4) “... major autem harum est caritas”. Ao contrário das duas virtudes de que falamos, a caridade não dá lugar a equívoco; com efeito, a palavra caridade não conhece [45] nenhum uso que aponte a um estado de convicção. Não obstante, ela apresenta certa analogia com a divisão na distinção entre o amor (ou caridade), que é um esforço pela posse concreta, e aquele que dá nascimento à intuição de uma unidade livre que se consuma na entrega. Falamos desta última. Como nas outras duas virtudes, (...)
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ANTROPOLOGIA - PSICOLOGIA
Matérias
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Kolakowski (1981) – amor
27 de março, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 42,26 (VI, 1, 26) — O sujeito e o substrato
17 de junho de 2022, por Cardoso de CastroIgal
26 Y, en general, el anteponer la materia, que está en potencia, a todas las cosas, es el colmo del absurdo. Porque ni siquiera es posible que lo que está en potencia pase jamás a acto, si el primer puesto en la jerarquía de los seres lo ocupa lo que está en potencia. En efecto, lo que está en potencia no se reducirá a sí mismo a acto, sino que o lo que está en acto debe existir antes que lo que está en potencia, con lo que esto ya no es principio, o si supieran que son simultáneos, (...) -
Schopenhauer (DPFE:39-41) – livre arbítrio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEste conceito [liberum arbitrium] se vincula, por um lado, ao da liberdade física, o que torna compreensível o seu surgimento, necessariamente muito posterior. A liberdade física refere-se, como já foi dito, somente a impedimentos materiais, em cuja ausência se dá aquela imediatamente. Mas, em alguns casos, se observou que um homem, sem estar obstaculizado por impedimentos materiais, era impedido por meros motivos, tais como ameaças, promessas, perigos e outros ao estilo, a atuar do modo (...)
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Schopenhauer (MVR2:69-73) – animal e humano
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroOs animais têm entendimento, sem terem faculdade de razão, portanto, têm conhecimento INTUITIVO, mas não abstrato: apreendem corretamente, também captam imediatamente o nexo causal, e os animais superiores o captam inclusive através dos vários elos da cadeia causal; contudo, propriamente dizendo, não PENSAM. Pois lhes faltam os CONCEITOS, isto é, as representações abstratas. A consequência mais direta disto é a falta de uma verdadeira memória, de que carecem até mesmo os mais inteligentes (...)
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Giuseppe Lumia: a filosofia da existência - Nietzsche
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSe Kierkegaard forneceu ao existencialismo o motivo divino, Nietzsche forneceu-lhe o motivo demoníaco. Com Nietzsche, a crise dos valores que atormenta o mundo moderno atinge plena consciência.
Contrariamente ao fácil otimismo do seu século, ele reconhece que a vida é dor, luta, incerteza, erro; mas repele a atitude de renúncia que conduz à ascese, e aceita a vida como ela é, com os seus caracteres irracionais e absurdos. Condena a moral cristã e, pela boca do profeta Zaratustra, (...) -
Schopenhauer (MVR2:519-520) – tragédia
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroNosso prazer na tragédia não pertence ao sentimento do belo, mas ao do sublime; sim, é o grau mais elevado desse sentimento. Pois assim como pela visão do sublime na natureza desviamo-nos do interesse da vontade para nos comportarmos de maneira puramente contemplativa, assim também na catástrofe trágica desviamo-nos da Vontade de vida mesma. De fato, na tragédia, o lado terrível da vida nos é apresentado, a miséria da humanidade, o império do acaso e do erro, a queda do justo, o triunfo do (...)
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Safranski (SB:379-380) – a vontade em Schopenhauer
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroA “filosofia da reflexão”, que desenvolvia a totalidade da vida humana e da natureza a partir das estruturas identificadas no espírito, iniciada por Fichte e chegando até Hegel com intensidade crescente, havia atribuído ao processo histórico a tarefa de levar o espírito a descobrir-se a si mesmo. A história humana foi interpretada como a realização da verdade: o caminho do espírito, seu avanço ininterrupto, que se distancia através do encadeamento contínuo das imagens e configurações de (...)
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Schopenhauer (MVR1:201-202) – motivos
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroOs motivos não determinam o caráter do homem, mas tão-somente o fenômeno desse caráter, logo as ações e atitudes, a feição exterior de seu decurso de vida, não sua significação íntima e conteúdo: estes últimos procedem do caráter, que é fenômeno imediato da Vontade, portanto sem-fundamento. Que um seja mau e outro bom, isso não depende de motivos e influências exteriores, como doutrinas e sermões; nesse sentido, o caráter é algo absolutamente inexplicável. Porém, se um malvado mostra sua (...)
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Schopenhauer (ES) – responsabilidade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castrotradução do inglês
Pois há outro fato de consciência que até agora deixei completamente de lado para não interferir no processo de minha investigação. Esse é o sentimento totalmente claro e certo da responsabilidade pelo que fazemos, da prestação de contas por nossas ações, que repousa na certeza inabalável de que nós mesmos somos os atores de nossos atos [os fazedores de nossos fatos]. Em virtude desta consciência, nunca entrará na cabeça mesmo daquele que está totalmente convencido da (...) -
Schopenhauer (MVR2:244-245) – consciência de si
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroNão apenas a consciência [Bewußtseyn] das outras coisas, isto é, a percepção [Wahrnehmung] do mundo exterior, mas também a CONSCIÊNCIA DE SI [Selbstbewußtseyn] contém, como antes abordado, uma parte que conhece e uma que é conhecida; do contrário, não seria CONSCIÊNCIA. Pois CONSCIÊNCIA consiste no conhecer [Erkennen]: mas a isto pertence uma parte que conhece e uma que é conhecida; eis por que a consciência de si também não poderia existir se nela não se contrapusesse ao que conhece um (...)
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Schopenhauer (SQRPRS:§§41-42) – Sujeito do conhecer e objeto; Sujeito do querer
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTodo conhecimento pressupõe, de maneira incontornável, sujeito e objeto. Por essa razão, também a autoconsciência não é, sem mais, simples, mas desmembra-se, assim como a consciência de outras coisas (isto é, a faculdade de intuição), num conhecido e num cognoscente. Aqui o conhecido aparece total e exclusivamente como vontade.
De acordo com isso, o sujeito conhece a si mesmo apenas como querente, não, porém, como cognoscente. Pois o eu que representa, o sujeito do conhecer, jamais pode (...) -
Schopenhauer (MVR1:530-531) – coisa-em-si - vontade - moral
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[...] o mundo objetivo, como o conhecemos, não pertence à essência das coisas em si mesmas, mas é seu mero FENÔMENO, condicionado [530] exatamente por aquelas mesmas formas que se encontram a priori no intelecto humano (isto é, o cérebro), portanto nada contém senão fenômenos. Kant, decerto, não chegou ao conhecimento de que o fenômeno é o mundo como representação e a coisa-em-si é a Vontade. Todavia mostrou que o mundo fenomênico é condicionado tanto pelo sujeito quanto pelo objeto e, (...)