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sarx / σάρξ / carne / flesh / σαρξ εγενετο / sarx egeneto / encarnar / encarnação

  

Coomaraswamy

En Menón 85, 86 la «recordación» de cosas que no se han aprendido en esta vida se toma para mostrar que el Alma debe haber existido «siempre», y que, por consiguiente, es inmortal, —es decir, eterna (aidia) e imperecedera, Fedón   106 D, E; pero este argumento de la preexistencia (y de la repetida encarnación) no es una prueba rigurosa, puesto que la encarnación misma es un tipo de muerte, Fedón 95 C, D; cf. Jaiminiya Upanishad   Brahmana 3.9.1 y 4.9, y San Bernardo  , De grad. humilitatis 10.30, Nascimur morituri: ideoque nascimur morituri, quia prius morimur nascituri, y también los diferentes contextos brahmánicos y budistas en los que se recalca que inmortalidad y nacimiento son incompatibles, y que las semillas de la muerte nacen con nosotros. Cf. S. Agustín, Sermo (de Script. N.T.) 97.3.3, «Desde el momento en que nace un hombre, puede decirse que “de ésta no escapará”». [AKCTE  :Nota]

Michel Henry

Extraordinario parece entonces, en efecto, el combate que desde finales del siglo I, a través de los siglos siguientes y los concilios sucesivos, han mantenido y proseguido los Padres de la Iglesia con encarnizamiento. Es el combate por afirmar, sostener, demostrar por todos los medios a su disposición — pero también con la ayuda de nuevas intuiciones, de súbitas iluminaciones — que Cristo tenía un cuerpo real, una carne real, semejante a la nuestra, y que es en ella y sólo en ella donde estriba la posibilidad de la salvación. Combate dirigido contra el pensamiento griego — contra su desvalorización de lo sensible y del cuerpo, afirmamos por nuestra cuenta [¿Es necesario recordar aquí que la idea sostenida por Nietzsche   y por todas partes generalizada según la cual el cristianismo enseña el menosprecio del cuerpo es una mentira grosera?] —. Sin embargo, el punto de mira de esta crítica no se dirige hacia el pasado. Ella desenmascara por doquier en torno a sí los logros de la cultura griega, sus resurgimientos, sus sustitutos oblicuos, antes de reconocerlos súbitamente con horror en ella misma: en todos aquellos que, aceptando la idea de la venida del Verbo de Dios sobre la tierra, no aceptan la de una verdadera encarnación. Si la encarnación no es concebible sin un tomar carne, sin una venida a un cuerpo — bajo la forma que sea —, la carne de Cristo, no obstante, podría muy bien no ser más que carne aparente. O también, la materia de dicha carne no ser aquélla de la que está hecho el hombre. Resultaría ser una materia astral, o «psíquica», o también «espiritual». A decir verdad, su carne sería más bien un alma, una carne/alma o un alma/carne, etc. [Encarnação]


A distinção aparentemente muito simples que intervém entre as "coisas" e os "homens" só pode no entanto ser entendida no contexto do pensamento evangélico. Os homens em questão são viventes e, assim como fomos conduzidos a reconhecer desde nossa primeira reflexão sobre a pessoa do Cristo definido a partir da Encarnação do Verbo (ENCARNAÇÃO), seres encarnados. Seres encarnados não são seres que têm um corpo semelhante àquele das coisas — corpo objetivo material incapaz de sentir o que quer que seja. São seres que têm uma carne, bem mais, que são carne: esta totalidade móvel e irrompível de impressões sensíveis, afetivas, dinâmicas que constitui a realidade concreta dos seres de carne que somos. O que experimentam se denomina fome, sede, mal-estar da necessidade não atendida, dor do esforço, medo do obstáculo, ressentimento a tudo que se opõe a eles ou que á mais que eles, desprezo pelo que é menos que eles ou que estima ser tal. [PALAVRAS DO CRISTO  ]
Carne e corpo se opõem como o sentir e o não-sentir - o que frui de si de um lado; a matéria cega, opaca, inerte do outro.
Pois nossa carne não é outra senão essa que, se experienciando, se sofrendo, se sujeitando e se suportando a si mesma e assim fruindo de si segundo impressões sempre renascentes, se encontra, por esta razão, suscetível de sentir o corpo que lhe é exterior, de tocá-lo também de ser tocada por ele. Aquilo de que o corpo exterior, o corpo inerte do universo material, é por princípio incapaz. (MHE  )

Philokalia

Tem vários sentidos: 1. o humano em contraste com o divino, como na sentença, "O Logos se fez carne" (João 1:14); 2. a natureza humana decadente e pecaminosa em contraste com a natureza humana originalmente criada e habitando em comunhão com Deus; o homem quando separado de Deus e em rebelião contra Ele; 3. o corpo em contraste com a alma.

O segundo sentido é provavelmente o mais frequente. Se o termo é empregado neste sentido, é importante distinguir "carne" de "corpo" - soma -. Quando S. Paulo lista os trabalhos da carne em Gal. 5:19-21, ele menciona coisas como sedição, heresia e inveja, que não têm conexão especial com o corpo. Ainda no segundo sentido, carne denota o todo da estrutura alma-corpo na medida que um homem é redimido. A alma assim como o corpo se torna carnal, assim como o corpo e também a alma pode se tornar espiritual. Ascetismo envolve uma guerra contra a carne - no segundo sentido da palavra - mas não contra o corpo como tal. [Glossário da tradução em inglês]

Orígenes

Dissemos frequentemente que um duplo combate se oferece aos cristãos. Para os perfeitos e aqueles que eram como Paulo Apóstolo   e os Efésios, o Apóstolo disse: "Não têm que lutar contra a carne e o sangue, mas contra os príncipes e as potências, contra os dominadores deste mundo das trevas e contra os espíritos maus espalhados no ar" (Ef 6,12). Quanto àqueles que são inferiores e ainda imperfeitos, que são ainda assaltados pelos vícios e as fraquezas da carne lhes resta lutar contra a carne e o sangue. [HOMÍLIAS SOBRE O LIVRO DE JOSUÉ]

Tanquerey

A vida cristã é, como acabamos de ver, uma luta: luta penosa que, com variadas peripécias, não termina senão na morte; luta de importância capital, pois que nela se joga a vida eterna. Como ensina S. Paulo, há em nós dois homens: a) o homem regenerado, o homem novo, com tendências nobres, sobrenaturais, divinas, que o Espírito Santo produz em nós, graças aos méritos de Jesus e à intercessão da SS.ma Virgem e dos Santos; tendências, a que nos esforçamos por corresponder, pondo em ação, sob a influência da graça atual, o organismo sobrenatural de que Deus nos dotou, b) Mas, ao lado, há o homem natural, o homem carnal, o homem velho, com as tendências más, que o batismo não desarraigou de nossa alma: é a tríplice concupiscência, que temos da nossa primeira geração, e que o mundo e o demônio despertam e intensificam; tendência habitual que nos leva ao amor desordenado dos prazeres sensuais, da nossa própria excelência e dos bens da terra. Estes dois homens entram fatalmente em conflito: a carne, ou o homem velho, deseja e procura o prazer, sem se lhe dar da sua moralidade; o espírito bem lhe recorda que há prazeres proibidos e perigosos que é mister sacrificar ao dever, isto é, à vontade de Deus; mas, como a carne persiste em seus desejos, a vontade, ajudada pela graça, é obrigada a mortificá-la e, se necessário for, a crucificá-la. O cristão é, pois, um soldado, um atleta que combate por uma coroa imortal, até à morte. [Compêndio de Teologia]

Apócrifo de Tiago

Ou, talvez, pensais que o Pai é um amante da humanidade, ou que é conquistado por orações, ou que concede remissão em função de outro, ou que sustenta alguém que busca? Ele conhece o desejo e também o que é que a carne necessita! — (Ou pensais) que não é esta (carne) que deseja a alma? Pois sem a alma o corpo não peca, assim como a alma não é salva sem [o] espírito. Mas se a alma é salva (quando é) sem mal, e o espírito é também salvo, então o corpo se torna livre do pecado. Pois é o espírito que eleva a alma, mas o corpo a mata; ou seja, é ela (a alma) que mata a si mesma. Em verdade, em verdade, vos digo, ele não perdoará à alma o pecado de modo algum, nem à carne a culpa; pois nenhum daqueles que vestiram a carne serão salvos. Pois pensais que muitos encontraram o reino dos céus? Bendito é aquele que viu ele mesmo como um quarto no céu! [BNH  ]

Evangelhos

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E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mt   19:5-6)

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26:41)

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1:13-14)