma célebre observação do Prof. Whitehead, segundo a qual “a mais segura caracterização geral da tradição filosófica europeia é que ela consiste em uma série de notas de rodapé a Platão”. Mas há duas grandes correntes conflitantes em Platão e na tradição platônica. Com relação à fissura mais (...) -
Gratry: De la connaissance de l’âme
28 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroTABLE DU TOME PREMIER.
LIVRE PREMIER. L’âme comparée à Dieu el comparée au corps.
CHAPITRE Ier. Qu’est-ce que l’âme?
I. Pour bien connaître l’âme, il la faut comparer au corps, et à Dieu dont elle est l’image. II. —L’âme en elle-même est une parole de Dieu.—III. Une parole croissante.—IV. Fin de l’âme.
I. L’âme est une trinité créée, faite à l’image de la trinité incréée. — II. Éclaircissement.—Loi du développement de l’âme. — IV. Perturbation de la loi. — V. La loi et sa (...) -
Schopenhauer (MVR1:376-379) – decisão
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroAparte o fato de a Vontade, como a verdadeira coisa-em-si, ser algo originário e independente, e que o sentimento de sua originariedade e autonomia tem de na autoconsciência acompanhar seus atos, embora aqui já determinados, aparte isso, o engano sobre a liberdade empírica da vontade (em vez da liberdade transcendental, única atribuível a ela), logo, de uma liberdade dos atos individuais, surge da posição separada e subordinada do intelecto em relação à vontade, exposta especialmente no (...)
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Raymond (ELA:Prefácio) – livre arbítrio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castronossa tradução
Eis o diálogo que Schopenhauer imagina entre ele mesmo e a consciência ingênua: A consciência ingênua: “Eu posso fazer o que eu quiser. Se eu quiser ir para a esquerda, vou para a esquerda. Se eu quiser ir para direita, vou para direita. Depende apenas da minha boa vontade: logo, sou livre. "[Ensaio sobre Livre Arbítrio] Schopenhauer (à parte): “Tal testemunho é certamente justo e verídico. Apenas, pressupõe a liberdade da vontade." [Ibid] Schopenhauer: “Tua vontade, de (...) -
Plotino - Tratado 39,1 (VI, 8, 1) — Exposição do objeto da pesquisa
6 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotradução
1. É possível investigar, mesmo a respeito dos deuses [theois], se algo depende deles, ou melhor convém limitar esta investigação às faculdades dos homens [anthropos], fracas e hesitantes, estando entendido que se deve acordar aos deuses o poder sobre todas as coisas, e que não é uma só coisa que deles depende, mas todas? Ou bem o poder total e o fato de ter todas as coisas em seu poder devem em verdade ser acordados ao Uno [hen], quando, para os outros seres, alguns exercem seu (...) -
Safranski: Schopenhauer e a comédia da felicidade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroO que Schopenhauer recomenda é uma “atitude do como se” (Haltung des Als-ob); em linguagem moderna, poderia ser expressada: “Você não tem mesmo nenhuma chance, mas aproveite o que aparecer!”
Essa “felicidade” (Gluck) relativa — de onde poderia vir?
Schopenhauer enumerava três fontes. Provém, em primeiro lugar, “daquilo que se é” (was einer ist); em segundo, “do que se tem” (was einer hat); e finalmente, “daquilo que se representa” (was einer vorstellt). Era nestas três dimensões — o (...) -
Plotino - Tratado 53,6 (I, 1, 6) — Sensação e poderes psíquicos
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castrotraduzindo MacKenna
6. Pode parecer razoável estabelecer como uma lei que quando quaisquer poderes estejam contidos em um recipiente, toda ação ou estado expressivo deles deve ser a ação ou o estado deste recipiente, os poderes eles mesmos permanecendo não afetados pois meramente fornecendo eficiência.
Mas se assim fosse, então, posto que o Animado é o recipiente do Princípio-Causador (i.e., a Alma) que dá vida à Parelha, esta Causa deve ela mesma permanecer não afetada, todas as (...) -
Plotino - Tratado 19,6 (I, 2, 6) — As virtudes da alma purificada.
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castronossa tradução
da versão de MacKenna
6. Em tudo isso não há pecado — há apenas uma questão de disciplina — mas nossa preocupação não é meramente ser sem pecado mas ser Deus.
Enquanto há qualquer ação involuntária, a natureza é dupla, Deus e Semi-Deus, ou melhor Deus em associação com uma natureza de um poder inferior: quando todo o involuntário é suprimido, há Deus não misturado, um Ser Divino daqueles que segue o Primeiro.
Pois, no seu máximo, o homem é o verdadeiro ser que veio (...) -
Plotino: algumas citações notáveis de traduções francesas
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroChaque âme est et devient ce qu’elle contemple. (Ennéade IV 3, 8, 15) On aura, dans ces moments [d’extase], une sorte de saisie et de conscience de soi, si l’on prend bien garde de ne pas trop s’écarter de soi-même sous prétexte de mieux se percevoir soi-même. (V 8, 11, 23) La conscience paraît affaiblir les actes qu’elle accompagne ; tout seuls ces actes sont plus purs, ils ont plus d’intensité et de vie. Oui, dans l’état d’inconscience, les êtres parvenus à la sagesse ont une vie plus (...)
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Plotino - Tratado 10,2 (V, 1, 2) — A natureza da alma do mundo e sua atividade
19 de junho de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
2. Toda alma deberá proponerse en primer lugar: ¿cómo es realmente ella misma, que creó todos los animales y les dio un soplo de vida, esos animales (decimos) que alimentan a la tierra y el mar, o cuantos se encuentran en el aire, en el cielo y en los astros divinos? Porque es claro que a ella se debe el sol y la inmensidad del cielo, y es ella también la que puso orden en estos seres, dotándolos de un movimiento de rotación . Pero el alma, sin embargo, dispone de una naturaleza (...) -
Berger (Proclo:1-13) – Proclo e sua doutrina
11 de outubro de 2007, por Cardoso de CastroHéritier de la philosophie grecque tout entière, et devenu maître, par un travail opiniâtre, de tout son héritage, Proclus a légué à son siècle et aux âges suivants une doctrine complète et arrêtée, qui est en même temps le dernier mot du platonisme, et un immense répertoire des opinions de tous les philosophes. Comparer son système aux doctrines antérieures de la philosophie grecque, montrer ce qu’il leur emprunte, comment il le modifie, et ce qu’il y ajoute; signaler ce qu’il renferme de (...)