Intermezzo: necessidade de uma palinodia (241d-243e) Sócrates para de falar, quer partir o sinal divino o impede disto necessidade de uma expiação a falta de Sócrates impiedade estupidez a palinodia aquela de Stesichore aquela de Sócrates O segundo discurso de Sócrates (243e-257b) Introdução Desenvolvimento: elogio da loucura mantikos telestikos poietikos eros 1. o que é a alma imortalidade forma estrutura da alma viagens da alma antes da encarnação no céu além do céu a queda encarnação 2. o que é o (...)
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diadosis / διάδοσις / tradition / tradição / tradición / παράδοσις / paradosis / dosis / δόσῐς / dar / μετάδοσις / metadosis / transmissão
Matérias
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Platão (Fedro:242b-259d) — Segundo discurso de Sócrates
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Parmênides – Poema
16 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroGerd Bornheim
O poema de Parmênides nos oferece - ao lado dos fragmentos de Heráclito - a doutrina mais profunda de todo o pensamento pré-socrático. Mas é também a de mais difícil interpretação. O poema divide-se em três partes: o prólogo, o caminho da verdade e o caminho da opinião.
No prólogo (frag. 1), o filósofo é conduzido à presença da deusa, que lhe promete a revelação da verdade. A deusa, portanto, é quem fala. No fim do prólogo, o poema distingue "o coração inabalável da verdade bem redonda", das (...) -
Agamben (HS:9-10) – bios e zoe
2 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroAGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. O poder soberano e a vida nua. Tr. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 9-10.
Os gregos não possuíam um termo único para exprimir o que nós queremos dizer com a palavra vida. Serviam-se de dois termos, semântica e morfologicamente distintos, ainda que reportáveis a um étimo comum: zoe, que exprimia o simples fato de viver comum a todos os seres vivos (animais, homens ou deuses) e bios, que indicava a forma ou maneira de viver própria de um (...) -
Ernildo Stein: As intuições heideggerianas e o movimento fenomenológico
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Questão do Método na Filosofia - Um Estudo do Modelo Heideggeriano. Livraria Duas Cidades, 1973
1 Ainda que as experiências iniciais tenham deixado traços indeléveis no caminho de Heidegger, o fator determinante de seu pensamento foi, no entanto, o encontro com a fenomenologia. Seus primeiros trabalhos manifestavam profundos laços com a problemática corrente da tradição alimentada pelo neo-aristotelismo, neotomismo e neokantismo e as soluções dadas pelo filósofo, dentro deste horizonte, às (...) -
Jacob Boehme
29 de marçoBiografia e bibliografia Breve notícia de Antoine Faivre em seu livro "O Esoterismo" (Papirus): A teosofia de Boehme — Pela ênfase sobre a "Luz da Natureza", o Paracelso - paracelsismo é mais unia filosofia esotérica da Natureza do que unia teosofia propriamente dita, mas é dessa fonte que a teosofia germânica brotará. No século XVI não faltam teósofos fora da Alemanha, como Jorge de Veneza, Guilherme Postel, outros já citados, aos quais se acrescentariam ainda nomes como Lambert Daneau (Physice (...)
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Cristianismo Etiópico
28 de marçoSegundo pesquisa de nosso amigo Antonio Carneiro, a Igreja Etíope possui um dos cânones mais amplos, constam o "breve" do Antigo Testamento com textos da Septuaginta aceitos pelos ortodoxos (incluindo Salmo 151, a Oração de Manasé, o Livro III de Esdras e o Livro III dos Macabeus), mais os Livro de Enoque, Kebra Nagast e Livro dos Jubileus. Os três livros de Macabeus diferem bem dos seus homônimos, dos outros judaicos-cristãos. Algumas diferenças existem quanto à ordem dos livros além de incluir (...)
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Platonismo de Gregorio de Nissa
29 de marçoVIDE Gregorio Nissa Platonismo - JEAN DANIÉLOU - PLATONISMO E TEOLOGIA MÍSTICA Excertos da tese de doutorado de Maria Cândida Monteiro de Pacheco
No horizonte filosófico da época é comum ao pensamento pagão e cristão o reconhecimento unânime do valor e do predomínio do platonismo.
Desde o século II, o platonismo é assumido pelo pensamento cristão como propedêutica à Revelação. O itinerário espiritual de S. Justino é, neste campo, particularmente revelador, definindo uma posição que será válida por mais (...) -
egoismo
28 de marçohinduísmo - HINDUÍSMO Michel Hulin: AHAMKARA Na tradição hindu o egoísmo não parece ser jamais apresentado em estado puro, como "egoísmo sórdido", mas sempre no contexto de uma certa sobre-estimação (abhimana) tácita de si mesmo. Donde a frequente utilização de dois sinônimos de ahamkara: garva e smaya. Garva, é o fato de ser "vaidade - cheio do sentimento de sua importância" (cf. guru: a pessoa grave, importante); smaya designa propriamente o sorrir de orgulho daquele que recebe um cumprimento, se admira (...)
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Repercussões dos Manifestos RC
28 de marçoRepercussão dos Manifestos Na época, esses avisos despertaram um interesse exaltado, e muitos esforçaram-se por entrar em contato com os Rosa-Cruz - Irmãos R.C. por cartas, apelos impressos e panfletos. Uma torrente de trabalhos impressos irrompe desses manifestos, respondendo ao convite feito por aqueles que os escreveram, a fim de se comunicarem e cooperarem no trabalho da Ordem. Contudo, os apelos ficaram sem resposta. Os Irmãos — se existiam — pareciam invisíveis e impérvios às solicitações (...)
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Utopia
28 de marçoUtopia e Novo Mundo Akasha Grant e Murilo Cardoso de Castro
O Ocidente empreendeu, não apenas a descoberta de um Novo Mundo, mas um retorno às suas origens além das águas primordiais do oceano. Desde a Idade Média viajantes tinham recolhido e reproduzido os ecos de um reino fabuloso se estendendo do Oceano ao Nilo: o reino do Preste João onde viviam os primeiros cristãos salvos do pecado original, herdeiros da Promessa Divina.
Segundo outras tradições, os Reis magos tinham sido recompensados por (...) -
Tratado da Imortalidade da Alma
28 de marçoExcertos da apresentação de Pinharanda Gomes, em Tratado da Imortalidade da Alma (Imprensa Nacional, 1982)
O Tratado da Imortalidade da Alma é uma confutação e uma refutação. Confutação, porque é um argumentário destinado a provar internamente a falsidade das proposições urielinas. Refutação, porque expõe, demonstra o erro, e responde às objecções, explicitando-a em duas frentes: na defensiva, enquanto prova que a tese rejeitada se apoia em falso argumento, e na ofensiva, porquanto, além de sustentar o que (...) -
de Castro (SEI): a informática, um engenho de representação
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Martin Heidegger, em um de seus ensaios, “A época das concepções do mundo” (1949/1962, pág. 99-146), faz uma longa meditação sobre a essência da Modernidade, ou dos Tempos Modernos, a partir do questionamento a respeito da (...) -
Coomaraswamy Eckhart
29 de marçoCoomaraswamy Civilizacion - O QUE É CIVILIZAÇÃO? "Eu nada faço e o mesmo deveria ocorrer com o homem subjugado, o que conhece a Realidade Final" (BG. V.8). "Nada faço de mim mesmo" (João 8,28; cf. 5,19). Imaginar que "eu faço" (karto ham iti) e "eu" penso é presunção, é a oiesis de Fílon (Leg. Alleg. 1.47, 2.68, 3.33) e o abhimana indiano. A proposição Cogito ergo sum é um non sequitur e uma tolice; a conclusão lógica é Cogito ergo EST, referindo-se a Ele "que É" (Damasceno em De fid. orthod., I; KU. VI. (...)
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Eudoro de Sousa (MHM:344-347) – Grécia
2 de fevereiro, por Cardoso de CastroDE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 344-347
Da Grécia, que é o privilegiado «lugar» em que historicamente se defrontam, pela primeira vez, a presença do presente e a presença do passado, há uma história tão densa e extensa, que o acontecido, então, houve que reparti-lo pelas suas projeções num sistema de coordenadas, cujos planos funcionais são constituídos por todas as disciplinas em que se repartem as nossas ciências humanas e por algumas daquelas que (...) -
Arcontes
28 de março, por Cardoso de CastroForça do cosmos: no singular, o Grande Arconte, demiurgo e senhor do mundo inferior; no plural, designa o círculo que cerca o demiurgo ou os planetas. GNOSTICISMO – Hans Jonas: Religião Gnóstica - A RELIGIÃO GNÓSTICA
O universo, o domínio dos Arcontes, é como uma enorme prisão onde a masmorra mas interior é a Planeta Terra - terra, a cena da vida do homem. Em volta e acima disto as esferas - esferas cósmicas se alinham como casacas concêntricas envelopantes. Frequentemente há as Planetas - sete (...) -
psicologia medieval
28 de marçoCristologia Bernardo de Clairvaux: (De consideratione ad Eugenium III, 1, II, cap. IV.) E esta consideração de ti divide-se em três partes, se consideras o que és, quem és e qual és. O que na natureza, quem na pessoa, qual nos costumes. O que, por exemplo, homem. Quem, o Papa ou Sumo Pontífice. Qual, benigno, pacífico, ou algo semelhante. No demais, a investigação daquele primeiro ponto é mais filosófica que apostólica; há sem dúvida algo na definição do homem, ao qual chama animal racional,-* mortal, (...)
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Eckhart Desapego
29 de marçoVEJA: LE DÉTACHEMENT
DESPRENDIMENTO, DESPRENDIDO (ABGESCHIEDENHEIT, ABGESCHIEDEN) Excertos do glossário do tradutor, Enio Paulo Giachini, da ótima versão portuguesa dos "Sermões Alemães" de Mestre Eckhart Abgeschiedenheit: desprendimento, retraimento, aseidade; abgeschieden: desprendido, livre, solto, à vontade no próprio seu Ab-geschieden-heit vem do verbo abscheiden. Este é composto de ab, que significa de (ab, em latim; apo, em grego), afastando-se de; e schei-den, separar, cujo particípio (...) -
Barthes Escrever
22 de março, por Cardoso de CastroRoland Barthes - ESCREVER: VERBO INTRANSITIVO?
Durante séculos a cultura ocidental pensou a literatura não como o fazemos hoje, através do estudo de obras, autores e escolas, mas através de uma autêntica teoria da linguagem. Esta teoria, cujo nome, Retórica, lhe veio da antiguidade, reinou no mundo ocidental desde os Górgias até a Renascença — durante quase dois mil anos. Ameaçada já no século XVI pelo advento do racionalismo moderno, a Retórica foi completamente arrasada quando o racionalismo se (...) -
sophia
28 de marçoVIDE: SABEDORIA; FILOSOFIA; SOFIA; TRADIÇÃO PLATÔNICA EVANGELHO DE JESUS: Mt 11:19; Mt 12:42; Mt 13:54; Mc 6:2; Lc 2:40; Lc 2:52; Lc 7:35; Lc 11:31; Lc 11:49; Lc 21:15 sophia: "sabedoria"; sophos: "sábio"; sophizo: "tornar sábio", "ensinar", "instruir"; "tramar com astúcia".
No NT, termos deste grupo de palavras acham-se principalmente em 1 Co 1-3 (25 vezes), ao passo que os Evangelhos usam-nos de modo relativamente raro e desigual (Mc uma só vez; Jo nenhuma vez; Mt 5 vezes e Lc 7 vezes;e, além (...) -
Rorty (PMN:21-28) – Wittgenstein, Heidegger, Dewey
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroRORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Tr. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995, p. 27-28
tradução parcial
Espero que o que estive dizendo tenha tornado claro por que escolhi “A Filosofia e o espelho da natureza” como título. São as imagens mais que as proposições, as metáforas mais que as afirmações que determinam a maior parte de nossas convicções filosóficas. A imagem que mantém cativa a filosofia tradicional é a da mente como um grande espelho, contendo variadas (...)