Míguez
3-¿Cuál es, por tanto, el demonio que nos guía? Sin duda, un demonio de este mundo. ¿Y qué dios? ¿También un dios de este mundo? Porque es claro que se trata de una facultad activa que conduce a cada uno y le dirige aquí abajo. ¿Pero es ella realmente el demonio que nos ha tocado en suerte? En modo alguno, dado que el demonio es algo anterior a ella; algo que, sin actuar, se halla al frente de nuestra vida, pues sólo actúa verdaderamente la facultad que viene después. Supongamos que (…)
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Enéada III, 4
Enéada III, 4 (15)
PLOTINO - TRATADO 15 (III, 4) - SOBRE O DEMÔNIO QUE NOS RECEBEU EM PARTILHA
Neste tratado, Plotino prossegue o estudo da alma engajada nos tratados da Enéada II, se dedicando mais particularmente aqui à alma humana e a seu demônio (daimon). É da alma da qual é questão a princípio, neste tratado, e mesmo quando tratará do demônio examinará ainda, assim fazendo, questões escatológicas que não se reportam senão a uma espécie de alma determinada, a alma humana. O tratado se abre com efeito como um estudo da alma em geral, aquela das plantas assim como a dos homens, seu modo de geração e seus diferentes poderes; em seguida, se concentra sobre a alma humana, antes de passar enfim da questão geral das reencarnações ao tema do "demônio que nos recebeu em partilha". O tema dos demônios é então tratado no quadro de um estudo mais amplo da metempsicose, quer dizer no quadro da "psicologia", entendida como o estudo da alma. [Brisson ]
Capítulo 1: A alma e suas potências
- 1-3. Diferentemente das realidades superiores, a alma se move quando engendra.
- 4-5. Presença da faculdade vegetativa no homem assim como nas plantas.
- 6-12. Aquilo que a natureza engendra é indeterminação total e privado de vida.
- 12-14. Nas realidades superiores, ao contrário, a indeterminação é apenas relativa.
- 14-17. Como a matéria se torna corpo em recebendo uma forma.
Capítulo 2: Correspondências entre os modos de vida e as reencarnações.
- 1-6. Caso das almas não humanas: tal ou tal parte é ativa nelas e não as outras.
- 6-11. Caso da alma humana: suas diferentes partes são ativas simultaneamente.
- 11-12. Enunciado do princípio que comanda as reencarnações: o homem se torna aquela destas partes que mais desenvolveu.
- 13-30. Ilustrações deste princípio.
Capítulo 3: O demônio que se é e o demônio que se tem.
- 1-3. Correspondências entre os modos de vida e as reencarnações (continuação): que tipo de homem se torna um demônio (o demônio que se é).
- 3-5. Definição do demônio que se tem: é o princípio imediatamente superior à parte que é ativa no homem durante sua vida.
- 5-8. Ilustrações deste princípio
- 8-25. Consequência: somos nós que escolhemos este demônio e a alma pode assim abandonar, ou se elevar ao mais alto.
- 25-27. Precisão: a parte da alma que se mantém no inteligível produz um "ato" dela manifestado.
Capítulo 4: A alma do mundo e seu corpo.
- 1-2. Que este ato pode ascender ao inteligível (continuação e fim da questão precedente)
- 2-3. Comparação da alma humana e da alma do mundo.
- 4-7. A alma do mundo não desceu
- 7. O corpo do mundo está "em segurança"
- 7-13. A alma do mundo não tem consciência.
Capítulo 5: A preeminência da alma nas escolha das vidas
- 1-4. Interpretação da escolha da alma no mito de Er.
- 5-13. É a alma que cabe a decisão e não ao corpo.
- 13-19. Confirmação de acordo com os outros elementos do mito.
- 19-29. Estatuto e papel do demônio.
Capítulo 6: Destino das almas.
- 1-10. O sábio.
- 11-17. O papel dos demônios no Hades.
- 17-18. O demônio das almas que se tornam bestas.
- 18-45. As almas que vão "la em cima".
- 46-60. O retorno das almas no corpo que elas escolheram.