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Tratado 52
Traité 52
Tractate 52
Enéada II,3
Enéada II, 3
Ennead II,3
Ennead II, 3
Ennéades II,3
Ennéades II, 3
II, 3
II,3
PLOTINO - TRATADO 52 (II, 3) - SE A ASTROLOGIA É DE ALGUM VALOR
A astrologia proveniente da Caldeia entrou na Grécia no século III AC. Os filósofos acolheram mal a astrologia. Os meios gnósticos por sua vez, especialmente os discípulos de Marcos eram adeptos da astrologia. O tom muda com Plotino que evita cair em excessos de um lado ou de outro., negando em bloco a astrologia ou lhe dando muito poder sobre o mundo daqui de baixo. Plotino adota uma posição de compromisso: a astrologia é possível, mas em um outro quadro teórico que aquele estabelecido pelos astrólogos. Se ele critica os astrólogos é a fim de alcançar uma doutrina racional sobre a ação dos astros (Tratado 28 ).
No Tratado 3 ataca à astrologia em razão do determinismo que ela pode engendrar. Para Plotino a ação dos astros é limitada, pois o homem possui uma alma superior que não está submetida às limitações do mundo sensível. No Tratado 28 apresenta a mesma doutrina com mais detalhes. Os astros e suas configurações exercem uma influência inegável aqui em baixo, sejam como causas e sinais, sejam apenas como sinais. Os astros anunciam todos os eventos sem exceção, sejam eles as causas ou não. Sua ação se explica pela simpatia que liga as partes do universo.
Sobre esta doutrina, Plotino retorna neste Tratado 52, onde desde as primeiras linhas resume sua posição: os astros prenunciam todas as coisas mas não as produzem todas, e remete aos argumentos que a sustentam nos seus escritos cronologicamente anteriores. [Brisson ]
Cap. 1: Introdução
- Cap. 1, 1-6: Introdução: os astros anunciam tudo, mas eles não produzem tudo.
- Cap. 1, 6-28: Apresentação da doutrina astrológica.
Cap. 2-6: Refutação dos princípios astrológicos.
- 2. Se os astros são inanimados, eles não produzem senão disposições corporais; se são animados, não cometem o mal.
- 3-4. Os astros não são influenciados pelos lugares ou pelas configurações.
- 5. O calor e o frio, o dia e a noite, e as fases lunares não têm efeitos.
- 6. É absurdo que o astros obedeçam a configurações e que eles se preocupem de produzir tantas coisas; o universo obedece a um só e único princípio.
Cap. 7-8: A adivinhação pelos astros é possível.
- 7. Existe uma adivinhação pelos astros, pois o universo é um vivente único, o qual é regido por uma só e mesma ordem que une todas as coisas nada deixando ao azar.
- 8. A alma é responsável desta ordem e ela produz tudo; os astros anunciam tudo.
Cap. 9-15: A influência dos astros é limitada.
- 9. Se o homem se abandona a sua alma inferior, ele se torna escravo do destino e dos signos que enviam os astros; se ele se abandona ao divino, nada pode ser mestre dele.
- 10. Os astros não produzem senão afeções corporais e eles não são únicos neste jogo, pois a alma humana tem caracteres próprios e ela se expõe aos golpes da sorte.
- 11. A influência dos astros não é mais a mesma uma vez descida aqui em baixo e ela se corrompe bastante quando ela se mistura à matéria daqui.
- 12. As influências dos astros se misturam entre elas quando elas chegam aqui em baixo e elas não alteram a natureza primeira daqueles que as recebem; estas influências vêm de corpos quentes, que são úteis ao conjunto e que se coordenam com ele.
- 13. Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo; uma coisa não pode senão melhorar uma outra ou torná-la pior, sem mudar sua natureza.
- 14. Os astros não são senão um dos numerosos fatores que podem influir sobre a pobreza, a riqueza, a glória e as magistraturas.
- 15. A alma superior faz escolhas antes de vir no universo e ela aí vem com uma natureza e tendências próprias que os astros não podem fundamentalmente mudar.
Cap. 16-18: Explicação da fórmula "a alma governa o universo segundo uma razão".
- 16, 1-4. É preciso retornar à definição disto que é o vivente.
- 16, 4-5. em qual sentido a alma governa o universo segundo uma razão?
- 16, 6-36. Três interpretações a rejeitar:
- 6-13. A alma produz cada coisa, sem ser responsável das consequências;
- 13-15. A alma produz cada coisa, e ela é responsável das consequências;
- 15-36. A alma se preocupa sem cessar em corrigir sua obra.
Cap. 16, 36 - Cap. 18: Solução.
- Cap. 16, 36-54. A alma envia as razões e ela cessa em seguida de agir, pois estas são as razões que põem a matéria em movimento e que a forçam a tender para o melhor.
- Cap. 17. A alma produz sem reflexão, graças às razões que ela recebe do Intelecto.
- Cap. 18, 1-8. Os males são necessários e úteis, pois eles vêm de realidades anteriores.
- Cap. 18, 8-22. A alma do mundo recebe do Intelecto as razões, e ela produz por sua parte inferior.
Matérias
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Plotino - Tratado 52,13 (II, 3, 13) — Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo
2 de junho, por Cardoso de Castro
13. Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo; uma coisa não pode senão melhorar uma outra ou torná-la pior, sem mudar sua natureza.
Míguez
13. Conviene que ahora tomemos tu consideración y distingamos estos dos casos, a saber, el hecho de que unas cosas derivan del movimiento del cielo y otras no, diciendo ademas, de manera general, de dónde proviene cada cosa. Nuestro principio es el siguiente: el alma gobierna el universo de acuerdo con la razón y puede ser comparada (...)
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Plotino - Tratado 52,9 (II, 3, 9) — Abandonado a sua alma inferior, o homem se torna escravo do destino
1º de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 9-15: A influência dos astros é limitada. 9. Se o homem se abandona a sua alma inferior, ele se torna escravo do destino e dos signos que enviam os astros; se ele se abandona ao divino, nada pode ser mestre dele.
Míguez
9. Vayamos, ahora al ejemplo del huso, que fue considerado por unos, ya desde antiguo, como un huso que trabajan las Parcas, y por Platón como una representación de la esfera celeste; las Parcas y la Necesidad, su madre, eran las encargadas de hacerle girar, fijando en (...)
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Plotino - Tratado 52,1 (II, 3, 1) — Apresentação da doutrina astrológica
20 de janeiro, por Cardoso de Castro
Cap. 1, 1-6: Introdução: os astros anunciam tudo, mas eles não produzem tudo. Cap. 1, 6-28: Apresentação da doutrina astrológica.
Míguez
1. Hemos dicho ya en otro lugar que el movimiento de los astros anuncia los acontecimientos futuros, pero que no los produce, como cree la mayoría. En este sentido, un tratado anterior dio pruebas de ello. La cuestión exige, sin embargo, más precisiones, y hemos de hablar con más pormenor y exactitud; porque no es de despreciar la opinión que se tenga sobre este (...)
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Plotino - Tratado 52,2 (II, 3, 2) — Se os astros são inanimados...
1º de junho, por Cardoso de Castro
2: Se os astros são inanimados, não produzem senão disposições corporais; se são animados, não cometem o mal.
Míguez
2. ¿Consideraremos a los astros como seres animados o como seres inanimados? Porque si de verdad son seres inanimados, no podremos atribuirles otra cosa que calor o frío, y eso en el supuesto de que admitamos que hay algunos astros fríos. Es claro que se adaptarán a la naturaleza de nuestros cuerpos y que de los cuerpos de ellos se originará un movimiento que llegue hasta nosotros. (...)
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Plotino - Tratado 52,3 (II, 3, 3) — Os astros não influenciados pelos lugares
1º de junho, por Cardoso de Castro
3-4. Os astros não são influenciados pelos lugares ou pelas configurações.
Míguez
3. Dícese acaso que no actúan por su libre designio, sino forzados por las regiones donde asientan y por su propia condición. Pero si así fuese, sería necesario que todos los planetas produjesen los mismos efectos atendiendo a una región y condición determinadas. Ahora bien ¿en qué se modifica un planeta cuando pasa de una sección del zodíaco a otra? Porque es claro que no se encuentra en el zodíaco mismo, sino a una (...)
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Plotino - Tratado 52,4 (II, 3, 4) — Os astros não influenciados pelas configurações
1º de junho, por Cardoso de Castro
3-4. Os astros não são influenciados pelos lugares ou pelas configurações.
Míguez
4. Tampoco parece lógico afirmar que un planeta se llene de alegría al mirar a otro, en tanto éste se entristece. Por que, si así ocurriese, ¿no se originaría el odio entre ambos? ¿pero cuál sería el motivo? Pues es claro que si un planeta mira otro en la situación del tercer signo lo verá de manera diferente a si lo mirase en la situación del cuarto signo o, incluso, en situación contraria. Y, ¿por qué ha de verlo en la (...)
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Plotino - Tratado 52,5 (II, 3, 5) — O calor e o frio, o dia e a noite, e as fases lunares não têm efeitos
1º de junho, por Cardoso de Castro
Míguez
5. Dícese de alguno de estos planetas que es frío, pero al encontrarse más alejado de nosotros, se hace más beneficioso, dado que se ve en el frío el principio del mal que nos produce. Convendría entonces que al hallarse en los signos opuestos a nosotros su acción fuese del todo benéfica. Opuestos ambos, a su vez, el planeta frío y el planeta caliente, producen entre ellos efectos terribles; y, sin embargo, parece que debieran moderarse. De uno de los planetas (el planeta frío) dícese que se (...)
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Plotino - Tratado 52,6 (II, 3, 6) — É absurdo que os astros obedeçam a configurações
1º de junho, por Cardoso de Castro
6. É absurdo que o astros obedeçam a configurações e que eles se preocupem de produzir tantas coisas; o universo obedece a um só e único princípio.
Míguez
6. Dícese de Marte y de Venus que, colocados en determinada situación, producen adulterios. Se les convierte así, en imitadores del desenfreno humano, que sacian recíprocamente sus necesidades. ¡Incalificable absurdo! Se piensa, por ejemplo, en el placer que sienten los planetas por contemplarse en determinada posición, sin que nada ponga, límite (...)
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Plotino - Tratado 52,7 (II, 3, 7) — Existe uma adivinhação pelos astros
1º de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 7-8: A adivinhação pelos astros é possível. 7. Existe uma adivinhação pelos astros, pois o universo é um vivente único, o qual é regido por uma só e mesma ordem que une todas as coisas nada deixando ao azar. 8. A alma é responsável desta ordem e ela produz tudo; os astros anunciam tudo.
Míguez
7. Pero, si los astros, son los encargados de revelar el futuro y, como decirnos, no son otra cosa, entre muchas, que signos anunciadores del porvenir, ¿a quién hemos de atribuir lo que acontece? ¿Cómo se (...)
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Plotino - Tratado 52,8 (II, 3, 8) — A Alma é responsável desta ordem e produz tudo
1º de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 7-8: A adivinhação pelos astros é possível. 7. Existe uma adivinhação pelos astros, pois o universo é um vivente único, o qual é regido por uma só e mesma ordem que une todas as coisas nada deixando ao azar. 8. A alma é responsável desta ordem e ela produz tudo; os astros anunciam tudo.
Míguez
8. También el alma, luego que echa a andar, quiere cumplir su función, y tengamos en cuenta que el alma lo produce todo y ha de considerarse como un principio. Pero ya marche en línea recta, ya siga un (...)
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Plotino - Tratado 52,10 (II, 3, 10) — Os astros não produzem senão afecções corporais
1º de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 9-15: A influência dos astros é limitada. 10. Os astros não produzem senão afecções corporais e eles não são únicos neste jogo, pois a alma humana tem caracteres próprios e ela se expõe aos golpes da sorte.
Míguez
10. Si esto es así, hemos de admitir ahora que los astros actúan de signos. Pero no producen todas las cosas, sino tan sólo los propios estados pasivos del universo y cuanto subsiste de ellos sin la presencia viva del alma. Hemos de conceder al alma ciertas cualidades antes de que (...)
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Plotino - Tratado 52,11 (II, 3, 11) — A influência dos astros não mais a mesma uma vez descida
2 de junho, por Cardoso de Castro
11. A influência dos astros não é mais a mesma uma vez descida aqui em baixo e ela se corrompe bastante quando ela se mistura à matéria daqui.
Míguez
11. Pero hemos de pensar también que cuanto viene a nosotros de los astros no es ya, en el momento en que lo recibimos, lo mismo que era en el momento de su partida. Así como el fuego de la tierra es oscuro, de igual manera la disposición hacia la amistad aparece debilitada en aquel que la recibe, no llegando a producir, por tanto, una amistad (...)
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Plotino - Tratado 52,12 (II, 3, 12) — As influências dos astros se misturam entre elas
2 de junho, por Cardoso de Castro
12. As influências dos astros se misturam entre elas quando elas chegam aqui em baixo e elas não alteram a natureza primeira daqueles que as recebem; estas influências vêm de corpos quentes, que são úteis ao conjunto e que se coordenam com ele.
Míguez
12. Las influencias de los distintos astros tienden realmente a unificarse, en tanto que cada uno de los seres que nacen recibe algo característico de esta mezcla, llegando a especificar así lo que él es y sus propias cualidades. Porque es claro (...)
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Plotino - Tratado 52,14 (II, 3, 14) — Os astros não são senão um dos numerosos fatores que podem influir
2 de junho, por Cardoso de Castro
14. Os astros não são senão um dos numerosos fatores que podem influir sobre a pobreza, a riqueza, a glória e as magistraturas.
Míguez
14. ¿Cómo concebir ahora la pobreza y la riqueza, la celebridad y el poder? Porque, si la riqueza proviene de los padres, los astros dan fe de ella, lo mismo que anuncian el buen linaje si éste se debe sólo al nacimiento; ahora bien, si ha de atribuirse a la virtud, entonces el cuerpo pude colaborar a ella, contribuyendo a la vez todas las partes que fortalecen (...)
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Plotino - Tratado 52,15 (II, 3, 15) — A alma superior faz escolhas antes de vir no universo
2 de junho, por Cardoso de Castro
15. A alma superior faz escolhas antes de vir no universo e ela aí vem com uma natureza e tendências próprias que os astros não podem fundamentalmente mudar.
Míguez
15. Platón, antes de referirse al movimiento del huso, concede la debida importancia a la suerte elegida por nosotros; y a continuación, habla de la suerte atribuible al huso, que concurre enteramente con aquélla. También el demonio colabora en su cumplimiento. Entonces, nos preguntamos: ¿qué papel corresponde al huso? Su suerte, (...)
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Plotino - Tratado 52,16 (II, 3, 16) — A alma governa o universo segundo uma razão
2 de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 16-18: Explicação da fórmula "a alma governa o universo segundo uma razão". 16, 1-4. É preciso retornar à definição disto que é o vivente. 16, 4-5. em qual sentido a alma governa o universo segundo uma razão? 16, 6-36. Três interpretações a rejeitar: 6-13. A alma produz cada coisa, sem ser responsável das consequências; 13-15. A alma produz cada coisa, e ela é responsável das consequências; 15-36. A alma se preocupa sem cessar em corrigir sua obra.
Cap. 16, 36 - Cap. 18: Solução. Cap. 16, 36-54. A alma (...)
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Plotino - Tratado 52,17 (II, 3, 17) — A alma produz sem reflexão
2 de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 17. A alma produz sem reflexão, graças às razões que ela recebe do Intelecto.
Míguez
17. ¿Podremos llamar pensamientos a estas razones que se dan en el alma? Pero, ¿cómo actuar verdaderamente conforme al pensamiento? Porque la razón seminal que obra en la materia es algo que actúa naturalmente; y no se trata de un pensamiento, ni de una visión, sino de una potencia que modifica la materia. Tampoco conoce, sino que obra a la manera como un sello o como una figura que se refleja en el agua; (...)
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Plotino - Tratado 52,18 (II, 3, 18) — Os males são necessário e úteis
2 de junho, por Cardoso de Castro
Cap. 18, 1-8. Os males são necessários e úteis, pois eles vêm de realidades anteriores. Cap. 18, 8-22. A alma do mundo recebe do Intelecto as razões, e ela produz por sua parte inferior.
Míguez
18. ¿Son necesarios, pues, los males en el universo, por seguirse de los seres superiores? Sí lo son, porque si no lo fuesen, el universo sería imperfecto. Muchos de entre ellos, e incluso todos, prestan algún servido al universo, como ocurre con los animales venenosos, aunque esto se nos oculta la mayoría (...)