Cap. 11: As razões produzem tudo, mesmo os males, pois tudo não tem ser igual no universo e tudo aí está bem disposto.
Míguez
11- ¿Hemos de atribuir a la naturaleza y a la sucesión de las causas el que cada cosa sea así y tan bella como es posible? Contestaremos que no y que la razón lo hace todo con plena soberanía y voluntad. Esa razón obra de acuerdo consigo misma cuando produce los seres malos, porque no quiere realmente que todos los seres sean buenos.
Comparémosla con el (...)
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heros / ἥρως / ἥρωες / hereos / heroycus / herói / heróis / steiros / στεῖρος / stereos / στερεός / forte / firme / duro
Matérias
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Plotino - Tratado 47,11 (III, 2, 11) — As razões produzem tudo, mesmo os males
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro -
Banquete 178a-180c: Discurso de Fedro
24 de março de 2022Primeiramente, tal como agora estou dizendo, disse ele que Fedro começou a falar mais ou menos desse ponto, “que era um grande deus o Amor, e admirado entre homens e deuses, por muitos outros títulos e sobretudo por sua origem. Pois o ser entre os deuses o mais antigo é honroso, dizia ele, e a prova disso é que genitores do Amor não os há, e Hesíodo afirma que primeiro nasceu o Caos — ... e só depois Terra de largos seios, de tudo assento sempre certo, e Amor...
Diz ele então que, depois (...) -
Eudoro de Sousa (MHM:344-347) – Grécia
2 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroDE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 344-347
Da Grécia, que é o privilegiado «lugar» em que historicamente se defrontam, pela primeira vez, a presença do presente e a presença do passado, há uma história tão densa e extensa, que o acontecido, então, houve que reparti-lo pelas suas projeções num sistema de coordenadas, cujos planos funcionais são constituídos por todas as disciplinas em que se repartem as nossas ciências humanas e por algumas (...) -
Barbuy: Sartre e Heidegger
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 199-211
Se o existencialismo contemporâneo dá como estrutura do existir o estar-jogado-no-mundo, isto significa para o homem atual o ter sido arremessado ao vazio, onde só há para ele, segundo Heidegger, a impossibilidade radical de conhecer o onde e o porque. — No vazio, não pode haver um onde e um para que.
O indivíduo humano está isolado, porque já não há mais o sentido da realidade, desde que as (...) -
Os Pré-socráticos e as Tragédias
24 de março de 2022Não apenas os beócios é que não pensam. Os próprios atenienses renunciaram ao pensamento quando em Sócrates, Platão e Aristóteles a filosofia inaugurou sua avalanche histórica. Para Hegel, a filosofia é uma época concentrada em pensamentos. Para os primeiros pensadores, pensar é acordar o não pensado, acionar a inércia de pensamento de uma tradição histórica. É o que fizeram recuperando a tragédia da poesia e mitologia vigente na consciência de sua época, da religião, da política, da (...)
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Barbuy: Progresso (9) - Paraíso Perdido
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 116.
9. Em quase todos os povos antigos a legendária reminiscência de um Paraíso Perdido se associou a uma inconsciente noção regressiva da história. Esta noção é implícita ao culto dos antepassados, à crença de que o fundador da cidade era um herói semi-divino, do qual se descendia, declinando. As virtudes do passado assomavam como valores perdidos pelo presente e a tradição, em vez da revolução, (...) -
Agamben (E:198-202) – Eros – herói – demônio
29 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroAGAMBEN, Giorgio. Estâncias - a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tr. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 198-202
Não é fácil precisar em que momento o “demônio aéreo” de Epinómis, de Calcídio e de Pselo acaba identificado com o “herói” ressuscitado pelos antigos cultos populares. Segundo uma tradição que Diogenes Laércio faz remontar a Pitágoras, certamente os [198] heróis já apresentam todos os traços da demonicidade aérea: eles habitam no ar e agem (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado (...) -
Ortega y Gasset (MT:A1) – VICISSITUDES NAS CIÊNCIAS
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroORTEGA Y GASSET, José. Meditação da Técnica. Tradução e Prólogo de Luís Washington Vita. Rio de Janeiro: Livro Íbero-Americano, 1963, p. 101-108
português
É interessante estudar a história das ciências sob a imagem de que cada uma delas fosse uma pessoa, ou, melhor, uma série de pessoas que se sucedem no tempo, representando as gerações . Sob este suposto, aparece cada ciência comportando-se como um indivíduo, dotada de determinado caráter reagindo ante os demais acontecimentos (...) -
Truc: Platonismo da Renascença
20 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroGonzague Truc (História da Filosofia)
Cada época vê à sua maneira própria as épocas anteriores, sobretudo as mais antigas, e as acomoda conforme as suas ideias, o seu gosto, o seu temperamento e as suas necessidades. A Idade Média havia tomado de empréstimo à antiguidade uma dialética, uma doutrina de que se servira para a explicação e a defesa das suas crenças; a Renascença concebeu sob um outro aspecto esses tempos que retornavam e que a enchiam de deslumbramento. Possuía mais (...) -
Lyotard (CPM) – a condição pós-moderna
2 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroLYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Tr. Ricardo Corrêa Barbosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
LYOTARD, Jean-François. La condition postmoderne. Paris: Minuit, 2018 (ebook)
português
ESTE estudo tem por objeto a posição do saber nas sociedades mais desenvolvidas. Decidiu-se chamá-la de “pós-moderna”. A palavra é usada, no continente americano, por sociólogos e críticos. Designa o estado da cultura após as transformações que afetaram as regras dos jogos da ciência, (...) -
Henry (ESV) – Que chamaremos "cristianismo"?
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Eu Sou a Verdade. Por uma filosofia do cristianismo. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2015
Tradução
Nosso propósito não é de nos perguntar se o cristianismo é "verdadeiro" ou "falso", estabelecer, por exemplo, a primeira destas hipóteses. O que aqui está em questão é, todavia, aquilo que o cristianismo considera como a verdade, o gênero de verdade que propõe aos homens, que se esforça de lhes comunicar não como uma verdade teórica e indiferente, mas como (...) -
Fourez (CC:145-153) – a ciência e os quadrinhos sem legenda
22 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFOUREZ, Gérard. A Construção das Ciências. Tr. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: EDUSP, 1985, p. 145-153
Pode-se comparar o processo científico a um jogo para os jovens que aparece no jornal: o da história em quadrinhos sem legenda. Esse jogo apresenta desenhos para os quais se deve encontrar uma “legenda”.
Um jogo cheio de convenções
Esse jogo implica, assim como a ciência, uma atividade cultural determinada por um consenso ligado a certo grupo. Para compreender o jogo, é preciso ter (...) -
Jordan-Smith – A Epopeia de Gilgamesh
28 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcerto de "A Busca", Jean Sulzberger (org.), trad. Octavio Mendes Cajado. Pensamento, 1989.
Desesperado, Gilgamesh andava de um lado para outro em torno do corpo do seu amigo Enkidu. Chorou amargamente e riscou o rosto com cinzas; rasgou as vestes e entrajou-se com peles de animais selvagens. No mais profundo do coração gritou:
— Como posso descansar, como posso estar em paz? Contemplai Enkidu, meu irmão e companheiro: o que ele é agora, eu o serei algum dia. Porque tenho medo da (...) -
Barbuy: senso comum (4) - realidade
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 145-146.
4. A negação do existencial nos idealismos derivados de Kant — em particular no de Hegel — criou a necessidade artificial de uma reconstrução do mundo pelo próprio homem, agora abandonado a si mesmo, mas tomado da consciência idealista de que a realidade decorre dele mesmo e será tal qual sua razão a construir e sua vontade a plasmar: esta é [145] uma dimensão do criticismo kantiano, que atribui (...) -
Carneiro Leão (FG:111-114) – Os Pré-socráticos e as Tragédias
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 111-114]
Não apenas os beócios é que não pensam. Os próprios atenienses renunciaram ao pensamento quando em Sócrates, Platão e Aristóteles a filosofia inaugurou sua avalanche histórica. Para Hegel, a filosofia é uma época concentrada em pensamentos. Para os primeiros pensadores, pensar é acordar o não pensado, acionar a inércia de pensamento de uma tradição histórica. E o que fizeram recuperando a (...) -
Plotino - Tratado 53,12 (I, 1, 12) — Isso que somos e isso que somos responsáveis (3)
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro(§12) Retorno sobre o problema da impecabilidade da alma separada. O problema do julgamento dos mortos [thanatos] A estátua de Glauco O problema da descida da alma [kathodos, katabasis] Hércules [Herakles] ou a dualidade [dyas]
traduzindo MacKenna
12. Mas se a Alma é sem pecado, como podem haver expiações? Aqui certamente há uma contradição; por um lado a Alma está acima de toda culpa; por outro, ouvimos de seu pecado, sua purificação, sua expiação; está condenada ao mundo inferior, (...) -
Sloterdijk (MB:38-43) – a paideia a seriviço da polis
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de SLOTERDIJK, Peter. No mesmo barco : ensaio sobre a hiperpolítica. Tr. Claudia Cavalcanti. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 38-43
A educação, paideia, só se explicita de fato como teoria do adestramento aristocrata na cidade, no palco da história das ideias, e sobressai imediatamente por meio de um grotesco acento típico das grandes civilizações: o que a educação expressamente realizada de fato significa é denunciado na ideia construtivista de Platão de dizimar as (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:51-55) – Teogonia, a gênese dos deuses
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 51-55]
20. A Teogonia, gênese dos deuses, põe o começo da linhagem de Zeus nas núpcias do Céu e da Terra; mas a preposição do acto genesíaco dos dois grandes componentes cósmicos nada apresenta de original. No poema de Hesíodo, o traço mais surpreendente e, que o saibamos, inédito e inaudito, consta dos vv. 126-127: [51] «Primeiro, a Terra gerou, igual a si mesma, / O Céu estrelado, (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:214-219) – mitologia, mito, mítico
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 214-219]
Não que faltem manuais, tratados, dicionários ou enciclopédias especializadas, expondo de maneira mais ou menos resumida ou de modo excessivamente minucioso, o que se deva entender por tal palavra [mitologia]. Mas não há leitor que não perca o pé nesse oceano de erudição (nós o perdemos, lendo o artigo «Zagreus» que W. Fauth escreveu para a REI), ao bem atentar em (...)